Bibliotecas e Pátria educadora
Irm Antônio do Carmo
Ferreira
Para tristeza minha, não tenho ouvido
a voz política da “pátria educadora”, falando a respeito de bibliotecas no
País. Parece haver um esquecimento danado de se falar sobre isto. Quer dizer
sobre o crescimento quantitativo das bibliotecas e a importância que elas representam para o nosso desenvolvimento,
nosso do Brasil e nosso da humanidade.
É preciso não esquecer de que uma
legislação federal foi estabelecida, no sentido de que toda escola tenha uma
biblioteca com, no mínimo, tantos títulos quantos sejam os alunos matriculados.
Há um prazo legal para isto ser alcançado, e esse prazo está prestes a se
exaurir. Não alcançada esse meta, que vai acontecer? Não é necessário ser
profeta para responder: NADA. Falta a lei de responsabilidade educacional, com
a punição aos desobedientes.
Não tenho ouvido falar ....mas tenho
lembrado do João Paulo II escrevendo, em seu livro traduzido no Brasil com o
título “Memória e Identidade”. Aí, numa passagem, Sua Santidade interpreta
Tomás de Aquino (o Santo Tomás) ao explicar que, quando o bem não aparece, o
mal surge de corpo inteiro. Ou seja, o mal é a ausência do bem.
Então, pensando nesse sentido, é de
se entender que nada de bom está se
fazendo em favor das bibliotecas, pois não cessam de aparecer notícias
ruins a seu respeito. Depósito de livros
mal cuidados. Ambiente inadequado à visitação. Dificuldade de acesso e de
permanência para leitura e pesquisa. Falta de pessoal para o atendimento. Uma
desolação.
Minha gente, tenha dó! Assim o hábito
da leitura não se forma, como se exaurem grandes possibilidades da evolução
humana, minguando-se às pessoas essa magnífica oportunidade da apreensão do
conhecimento que o acesso aos livros disponibilizados nas bibliotecas das
escolas proporciona.
E a “pátria educadora” deixa de “como
tal ser reconhecida”.
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