A Confederação Maçônica do Brasil - COMAB reuniu seus Grão-Mestres em Assembleia Geral, em Brasilia, no dia 20 de fevereiro. A Assembleia expediu a "Carta" acima, em cujo teor se inserem assuntos de urgente interesse da ABIM.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
UNIÃO DE GOIÁS obtém registro ABIM
A revista maçônica UNIÃO DE GOIÁS foi fundada em 21 de junho de 2006 pelo eminente jornalista APARÍCIO DONIZET BORGES. E desde então vem sendo por ele editada. Sua sede está em Goiânia/GO, na Rua C-190, nº 751 - Jardim América - CEP 74255-370. Atende pelo telefone (62) 9648 5626. O Irm Aparício Donizet, além da edição da revista "União de Goiás", mantém programa de televisão, onde ressalta as belezas da maçonaria e o seu indispensável papel na melhoria dos costumes da sociedade contemporânea. No fim do ano passado, o Presidente da ABIM esteve em Goiânia, reunindo-se com jornalistas maçons daquele Oriente. De parabéns o jornalista Aparício Donizet Borges, em face do Registro 025-R concedido pela ABIM à revista maçônica UNIÃO DE GOIÁS. E-mail: revistauniaodegoias@yahoo.com.br
domingo, 14 de fevereiro de 2010
BOM PARA A EDUCAÇÃO
Amados Irmãos!
Uma boa notícia para o setor educacional. Refiro-me ao ProUni - Programa Universidade para Todos que se destina a quem pleiteia bolsa de estudos. A iniciativa é do Governo Federal. Podem candidatar-se os alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), obtiveram nota mínima de 400 pontos, cursaram o ensino médio em escola pública. Este ano são 165 mil bolsas: 86 mil para integrante de família com renda de 3 salários mínimos; e 79 mil para integrante de família com renda de 1 SM e meio. As inscrições serão feitas entre os dias 17 e 26 deste mês, pela internet por meio do site do MEC http://www.mec.gov.br/ (Jornal do Commercio, 10/02/10, 1º cad, pág 7, www.jc.com.br/brasil)
Uma boa notícia para o setor educacional. Refiro-me ao ProUni - Programa Universidade para Todos que se destina a quem pleiteia bolsa de estudos. A iniciativa é do Governo Federal. Podem candidatar-se os alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), obtiveram nota mínima de 400 pontos, cursaram o ensino médio em escola pública. Este ano são 165 mil bolsas: 86 mil para integrante de família com renda de 3 salários mínimos; e 79 mil para integrante de família com renda de 1 SM e meio. As inscrições serão feitas entre os dias 17 e 26 deste mês, pela internet por meio do site do MEC http://www.mec.gov.br/ (Jornal do Commercio, 10/02/10, 1º cad, pág 7, www.jc.com.br/brasil)
sábado, 13 de fevereiro de 2010
NABUCO: maçom que enfrentou a "obra maldita"
Amados Irmãos!
O Jornal do Commercio (Recife) publica, em sua edição do dia 5 deste mês, OPINIÃO do professor Cristóvão Buarque, da qual pinço algumas partes e com as quais faço este registro.
"Em solenidade na Academia Brasileira de Letras, Marcus Vinicius Vilaça lembrou a frase de Joaquim Nabuco: "Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão". A frase de Nabuco, repetida por Vilaça na ABL, mostra a grandeza do maior de todos os pernambucanos que morreu há exatos 100 anos. Ele foi político que ousou pensar; intelectual que não se omitiu em agir; pensador e ativista com causa; principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil. Mas apesar da vitória conquistada, reconhecia que a tarefa libertária não estava conquistada. A obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social". Entende o professor Buarque que nós continuamos escravocratas, perante a inexigência de uma educação para todos, pois dezenas e dezenas de milhões de brasileiros sem emprego, sem casa, sem água, sem comida, padecem dessa escravidão à falta de acesso à educação de qualidade com que se habilitem a ter as condições dignas de cidadania, libertos das esmolas estatais das "bolsas". Continua o professor Buarque, em sua Opinião: "Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos, negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Cem anos depois da morte do pernambucano Joaquim Nabuco, lembrou bem o Vilaça ao dizer a obra criada pela escravidão continua". E conclui: "Por negar educação de qualidade a todos, continuamos insistindo na permanência da obra maldita que Nabuco ousar enfrentar".
