terça-feira, 31 de agosto de 2010

INFORMABIM 269 A e B

CARTA DO RECIFE - PE


Os Grão-Mestres das Potências integrantes da Confederação Maçônica do Brasil, que esta subscrevem, reunidos em Assembleia Geral Extraordinária ao oriente do Recife, após demorada análise da situação em que se encontram o exercício da política no Brasil e o quadro de atraso da educação e do ensino no País, resolveram ratificar as decisões tomadas pela Assembleia Geral Ordinária da COMAB realizada no mês de junho do corrente ano e que foram publicadas através da “Carta de Blumenau”.

Resolveram mais:

(1) convocar todos os maçons de suas Potências, para que se engajem na ação que o presente momento exige em favor do melhoramento dos costumes políticos de nosso País, estimulando a eleição somente de candidatos cujo histórico não padeça dúvida quanto às exigências da ética e da moral e despertando o povo, pelos meios que lhes forem possíveis, para o mesmo procedimento;

(2) alertar os parlamentares e os governantes para o fato de que o povo maçônico, seguindo o anseio nacional do qual é partícipe, clama pela melhoria da qualidade da educação e do ensino no País, sendo este o grande momento para a formulação das mudanças, quando tramita no Congresso Nacional o Plano Decenal de Educação para 2011 a 2020, oportunidade em que se deveria vincular, ao custeio da reclamada melhoria, parte dos recursos financeiros, pelo menos 50%, decorrentes da exploração do Pré-Sal.

(3) sugerir maior compromisso para com o ensino técnico profissionalizante, intensificando a sua difusão, respeitada sempre, em cada região, a respectiva condição vocacional.

Estão os Grão-Mestres convencidos de que a baixa qualidade da educação e do ensino contribui, decisivamente, não só para o atraso econômico do Brasil, como também inibe as condições do exercício da cidadania e cria limitações ao processo de uma feliz escolha dos governantes e da representação parlamentar.

Or.: do Recife, Pernambuco, aos vinte e sete dias do mês de agosto do ano de dois mil e dez da E.: V.:


Grande Oriente de Alagoas
Grande Oriente Amapaense
Grande Oriente da Bahia
Grande Oriente do Ceará
Grande Oriente de Goiás
Grande Oriente Autônomo do Maranhão
Grande Oriente do Estado de Mato Grosso
Grande Oriente do Mato Grosso do Sul
Grande Oriente de Minas Gerais
Grande Oriente Paraense
Grande Oriente da Paraíba
Grande Oriente do Paraná
Grande Oriente Independente de Pernambuco
Grande Oriente Independente do Estado do Piauí
Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro
Grande Oriente Independente do Est do Rio Grande do Norte
Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Grande Oriente de Santa Catarina
Grande Oriente Paulista

domingo, 15 de agosto de 2010

INFORMABIM 268 A e B

ATUALIDADES DA EDUCAÇÃO E PROPOSTA DA MAÇONARIA

Irm Antônio do Carmo Ferreira

Dois fatos recentes servem para identificar a grande preocupação da maçonaria com relação ao estado da edu-cação em nosso País. Não é que, somente agora, a Ordem se preocupa com o ensino e a educação. Não seria verdadeiro pensar assim. O ensino sempre esteve na ordem do dia das reuniões maçônicas. A própria Maçonaria é conhecida como uma “escola de conhecimentos”. Todos os iniciados têm a obrigação da aprendizagem. Da leitura de seus livros de doutrina e ritualismo. E o ensino ali é no sentido de que o maçom venha a ser “um construtor social”, pugnando pela melhoria dos costumes, pela destruição dos vícios, pelo combate incessante à ignorância, porque ela “é a mãe de todos os vícios”.

O envolvimento da maçonaria com a melhoria da qualidade do ensino foi tema principal em dois grandes momentos, em conclaves da Ordem, no meado deste ano. Diagnósticos das frágeis condições em que a educação se encontra e a necessidade da cobrança de progresso nesse setor da vida brasileira povoaram os pronunciamentos de representantes da COMAB, em Blumenau/SC, durante a posse de seu Presidente, e do Supremo Conselho dos Graus Escoceses para o Brasil, em São Paulo.

Reporto-me, neste artigo, à palestra que foi proferida pelo maçom Rosa-Cruz Adhemar Módena, cujo texto se encontra publicado no Boletim Oficial daquele Supremo Conselho, edição de abril/maio/junho do corrente ano. Vários assuntos da maior preocupação para a maçonaria foram denunciados naquele Encontro, mas em nosso entender, nenhum foi mais evidente que o relacionado com o estado da educação.

O palestrante segue a linha de que a Ordem não deve se prender exclusivamente ao casulo. É preciso rasgá-lo. Formar para a construção social, segundo os moldes da instituição, e, aí, sim, a exigência esotérica. Mas ao término disto, cumpre a“o semeador sair a semear”. Pois “o maior de todos os sermões é o exemplo”. O ser sendo.

A maçonaria deve estar voltada para a fiscalização, para a auditoria, e para a cobrança de tais obrigações de quem recebeu do povo a delegação para representá-lo.

