terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

INFORMABIM 373 (A e B)


NA EDUCAÇÃO: UM SIM E MUITOS NÃOS

Irm Antônio do Carmo Ferreira

 

Fecha-se o ano de 2014, realçando um ganho muito positivo no campo da educação. Reporto-me à sanção da Lei 13.005, no mês de junho, que põe em vigência o Plano Nacional de Educação no período que se estende até 2024. Mas com este feito não se exaure a campanha que se encetou no País em favor da melhoria da qualidade do ensino. Ao contrário, devem  aumentar os decibéis dos gritos para manter vivo o movimento, agora ainda mais e com maior exigência, porque foram estabelecidos os  caminhos a palmilhar. Não só os rumos, mas também os tempos e as condições do empreender.

Veja-se por exemplo e de cuidado imediato o dispositivo que trata da obrigação dos Estados e dos Municípios quanto à elaboração de seus planos de educação, com base nos quais o tesouro federal se abrirá. São metas que precisam ser bem definidas, com tempo certo de colimação, em função dos quais os recursos serão liberados. Não se deve brincar com isto. Nem se consentirem paliativos. Nem ceder em puxadinhos. Pois que veredas assim e concessões que tais é que têm possibilitado  facilitado a chegada à corrupção.

O pessoal docente há de ser considerado. O professor é o principal agente do ensino. Ele antecede o aluno e a escola. Quando o aluno sai em busca do saber, encontrará o professor já preparado para isto. E o conhecimento não é um maná mosaico que cai do céu ao alvorecer. O Mestre  haverá de ser suprido com os meios, não somente para o seu preparo, mas também para dar uma vida digna a seus dependentes. Os exames vestibulares aos cursos de formação para o magistério têm tornado evidente essa realidade: o aviltamento da profissão docente. A cada ano diminui a quantidade de vestibulandos na área.

O Governo deverá ser convidado a não se omitir. Ou ficar em palavras. Ou querer continuar iludindo que “vai fazer”. Ou querer transferir responsabilidades. O professor, o nosso professor tem sido um profissional herói. Mais que isto. Apesar de toda a incompreensão e ausência de apoio,  está aí o professor Jayse Antônio – laureado em concurso nacional como o melhor de 2014 no ensino médio em TODO O BRASIL. É um jovem mestre cheio de amor por sua profissão que a exerce ali – em Itambé/PE, que por uma feliz coincidência é o mesmo Itambé, portal por onde a Maçonaria ingressou no Brasil.

Todavia não é só o Governo que deve ser responsabilizado. O assunto educação é grande demais para somente ele ser evocado. A FAMÍLIA não pode ficar de lado. Ser esquecida. Aliás o Art 205 da CF expressa que a educação é um direito de todos, mas a responsabilidade é do Governo e da Família. É preciso acordar a Família para essa obrigação. As Escolas públicas, uma em   Mato Grosso e outra em Quixaba/PE chegaram ao podium da qualificação, exaltando a presença da família, como estímulo a seus acertos na administração e na condução pedagógica.

É preciso ver que o PNE não trata somente da transmissão do conhecimento, mas inclui o chamamento à pesquisa para a formação desse conhecimento. Melhor que importar a tecnologia é produzi-la aqui, dentro de nossas fronteiras. A Universidade terá que ser o laboratório do setor secundário. A indústria confiante na escola superior, de onde surgirão seus novos modelos, decorrentes da pesquisa incentivada. A inteligência está disponível, falta-lhe o chamamento. Se você não planta floreiras ao entorno de sua casa, as borboletas vão adejar noutros jardins.

Quando o próximo governo federal for montar a sua grade gerencial referente à educação é bom fazerantes uma visita a Pernambuco, porque o  ensino médio nesse Estado melhorou muito nos dois últimos anos, subindo da 16ª para o 4ª colocação  no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Também é daqui o Relator do projeto de lei de responsabilidade educacional, em tramitação na Câmara, e sem a qual o PNE será apenas uma carta de intenção.

Torna-se óbvio que o Brasil será a “pátria educadora” se a função educação se tornar prioritária. A não ser desta forma, os que só anunciam e inventam slogans ficarão com o SIM, e a educação, para maior frustração nossa, continuará com os NÃOS.

 

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