Em seu livro Os Maçons que fizeram a História do Brasil, José Castellani escreve assim: "Na Maçonaria, Nabuco foi iniciado quando estudante de Direito, em São Paulo, através da Loja AMÉRICA, em dezembro de 1868, um pouco antes de seu colega Ruy Barbosa ser iniciado na mesma Loja. A Loja AMÉRICA, nessa época, fazia parte do Grande Oriente Unido, de Saldanha Marinho, e Nabuco, em 1875, era escolhido como representante da Loja junto a essa Obediência, no Rio".
O Jornal do Commercio (Recife) publica, em sua edição do dia 5 deste mês, OPINIÃO do professor Cristóvão Buarque, da qual pinço algumas partes e com as quais faço este registro.
"Em solenidade na Academia Brasileira de Letras, Marcus Vinicius Vilaça lembrou a frase de Joaquim Nabuco: "Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão". A frase de Nabuco, repetida por Vilaça na ABL, mostra a grandeza do maior de todos os pernambucanos que morreu há exatos 100 anos. Ele foi político que ousou pensar; intelectual que não se omitiu em agir; pensador e ativista com causa; principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil. Mas apesar da vitória conquistada, reconhecia que a tarefa libertária não estava conquistada. A obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social". Entende o professor Buarque que nós continuamos escravocratas, perante a inexigência de uma educação para todos, pois dezenas e dezenas de milhões de brasileiros sem emprego, sem casa, sem água, sem comida, padecem dessa escravidão à falta de acesso à educação de qualidade com que se habilitem a ter as condições dignas de cidadania, libertos das esmolas estatais das "bolsas". Continua o professor Buarque, em sua Opinião: "Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos, negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Cem anos depois da morte do pernambucano Joaquim Nabuco, lembrou bem o Vilaça ao dizer a obra criada pela escravidão continua". E conclui: "Por negar educação de qualidade a todos, continuamos insistindo na permanência da obra maldita que Nabuco ousar enfrentar".
Em seu livro Os Maçons que fizeram a História do Brasil, José Castellani escreve assim: "Na Maçonaria, Nabuco foi iniciado quando estudante de Direito, em São Paulo, através da Loja AMÉRICA, em dezembro de 1868, um pouco antes de seu colega Ruy Barbosa ser iniciado na mesma Loja. A Loja AMÉRICA, nessa época, fazia parte do Grande Oriente Unido, de Saldanha Marinho, e Nabuco, em 1875, era escolhido como representante da Loja junto a essa Obediência, no Rio".
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
ANO NACIONAL J NABUCO
"No dia 19 de agosto de 1849, às 8h30, na antiga Rua do Aterro da Boa vista nº 39, atual Rua da Imperatriz nº 147, esquina com a Rua Bulhões Marques, na capital da então província de Pernambuco, nasceu Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, filho de José Thomaz Nabuco de Araújo, juiz de direito, e de sua mulher Ana Benigna de Sá Barreto. A 8 de dezembro do mesmo ano foi batizado na capela do Engenho de Massangana, propriedade dos padrinhos, Joaquim Aurélio de Carvalho e sua mulher Dona Rosa Falcão de Carvalho. Em seguida, seus pais partiram para o Rio de Janeiro, onde José Thomaz ocuparia seu lugar na Câmara dos Deputados, mas o jovem Nabuco permaneceu no Engenho, em companhia da madrinha, até o falecimento dela, em 1857" (José Napoleão Tavares de Oliveira, e-mail napoleaot@uol.com.br). "Em Washington, no dia 17 de janeiro de 1910, morreu o Embaixador Joaquim Nabuco. De autoria do senador Marco Maciel, o projeto 3642/08 foi sancionado pelo vice-presidente José de Alencar , no exercício da presidência, e transformado na lei 11.946 de 15/06/09 que instituiu 2010 como o ANO NACIONAL JOAQUIM NABUCO" (Gustavo Krause, ex-governador de Pernambuco).
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Comentário: REVISTA ARTE REAL
Queridos Leitores:
Convido a todos a acessarem o Blog da ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica. Um belíssimo e altruístico trabalho em prol da cultura maçônica, desenvolvido pelo entusiasta escritor e acadêmico Antônio do Carmo Ferreira, Presidente da ABIM.
Cliquem no link abaixo:
http://www.domcarmo.blogspot.com/
Nesse Blog, os Irmãos encontrarão, de parte da ABIM, o reconhecimento de nosso trabalho e uma carinhosa citação à Revista Arte Real pelo transcurso de seu 3º aniversário.
Agradecemos a todos vocês, Leitores, Colaboradores e Patrocinadores da cultura maçônica que, direta ou indiretamente, têm nos ajudado nesse árduo, porém prazeroso trabalho de exaltar a cultura maçônica e tratá-la com a seriedade que merece!
