BENDITO QUEM SEMEIA LIVRO
...
Irm Antônio do Carmo Ferreira(*)
Ontem, 29 de outubro, foi o Dia Nacional do Livro e, a esse
respeito, escrevi uma pequena notícia, para os jornais virtuais de cuja edição
participo. Já era perto da meia-noite, mas dentro do prazo, portanto com
validade. Todo o esforço e o melhor
estímulo à convivência com o livro ainda são poucos. Basta ver a conclusão a
que chegou Monteiro Lobato: “Quem mal lê, mal fala, mal ouve, mal vê”.
Agora,
volto ao assunto, com mais vagar, provocado por dois motivos. Um deles
refere-se à Lei Federal nº 12.244 (DOU de 24/05/2010), que obriga “toda
escola pública e particular do País a ter um acervo de livro de, pelo
menos, um título por aluno matriculado” Dispõe ainda que a instalação das
bibliotecas tem um prazo de 10 anos para se efetivar. Quer dizer: se exaure em
2020. E que tais bibliotecas devem ser administradas por profissionais
habilitados, isto é, bibliotecários, de modo que elas não sejam depósitos de
livros, mas um espaço convidativo à leitura, à pesquisa e à construção do
conhecimento.
Ao tempo em
que essa exigência legal era estabelecida, o Brasil não ia tão bem quanto ao
quesito bibliotecas, pois “das 152.251 escolas de ensino fundamental, apenas
52.355 tinham biblioteca”. Noutras palavras, não dispunham de espaço nem acervo
para leitura. “Nas unidades de ensino médio, das 25.923 escolas então
existentes, um pouquinho mais da metade possuía biblioteca” Tudo danado de
ruim. Um ruim que se agravava, ao saber-se que “as bibliotecas municipais
brasileiras tinham, em média, 4 funcionários e que 84% deles não possuíam
capacitação para a atividade” (Diário de Pernambuco, 30/05/2010).
O outro motivo por que volto ao assunto, está num registro
que faz um dos jornais do Recife, em
sua edição de
hoje (30/10/2014),
no qual o leitor ccmguerra41@gmail.com
alerta para o mau estado de conservação de uma das bibliotecas públicas de seu
Estado. Parece-me a principal. Escreve assim: “Biblioteca pública abandonada” é
o título. E prossegue: “A Biblioteca Pública encontra-se em estado deplorável”.
Perdoem-me os leitores em eu não transcrever o inteiro teor da notícia, para
não os aborrecer, pois se trata de uma informação imprópria para o momento das
comemorações do Dia Nacional do Livro. E o “audaz guerreiro”, todos hão de
convir comigo, merece coisa melhor.
Os maçons
querem muitas bibliotecas, todas elas da melhor qualidade, e que sejam elas,
como dissemos acima: um espaço convidativo à leitura, à pesquisa e à construção
do conhecimento. E livros? Ah! Livros “à mancheia, para salvar o futuro,
fecundando a multidão”. Pois será “bendito” quem assim proceder, conforme
poetou Castro Alves.
PS.:
(1)
Rogo a permissão de quantos lêem este artigo, para fazer uma referência
elogiosa ao Irmão Maçom Valmor Schmoeller que, como Venerável Mestre da Loja
Maçônica 24 de Junho nº 25, Oriente de Bezerros/PE, instalou, no dia 21 de
outubro de 2012, no prédio em que a Loja funciona, uma biblioteca especializada
em assuntos da Ordem, cujo acervo se encontra à disposição do leitor
interessado.
(2) Irmão, se sua Loja Maçônica ainda não
tem e você deseja formar uma bi-blioteca, consulte o endereço comer-cial@atrolha.com.br
que aí se vendem livros de renomados autores de maçonaria, nacionais e
internacionais, a preços convidativos.
(*)
Antônio do Carmo Ferreira é jornalista DRT/PE 5565.
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