terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

INFORMABIM 369 (A e B)


BENDITO QUEM SEMEIA LIVRO ...
Irm Antônio do Carmo Ferreira(*)
 
 


Ontem, 29 de outubro, foi o Dia Nacional do Livro e, a esse respeito, escrevi uma pequena notícia, para os jornais virtuais de cuja edição participo. Já era perto da meia-noite, mas dentro do prazo, portanto com validade.  Todo o esforço e o melhor estímulo à convivência com o livro ainda são poucos. Basta ver a conclusão a que chegou Monteiro Lobato: “Quem mal lê, mal fala, mal ouve, mal vê”.

            Agora, volto ao assunto, com mais vagar, provocado por dois motivos. Um deles refere-se à Lei Federal nº 12.244 (DOU de 24/05/2010), que obriga “toda escola  pública e particular do País a ter um acervo de livro de, pelo menos, um título por aluno matriculado”  Dispõe ainda que a instalação das bibliotecas tem um prazo de 10 anos para se efetivar. Quer dizer: se exaure em 2020. E que tais bibliotecas devem ser administradas por profissionais habilitados, isto é, bibliotecários, de modo que elas não sejam depósitos de livros, mas um espaço convidativo à leitura, à pesquisa e à construção do conhecimento.

            Ao tempo em que essa exigência legal era estabelecida, o Brasil não ia tão bem quanto ao quesito bibliotecas, pois “das 152.251 escolas de ensino fundamental, apenas 52.355 tinham biblioteca”. Noutras palavras, não dispunham de espaço nem acervo para leitura. “Nas unidades de ensino médio, das 25.923 escolas então existentes, um pouquinho mais da metade possuía biblioteca” Tudo danado de ruim. Um ruim que se agravava, ao saber-se que “as bibliotecas municipais brasileiras tinham, em média, 4 funcionários e que 84% deles não possuíam capacitação para a atividade” (Diário de Pernambuco, 30/05/2010).

O outro motivo por que volto ao assunto, está num registro que faz  um dos jornais do Recife,   em  sua  edição  de hoje (30/10/2014), no qual o leitor ccmguerra41@gmail.com alerta para o mau estado de conservação de uma das bibliotecas públicas de seu Estado. Parece-me a principal. Escreve assim: “Biblioteca pública abandonada” é o título. E prossegue: “A Biblioteca Pública encontra-se em estado deplorável”. Perdoem-me os leitores em eu não transcrever o inteiro teor da notícia, para não os aborrecer, pois se trata de uma informação imprópria para o momento das comemorações do Dia Nacional do Livro. E o “audaz guerreiro”, todos hão de convir comigo,  merece coisa melhor.

            Os maçons querem muitas bibliotecas, todas elas da melhor qualidade, e que sejam elas, como dissemos acima: um espaço convidativo à leitura, à pesquisa e à construção do conhecimento.  E livros? Ah! Livros “à mancheia, para salvar o futuro, fecundando a multidão”. Pois  será “bendito” quem assim proceder, conforme poetou Castro Alves.

 

 PS.:

(1) Rogo a permissão de quantos lêem este artigo, para fazer uma referência elogiosa ao Irmão Maçom Valmor Schmoeller que, como Venerável Mestre da Loja Maçônica 24 de Junho nº 25, Oriente de Bezerros/PE, instalou, no dia 21 de outubro de 2012, no prédio em que a Loja funciona, uma biblioteca especializada em assuntos da Ordem, cujo acervo se encontra à disposição do leitor interessado.

(2) Irmão, se sua Loja Maçônica ainda não tem e você deseja formar uma bi-blioteca, consulte o endereço comer-cial@atrolha.com.br que aí se vendem livros de renomados autores de maçonaria, nacionais e internacionais, a preços convidativos.

 

(*) Antônio do Carmo Ferreira é jornalista DRT/PE 5565.

 

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