Fraternalmente,
Feitosa
Editor Responsável da Revista Maçônica Virtual Arte Real
E-mail - revistaartereal@entreirmaos.net
Skype - francisco.feitosa.da.fonseca
MSN - entre-irmaos@hotmail.com
URL - http://www.entreirmaos.net
(35) 3331-1288 / 8806-7175
O PESQUISADOR MAÇÔNICO
O valoroso Irmão Carlos Alberto dos Santos (foto) anuncia a circulaçao do jornal O PESQUISADOR MAÇÔNICO que é editado sob sua competência e responsabilidade. Um trabalho admirável que esse jornalista tem oferecido à Ordem. Não somente notícias da atualidade maçônica do Rio de Janeiro, mas também peças de arquitetura maravilhosos de grandes articulistas que contribuem efetivamente para a formação de nossos maçons. Cumprimentamos o jornalista Carlos Alberto por esta nova edição do periódico O Pesquisador Maçônico que tem registro ABIM. E-mail: carlosalberto@ciclodagua.com.br
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
A TROLHA, Novo Endereço
Amados Irmãos! O ilustre irmão MOURA (foto), competente Gerente de produção da revista maçônica A TROLHA, informa à ABIM o novo endereço da Editora que passa a ser RUA CASTRO ALVES, 264 - Jd Shangri-lá A - CEP 86070-670 - LONDRINA/PR. O primeiro impacto da notícia, para mim, era de que eles, com isto, queriam homenagear o XICO TROLHA, fundador da revista, um dos maiores admiradores do poeta e Ir Antônio de Castro Alves. Imagino que muito felizes deverão estar os residentes ou que têm negócio naquela rua, pois a revista A TROLHA detém conhecimento internacional. Com este novo residente, a RUA que decerto já era conhecida e admirada, passará a ser muito mais, em face dos correspondentes da revista no mundo inteiro. Parabéns aos que fazem a Rua Castro Alves, de Londrina, por terem ganhado esses ilustres vizinhos - o grupo que produz A TROLHA. A revista tem registro ABIM.
ARTE REAL ANIVERSARIA
Amados Irmãos! Neste mês de fevereiro, temos a comemorar o 3º aniversário de fundação da revista virtual ARTE REAL. Um periódico resultante do amor de Francisco FEITOSA à Ordem Maçônica. Mais de 15.000 internautas de todo o mundo acessam essa excelente revista, uma marca de credibilidade admirável que alcança em tão pouco tempo. É como ensina a sabedoria popular: "espinho que tem que furar, já nasce pontiagudo". Parabéns ao competente jornalista FEITOSA (foto), e a todos que têm a ventura de acessar esta excelente revista ARTE REAL. Tem registro ABIM. E-mail feitosa@entreirmaos.net
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Irm JAFFÉ TORRES: GM do GODF
Esteve, em Recife, nesta data, o mui ilustre irmão Jaffé Torres, Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal (GOB). Passagem rápida. Envia a todos os irmãos pernambucanos um TFA.
No dia 18 deste mês, o Presidente da ABIM terá encontro com o GM Jaffé na Capital federal. Tratarão do XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica que será realizado, em Brasília, nos dias 8, 9 e 10 de abril, ao ensejo dos seus 50 anos de fundação.
