UNIÃO: o novo nome do progresso maçônico
Irm Antônio do Carmo Ferreira*
Considerável porção do povo brasileiro tem solicitado
a presença da maçonaria num movimento que retire o Brasil do estado de vexame
em que se encontra. Esse chamamento tem sido reiterado, e com insistência nos
tempos recentes, toda vez que o noticiário retrata um novo figurino de nossa
Pátria com máculas que muito nos desmerecem. Insegurança ao cidadão, oferta
inadequada às necessidades de saúde, baixa qualidade da educação, tecido
político esgarçado pela corrupção, enfim uma ilha Brasil desencontrada num mar
de vicissitudes, quadro que mais se agrava diante de tanto dinheiro que se
recolhe aos cofres do governo para uma resposta tão medíocre.
Ninguém ignora que a Pátria Brasil é filha da
maçonaria, cujo nascimento se deu no dia 7 de setembro de 1822, data de cujas
comemorações estamos próximos. E não foi para esse padecimento que a maçonaria
– com tantas vidas sacrificadas naquele movimento – construiu nossa maioridade
política. Como não foi para esse estado de escravidão, retratado na doença, no
desemprego, no analfabetismo, na insegurança à vida dos cidadãos, nesse lençol
de corrupção, que desconstrói a nossa Pátria, que a maçonaria se empenhou e
obteve a sanção da lei da libertação de 1888.
Temos que dá uma resposta ao povo que pede a nossa
ajuda para tira-lo desse sufoco. Mas, antes que ao povo, nós temos que dar uma
resposta à nossa consciência. Não é uma questão de opção, pois a Pátria Brasil
é nossa filha, e como está, jogada no caminhão do lixo, não pode continuar.
É certo que somos poucos – 200 mil em 200 milhões – e
os afazeres são incontáveis, além das areias movediças e dos animais
peçonhentos e famintos que nos espreitam. Parece até que nos estamos reportando
ao quadro que a Sagrada Escritura registra: “A messe é grande e poucos, os
operários”. Mas é preciso atender à “messe”. Sobretudo os maçons, aos quais
Deus confiou a missão e os proveu com o saber devido para tanto, fazendo-os
“construtores sociais”.
E qual será o fermento decisivo para o crescimento dos
operários, se proporcionalmente são tão poucos, como são? Onde encontrá-lo? Não
precisa ir a outra galáxia. Basta ficar por aqui mesmo e buscar nos registros
da história. Vamos, por exemplo, reler David, João Evangelista, James Anderson
e, neles, encontraremos o fermento. David escreve um poema maravilhoso, em que
agradece a Deus o ter conseguido produzir, com tão poucos, um grande povo.
Bastou fazê-los UNIDOS. E agradeceu a Deus, poetando em seu cântico 133, tão
familiar aos maçons – “o bom e suave provêm da UNIÃO das pessoas”. E fala
maravilhas do que é capaz de produzir a união fraternal.
E João Evangelista – o apóstolo do amor? Não precisava
ouvir a palavra de Cristo Jesus, para reproduzir os conselhos do Mestre. Bastava
olhar em seus olhos. Bastava colar seu ouvido ao peito do Mestre. E numa dessas
vezes, registrou que o desejo do Senhor era que “fôssemos um só”. Dizia como disse o profeta Isaías – “só aos ímpios
é impossível a paz”, e os maçons são seres piedosos que amam a Deus e ao
próximo.
Dia 20 deste mês de agosto estive em Natal, Rio Grande
do Norte, para comemorar o Dia do Maçom, e pude ver, com muita alegria, a
felicidade dominante naquela multidão presente no majestoso templo do GOIERN.
Os Grão-Mestres do Grande Oriente do Brasil/RN, da Grande Loja naquele Estado,
e do Grande Oriente Independente da COMAB. Os três líderes dirigindo aquela
Sessão Magna povoada de maçons das três Potências – trezentos, muito mais de
trezentos. O ingrediente era a União. Tão importante para eles que registraram
num documento e chamaram-no de Tratado de Amizade e de Mútuo Reconhecimento.
Pois é, meus admiráveis Grão-Mestres! “A Maçonaria não
foi instituída para separar os homens, mas para uni-los” como ensinou Joseph
Newton, em seu livro Maçons Construtores (Editora A Trolha). E os que agirem de
forma diferente, estão laborando em favor próprio ou, possuídos do espírito do
mal, estarão contribuindo para desgastar a Ordem, retardando-a no cumprimento
de sua missão. As varas, como reza a sabedoria popular, em feixe, têm a
resistência multiplicada ... aplique-se a máxima aos relativamente poucos
maçons que, UNIDOS, tornar-se-ão de bom tamanho para atender à “messe”.
Hoje, quando existe toda essa crença na missão dos
maçons, que não se faça da fraternidade (que é sinônimo perfeito de UNIÃO) uma
palavra para enfeitar discurso. Pois “a
maçonaria é um centro de união” (James Anderson), e para os que rumarem em
contrário, observem a profecia que lhes aguarda – “O Senhor odeia aquele que semeia
discórdias entre irmãos” (Prov 06, 19).
Irmãos! O novo nome do progresso maçônico é UNIÃO.
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