ALGUMAS TRILHAS
DE HIRAN PARA O ACESSO A NOSSOS TEMPOS
Irm Antônio do
Carmo Ferreira
A proposta é
identificar e implementar os meios de superação dos desafios que, naturalmente,
decorrem da mudança que o hodierno traz e impõe. A mudança, embora de certo
modo inquietante, porque encontra o homem desprevenido, é necessária e
indispensável, em face de demarcar novas fronteiras mais avançadas no processo
evolutivo da humanidade, em que a inovação e a tecnologia são os fatos
propulsores.
Os princípios da
Maçonaria definem a sua vocação: disposição da Ordem para servir ao próximo.
Forma-se o maçom para isto. No tempo dos “operativos”, preparava-se o
construtor das catedrais, aonde iam as multidões amar o seu Deus. Não havia,
assim, missão mais sublime que esta – construir “abrigos” para as ligações dos
fiéis com o seu Criador. No tempo dos “especulativos”, os nossos tempos,
prepara-se o construtor da sociedade. Antes, o cortador da pedra que se
prestava para a construção da catedral; agora, o construtor que se talha para
ele mesmo ser a peça de construção do monumento – a sociedade. Antes e agora, o
maçom – um ser que se faz, não exclusivamente para si, mas sobretudo para o bem
estar do próximo.
A sociedade se
torna cada vez mais sofisticada. Paradoxalmente, nunca se dispôs de tantas
possibilidades, a própria evolução tecnológica nos inspira a isto, mas nunca se
viu tanto sofrimento na sociedade humana. Em muitas partes do mundo os estoques
e mananciais estão abarrotados; e em outros, milhões de estômagos vazios, de
padecentes de males curáveis sem o atendimento de cura, e de desabrigados.
Bilhões de dólares são gastos nas viagens interplanetárias à procura do
mistério, enquanto os milhões, aqui na terra, definham. Tempos das
desumanidades que levam à degradação social em seus mais diversos, cruéis e
abomináveis aspectos. A vigência do caos.
A maçonaria, uma
sociedade iniciática, no princípio, mas filantrópica na extensão, tem
compromisso com o ordenamento ético, moral e progressista da humanidade. Ela se
propõe a laborar no sentido de tornar feliz a pessoa humana, e um desses
labores é o do melhoramento dos costumes. Daí, uma de suas bandeiras: “ordo ab
chao”. Meu Deus! Poderiam existir propósitos melhores? Então esta sociedade era
para ser muito benquista, admirada, requerida e até mesmo exigida. Quem se
propõe fazer um benefício deste, realmente, não merece qualquer
constrangimento, e sim a maior admiração por todos. E se isto não acontece, por
que não acontece? Se “a messe continua grande e os operários tão poucos”!
O maçom terá que
ser um exemplo, desde a sua iniciação, momento em que ele confirma sua vocação
de “construtor social”. A iniciação é o passo decisivo. Aí se exaure o profano
e se dá o nascimento do maçom, mediante um teatro capaz de aguçar no candidato
este sentimento. Em quase todos ... é possível perceber isto, na face que
expõe... numa lágrima que escorre ... quando à sua frente se abre a “luz” que
alumiará seus novos caminhos. A metáfora: eis que sois a semelhança “do sal da
terra e da luz do mundo”.
É na clausura do
templo que ocorre esta transformação, e aí também se dará a formação
complementar do ser maçom, até a sua graduação de mestre. Na Loja, o estímulo
recíproco à prática da virtude; na Loja, o treinamento do amor ao próximo; na
Loja, a conspiração em detrimento do mal; na, Loja, a elaboração dos projetos
para o fazimento do bem ao próximo; na Loja, o despertar para a importância da
leitura, cujo hábito contribui para o combate à ignorância, amplia o
conhecimento e abre caminhos largos para o exercício da cidadania. A Loja é o
lugar aonde se vai, não por obrigação, mas por amor. O esposo – o Maçom; a
esposa – a Dama da Fraternidade; a filha – a Filha de Jó; o filho – o Jovem
DeMolay. A Maçonaria é boa demais, para ser apenas do maçom. Ela deve pertencer
a toda a família do maçom. Como aliás ele faz com relação à sua Igreja, a seu
Clube social.
A Loja e o amor
devem ser sinônimos perfeitos. Todavia a quem cabe o grande papel de fomentar o
amor à Loja? Esse papel deve estar incluído nas atribuições do seu Venerável.
Ele é o líder e tem por mister a motivação. O maçom: um ser motivado. Para
isto, a trilha de mais fácil seguir é que haja um plano reitor, na Oficina,
discutido e aprovado, em que todos (Continua no Informabim 393)
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