No dia 18 deste mês, o Presidente da ABIM terá encontro com o GM Jaffé na Capital federal. Tratarão do XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica que será realizado, em Brasília, nos dias 8, 9 e 10 de abril, ao ensejo dos seus 50 anos de fundação.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
COMENTÁRIOS
Re: Blog do domcarmo
Domingo, 7 de Fevereiro de 2010 12:49
De:
"Raimundo Acreano Rodrigues de Albuquerque" raiacre2@ig.com.br
Para:
"antonio ferreira"
Meu querido Irmão, parabens, seu blog está excelente, a única coisa feia é uma certa fotografia que vc colocou ali. Estou notando uma coisa, não se lembraram de mim para a proxima reunião de cultura, não me pediram nada. Avise que não morri e estou em plena forma. Estou terminando a bibliografia de um novo livro, escrito de julho para cá. Há. nele, alguns assuntos em que nunca toquei como, por exemplo, As Cruzadas. Vou mandar, por seu intermédio, uma mensagem de fé na imprensa e na cultura maçônica. Já soube que o "falador", na abertura, será o maior orador da Maçonaria do Brasil. Não sei se vc conhece... e tem mais, ele será também um dos palestrantes. Tenho certeza absoluta que depois do evento irei receber a jóia por ele concebida. Um abraço. RR
Domingo, 7 de Fevereiro de 2010 12:49
De:
"Raimundo Acreano Rodrigues de Albuquerque" raiacre2@ig.com.br
Para:
"antonio ferreira"
Meu querido Irmão, parabens, seu blog está excelente, a única coisa feia é uma certa fotografia que vc colocou ali. Estou notando uma coisa, não se lembraram de mim para a proxima reunião de cultura, não me pediram nada. Avise que não morri e estou em plena forma. Estou terminando a bibliografia de um novo livro, escrito de julho para cá. Há. nele, alguns assuntos em que nunca toquei como, por exemplo, As Cruzadas. Vou mandar, por seu intermédio, uma mensagem de fé na imprensa e na cultura maçônica. Já soube que o "falador", na abertura, será o maior orador da Maçonaria do Brasil. Não sei se vc conhece... e tem mais, ele será também um dos palestrantes. Tenho certeza absoluta que depois do evento irei receber a jóia por ele concebida. Um abraço. RR
COMENTÁRIOS
RE: Blog do domcarmo
Domingo, 7 de Fevereiro de 2010 11:52
De:
"Ribamar Granja" ribamargranja@hotmail.com
Para:
domcarmo@yahoo.com.br
Excelente o blog e as materias, comentarios, etc. tentei fazer um comentario e postar e nao consegui, pois o estudante de informatica aqui e mais fraco que arroz de terceira. Mas como insistente e persistente, vou procurar aprender e assim fazer as coisas corretamente. Um abraço do Ribamar
Domingo, 7 de Fevereiro de 2010 11:52
De:
"Ribamar Granja" ribamargranja@hotmail.com
Para:
domcarmo@yahoo.com.br
Excelente o blog e as materias, comentarios, etc. tentei fazer um comentario e postar e nao consegui, pois o estudante de informatica aqui e mais fraco que arroz de terceira. Mas como insistente e persistente, vou procurar aprender e assim fazer as coisas corretamente. Um abraço do Ribamar
NASCIMENTO DA ABIM
Dia da imprensa maçônica no Brasil.
Irm Antônio do Carmo Ferreira (*)
Corria o ano de 1991. Xico Trolha estava no Recife desde o dia 10 de novembro. Viera de Londrina na expectativa de ver as ruínas do Senado da Câmara, o Mercado da Ribeira e as ladeiras de Olinda.
Em 1710, no dia 10 de novembro, no Senado da Câmara, falou-se de independência na Colônia. Sonhos! Bernardo Vieira de Melo que havia governado o Rio Grande do Norte, teatralizou aqueles sonhos. Deu o primeiro grito de República nas Américas. Seu gesto valeu-lhe a vida. Morreu nos calabouços do Limoeiro, nas cercanias da Corte. Porém não foi em vão. “A República é filha de Olinda”, lembra o hino de Pernambuco. Xico queria ser fotografado ali, frente às ruínas. E foi.
Queria mais: sentir o aroma que vinha das flores regionais, trazido pelos ventos soprados dos bosques, onde eram escondidos os escravos, para, em algum momento, serem expostos e negociados no Mercado da Ribeira. Xico, como todos os maçons, sentia náusea, bastava lembrar da escravidão ...
Certa feita, um poeta local falara para o Xico que as ladeiras de Olinda, de tão íngremes, pareciam, no topo, furar as nuvens, e, vistas do pé, mais se assemelhavam a escadas do céu. E ele, ao constatar isto, dizia-me: “Quando me indagarem sobre a Escada de Jacó, vou responder que lembra as ladeiras de Olinda que esbarram na porta do céu”.
Dia 11 de novembro, já estávamos reunidos no Recife: Xico Trolha, Carlos Pacheco e Castellani. Eles eram meus convidados. Eu, proustianamente inspirado, estava “à procura do tempo perdido” com referência à aprendizagem maçônica. E aqueles irmãos e amigos sabiam muito e sempre se prontificaram a me indicar os caminhos, não “os de Suwam”, mas os da arte real.
Tínhamos um projeto comum. Insistir na união dos irmãos, pois é nesse estado, que “acontecem o bom e o suave”. Para a consecução desse objetivo, sabíamos da espessura dos muros que haveriam de ser demolidos. Mas não importava o esforço, por maior que fosse. Importante mesmo e gratificante era antever a cadeia de união resultante e proporcionada pelas pontes construídas.
