SUGESTÕES ALVISSAREIRAS
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A Loja Fraternidade Brazileira (com Z) dedica-se
aos estudos e pesquisas no campo da maçonaria, cujos resultados, em sua
maioria, têm-se revelado durante os Encontros que realiza anualmente, não só em
Juiz de Fora, onde mantém sua sede, mas também em vários outros orientes,
especialmente, naqueles em que Grandes Instituições Maçônicas oferecem o apoio
para, em seu seio, se darem esses eventos.
Quero, aqui, reportar-me ao XXII Encontro que teve
lugar na cidade de Maringá, onde integrantes da Loja Fraternidade Brazileira se
reuniram sob o amparo do Grande Oriente do Paraná, e desenvolveram o tema
“Vivificação da Cultura Maçônica no meio político social” com muitas peças de
arquitetura apresentadas, expostas, defendidas. Todas de grande proveito, pela
credibilidade das fontes pesquisadas, pelo saber e responsabilidade dos
autores, resultando num maior conceito para a maçonaria brasileira, que mais se
engrandece com essas atividades de tanto respeito.
Ao término do XXII Encontro – 2ª quinzena de outubro
de 2015 -, uma Carta foi enviada a todos os maçons de nosso País. E, nessa
correspondência, uma síntese das conclusões a que chegaram os que em Maringá
estiveram reunidos. Frutos saborosos, amadurecidos ao calor do amor fraternal, que
vieram do trabalho de semeadores conscientes de seu papel de contribuintes para
com o “fortalecimento e engrandecimento da Maçonaria Brasileira”. “Pomos
dourados”, digamos assim, tomando por empréstimo palavras de Olavo Bilac que,
com versos lindos, embelezou a poesia parnasiana da literatura brasileira.
Do Encontro de Maringá nos vêm, no conteúdo de sua
Carta, significativas recomendações. O incentivo e o auxílio ao crescimento das
instituições para-maçônicas, com destaque para a Ordem De Molay, tendo em vista
o preparo de seus componentes para o ingresso na maçonaria, é uma delas. Outra:
o grande cuidado com a análise dos que solicitam ingresso nos quadros da Ordem,
mostrando-lhes o sentido família reinante em cada Loja, o caráter vocacional e
o compromisso de construtor social que são exigidos dos iniciados, o que
decerto será um antídoto de combate aos males das evasões.
Também foi ressaltado na Carta que há um
relacionamento da maçonaria com a sociedade, a qual aliás em seus anseios,
carências e dificuldades, tem revelado esperança na contribuição de soluções oriundas
da maçonaria, daí a necessidade de muita atenção na formação dos maçons,
zelando cada Loja por estabelecer seus projetos, cursos e instruções conforme “bases
pedagógicas que contemplem não somente nossas origens e história, mas também se
amoldem e interpretem as exigências educacionais e tecnológicas do mundo
atual”.
Desejo cumprimentar todos quantos participaram do XXII
Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas, ao oriente de Maringá, com a
iniciativa, a escolha do tema, a paciência das pesquisas, o oferecimento das
peças de arquitetura, a participação, o apoio da Potência, a equipe executiva e
a inteligente Coordenação.
Mas para que uma vírgula sequer não se perca da Carta
de Maringá, remeto o leitor ao INFORMABIM 394 (http://domcarmo.blogspot.com.br/),
onde se encontra o documento em seu inteiro teor, contendo para o
engrandecimento da Ordem sugestões tão alvissareiras.