quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

INFORMABIM 377 (B e A)


Bibliotecas e Pátria educadora

Irm Antônio do Carmo Ferreira

Para tristeza minha, não tenho ouvido a voz política da “pátria educadora”, falando a respeito de bibliotecas no País. Parece haver um esquecimento danado de se falar sobre isto. Quer dizer sobre o crescimento quantitativo das bibliotecas e a importância que elas  representam para o nosso desenvolvimento, nosso do Brasil e nosso da humanidade.

É preciso não esquecer de que uma legislação federal foi estabelecida, no sentido de que toda escola tenha uma biblioteca com, no mínimo, tantos títulos quantos sejam os alunos matriculados. Há um prazo legal para isto ser alcançado, e esse prazo está prestes a se exaurir. Não alcançada esse meta, que vai acontecer? Não é necessário ser profeta para responder: NADA. Falta a lei de responsabilidade educacional, com a punição aos desobedientes.

Não tenho ouvido falar ....mas tenho lembrado do João Paulo II escrevendo, em seu livro traduzido no Brasil com o título “Memória e Identidade”. Aí, numa passagem, Sua Santidade interpreta Tomás de Aquino (o Santo Tomás) ao explicar que, quando o bem não aparece, o mal surge de corpo inteiro. Ou seja, o mal é a ausência do bem.

Então, pensando nesse sentido, é de se entender que nada de bom  está se fazendo em favor das bibliotecas, pois não cessam de aparecer notícias ruins  a seu respeito. Depósito de livros mal cuidados. Ambiente inadequado à visitação. Dificuldade de acesso e de permanência para leitura e pesquisa. Falta de pessoal para o atendimento. Uma desolação.

Minha gente, tenha dó! Assim o hábito da leitura não se forma, como se exaurem grandes possibilidades da evolução humana, minguando-se às pessoas essa magnífica oportunidade da apreensão do conhecimento que o acesso aos livros disponibilizados nas bibliotecas das escolas proporciona.

E a “pátria educadora” deixa de “como tal ser reconhecida”.


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