Ouçamos os clamores do palestrante e seus conselhos e suas orientações. Fala com a responsabilidade de quem não apenas colocou o diploma de “mestre semeador” na parede da sala, porém que nele tem o alerta para “sair a semear”. Diz assim: “Urge que a Maçonaria trabalhe com afinco junto à sociedade e junto ao Poder Público para que sejam implementadas alterações nas áreas de Educação [ ... ] , visando municiar a juventude de conhecimentos e oportunidades éticas e sadias que ajudem na sua formação intelectual e moral. Pois se permanece omissa, ela mesma será vítima e sofrerá as conseqüências desastrosas de uma juventude mal formada. E em futuro próximo, a Maçonaria e a Sociedade como um todo serão o resultado da boa ou má formação de seus jovens”.

Louve-se o arrojo do palestrante, porque não fica na raia dos sentimentos volitivos, nem no campo das idéias. Sugere caminhos práticos, modus faciendi = maneira de fazer. Entendimentos seus que coincidem com outros, para os quais venho alertando, como registra ele: “... para tanto, as Lojas desenvolvam projetos, que de modo efetivo contribuam nessa formação”.

Estas discussões afloram no momento certo e não devem ser adiadas, pois há decisões que são iminentes. São como mandado de segurança. Se não se concede a medida na hora da solicitação e deixa-se para o depois, o prejuízo estará consumado e nunca mais se repara o dano.

As propostas de um novo governo estão em curso, como em elaboração se encontra um plano decenal para a nossa educação. E neles é preciso incluir o compromisso com a melhoria da qualidade da educação e do ensino, como lastro para a formação de profissionais ao nível das exigências de nosso progresso, e de cidadãos habilitados ao pleno exercício da cidadania.

O futuro que aliás já está em nossa sala, dependerá do estabelecimento desses compromissos e da especial atenção para seu resgate. Assim pensam os Maçons e com esta consciência procederão.

domingo, 1 de agosto de 2010

INFORMABIM 267 A e B


SABEM DE ONDE O BRASILEIRO OBTÉM SUAS INFORMAÇÕES? (Informabim 267 B)

                         Irm Antônio do Carmo Ferreira

       Tenho boas notícias para os editores de jornais. Nos mundos profano e também da maçonaria. E irei dá-las mesmo sabendo que por serem boas não terão a leitura merecida. Quer dizer, neste mundo da informação, “boa” mesmo é a notícia “ruim”. Notícias de muitos e muitos leitores são as que se reportam a catástrofes e à falação da vida alheia. E estas, aqui, não se reportam a isto. Referem-se a progresso. A tempo de felicidade. Ótimas para os produtores de jornais. Da imprensa escrita.
       Mês passado, a Presidência da República desejou saber qual seria nossa principal fonte de informação, e acionou os serviços de sua Secretaria de Comunicação, mandando pesquisar. 12 mil pessoas, a partir de 16 anos, que foram entrevistadas em seus domicílios, nas cinco regiões do País. Resultado: a principal fonte de informação para METADE da população brasileira é o JORNAL impresso.
       A pesquisa, rica em detalhes, revela que um quarto da população lê jornal diariamente e mais 30% lêem jornal uma vez por semana, sendo preferido o dia de domingo. De parabéns o Sul, porque é a região em que a população mais lê jornal. Segue-se o Sudeste. No Nordeste, não se deixa de ler, mas é a região em que menos se faz isto no Brasil. Pessoas que têm de 25 a 39 anos são as que constituem o principal público dos leitores diários. E, em segundo lugar, vêm as pessoas de 40 a 49 anos.
       O hábito da leitura apareceu relacionado com a renda. Pois entre os entrevistados - os que têm renda superior a dez salários mínimos - 65% cultivam o hábito de ler jornal diariamente. Também a escolaridade revelou-se influente: entre as pessoas entrevistadas. Das que possuem curso superior, 67% costumam ler jornais. Comparando-se o mesmo comportamento para revista e jornal, o total dos que lêem jornais ficou 11% acima dos que lêem revistas.
       Houve tempo em que muito se temeu pela continuação da existência do jornal e da revista. Quando, por exemplo, surgiu a televisão. Era o que se dizia: “agora a vaca vai pro brejo”. Nada disto. Os jornais continuaram e aumentaram as tiragens e cresceram os investimentos no setor. Depois, veio a Internet. Aí se dizia: “o jornal não vai resistir”. Resistiu. Resistiram o jornal, a revista, os boletins, o livro ... Parece aquela história do pão-de-ló, quanto mais bate, mais cresce.
       A imprensa maçônica, digamos assim, não é tão sensível a estas acontecências. Porque ainda não noticiamos pelas televisões. Quer dizer, não temos canais exclusivamente voltados para os assuntos da maçonaria. Pela Internet, ainda é tímida a sua utilização para nossas notícias. Estamos nos valendo desse instrumento, mais na questão da correspondência, conquanto grande quantidade de maçons já dispõe de e-mail. Contudo para o quesito jornal ainda são poucos os que usufruem deste suporte.
       Recentemente, a ABIM foi procurada e registrou novos associados. Boa quantidade. Especialmente revistas, editadas por empresas de maçons, voltadas apenas para o fato maçônico, e produzidas atendendo às melhores qualidades e exigências da imprensa moderna. Sinal de que há um mercado franco, e este mercado franco é sinônimo de muitos leitores.
       Então confirma-se o resultado da pesquisa presidencial: é no jornal impresso que se encontra a principal fonte de informação dos brasileiros, em nossos dias.