sábado, 6 de fevereiro de 2016

INFORMABIM 392 (A e B)


ALGUMAS TRILHAS DE HIRAN PARA O ACESSO A NOSSOS TEMPOS

Irm Antônio do Carmo Ferreira

 

A proposta é identificar e implementar os meios de superação dos desafios que, naturalmente, decorrem da mudança que o hodierno traz e impõe. A mudança, embora de certo modo inquietante, porque encontra o homem desprevenido, é necessária e indispensável, em face de demarcar novas fronteiras mais avançadas no processo evolutivo da humanidade, em que a inovação e a tecnologia são os fatos propulsores.

Os princípios da Maçonaria definem a sua vocação: disposição da Ordem para servir ao próximo. Forma-se o maçom para isto. No tempo dos “operativos”, preparava-se o construtor das catedrais, aonde iam as multidões amar o seu Deus. Não havia, assim, missão mais sublime que esta – construir “abrigos” para as ligações dos fiéis com o seu Criador. No tempo dos “especulativos”, os nossos tempos, prepara-se o construtor da sociedade. Antes, o cortador da pedra que se prestava para a construção da catedral; agora, o construtor que se talha para ele mesmo ser a peça de construção do monumento – a sociedade. Antes e agora, o maçom – um ser que se faz, não exclusivamente para si, mas sobretudo para o bem estar do próximo.

A sociedade se torna cada vez mais sofisticada. Paradoxalmente, nunca se dispôs de tantas possibilidades, a própria evolução tecnológica nos inspira a isto, mas nunca se viu tanto sofrimento na sociedade humana. Em muitas partes do mundo os estoques e mananciais estão abarrotados; e em outros, milhões de estômagos vazios, de padecentes de males curáveis sem o atendimento de cura, e de desabrigados. Bilhões de dólares são gastos nas viagens interplanetárias à procura do mistério, enquanto os milhões, aqui na terra, definham. Tempos das desumanidades que levam à degradação social em seus mais diversos, cruéis e abomináveis aspectos. A vigência do caos.

A maçonaria, uma sociedade iniciática, no princípio, mas filantrópica na extensão, tem compromisso com o ordenamento ético, moral e progressista da humanidade. Ela se propõe a laborar no sentido de tornar feliz a pessoa humana, e um desses labores é o do melhoramento dos costumes. Daí, uma de suas bandeiras: “ordo ab chao”. Meu Deus! Poderiam existir propósitos melhores? Então esta sociedade era para ser muito benquista, admirada, requerida e até mesmo exigida. Quem se propõe fazer um benefício deste, realmente, não merece qualquer constrangimento, e sim a maior admiração por todos. E se isto não acontece, por que não acontece? Se “a messe continua grande e os operários tão poucos”!

O maçom terá que ser um exemplo, desde a sua iniciação, momento em que ele confirma sua vocação de “construtor social”. A iniciação é o passo decisivo. Aí se exaure o profano e se dá o nascimento do maçom, mediante um teatro capaz de aguçar no candidato este sentimento. Em quase todos ... é possível perceber isto, na face que expõe... numa lágrima que escorre ... quando à sua frente se abre a “luz” que alumiará seus novos caminhos. A metáfora: eis que sois a semelhança “do sal da terra e da luz do mundo”.

É na clausura do templo que ocorre esta transformação, e aí também se dará a formação complementar do ser maçom, até a sua graduação de mestre. Na Loja, o estímulo recíproco à prática da virtude; na Loja, o treinamento do amor ao próximo; na Loja, a conspiração em detrimento do mal; na, Loja, a elaboração dos projetos para o fazimento do bem ao próximo; na Loja, o despertar para a importância da leitura, cujo hábito contribui para o combate à ignorância, amplia o conhecimento e abre caminhos largos para o exercício da cidadania. A Loja é o lugar aonde se vai, não por obrigação, mas por amor. O esposo – o Maçom; a esposa – a Dama da Fraternidade; a filha – a Filha de Jó; o filho – o Jovem DeMolay. A Maçonaria é boa demais, para ser apenas do maçom. Ela deve pertencer a toda a família do maçom. Como aliás ele faz com relação à sua Igreja, a seu Clube social.

A Loja e o amor devem ser sinônimos perfeitos. Todavia a quem cabe o grande papel de fomentar o amor à Loja? Esse papel deve estar incluído nas atribuições do seu Venerável. Ele é o líder e tem por mister a motivação. O maçom: um ser motivado. Para isto, a trilha de mais fácil seguir é que haja um plano reitor, na Oficina, discutido e aprovado, em que todos     (Continua no Informabim 393)

 

 

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