Veio então a ideia de se iniciar esse trabalho, gerando-se uma associação dos produtores de notícias dos feitos da Ordem. Unanimidade! Não só produzir, mas divulgar e, nessa atividade, estimular o acompanhamento do progresso na arte da comunicação. Eram 12 de novembro, data que não nos pareceu propícia ao evento de anunciação do nascimento de uma associação do porte daquela que vinha de ser fundada. Pois em 12 de novembro de 1823, militares armados cercaram o prédio, onde estavam reunidos os Deputados que elaboravam, no Rio de Janeiro, a 1º carta magna de nossa Nação, e por decisão de S.M.I. ficava dissolvida a Constituinte. Data de tristes lembranças ...!
Dia 13 de novembro de 1991, no Templo da Loja Maçônica “10 de Novembro de 1710”, a 33 metros das ruínas do Senado da Câmara, em Olinda, pelas 20 horas, com o ocidente e o oriente completamente preenchidos por irmãos maçons, foi anunciada a fundação e instalação da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica – ABIM.
São decorridos 18 anos, tendo a ABIM cumprido seus objetivos. Associados em todos os recantos do Brasil e de todas as Potências Maçônicas. Revistas modernas, editoradas nos padrões tecnológicos mais avançados. Boletins e jornais produzidos em grau de excelência. Encontro nacional de seus dirigentes, todo ano, renovando os ideais na exaltação à cultura maçônica. Em 2010, quando se forem “as águas de março”, estaremos em Brasília, comemorando os 50 anos da Capital Federal e realizando o XV Encontro Nacional.
Cumprimentamos todos os associados da ABIM, com a mesma certeza com que James Anderson compilou as Constituições – “a Maçonaria é um centro de união”.
Xico Trolha e Castellani, rogai por nós!
Salve 13 de novembro, dia nacional da imprensa maçônica!
(*) Irm Antônio do Carmo Ferreira
Presidente da ABIM.
Irm Antônio do Carmo Ferreira (*)
Corria o ano de 1991. Xico Trolha estava no Recife desde o dia 10 de novembro. Viera de Londrina na expectativa de ver as ruínas do Senado da Câmara, o Mercado da Ribeira e as ladeiras de Olinda.
Em 1710, no dia 10 de novembro, no Senado da Câmara, falou-se de independência na Colônia. Sonhos! Bernardo Vieira de Melo que havia governado o Rio Grande do Norte, teatralizou aqueles sonhos. Deu o primeiro grito de República nas Américas. Seu gesto valeu-lhe a vida. Morreu nos calabouços do Limoeiro, nas cercanias da Corte. Porém não foi em vão. “A República é filha de Olinda”, lembra o hino de Pernambuco. Xico queria ser fotografado ali, frente às ruínas. E foi.
Queria mais: sentir o aroma que vinha das flores regionais, trazido pelos ventos soprados dos bosques, onde eram escondidos os escravos, para, em algum momento, serem expostos e negociados no Mercado da Ribeira. Xico, como todos os maçons, sentia náusea, bastava lembrar da escravidão ...
Certa feita, um poeta local falara para o Xico que as ladeiras de Olinda, de tão íngremes, pareciam, no topo, furar as nuvens, e, vistas do pé, mais se assemelhavam a escadas do céu. E ele, ao constatar isto, dizia-me: “Quando me indagarem sobre a Escada de Jacó, vou responder que lembra as ladeiras de Olinda que esbarram na porta do céu”.
Dia 11 de novembro, já estávamos reunidos no Recife: Xico Trolha, Carlos Pacheco e Castellani. Eles eram meus convidados. Eu, proustianamente inspirado, estava “à procura do tempo perdido” com referência à aprendizagem maçônica. E aqueles irmãos e amigos sabiam muito e sempre se prontificaram a me indicar os caminhos, não “os de Suwam”, mas os da arte real.
Tínhamos um projeto comum. Insistir na união dos irmãos, pois é nesse estado, que “acontecem o bom e o suave”. Para a consecução desse objetivo, sabíamos da espessura dos muros que haveriam de ser demolidos. Mas não importava o esforço, por maior que fosse. Importante mesmo e gratificante era antever a cadeia de união resultante e proporcionada pelas pontes construídas.
Veio então a ideia de se iniciar esse trabalho, gerando-se uma associação dos produtores de notícias dos feitos da Ordem. Unanimidade! Não só produzir, mas divulgar e, nessa atividade, estimular o acompanhamento do progresso na arte da comunicação. Eram 12 de novembro, data que não nos pareceu propícia ao evento de anunciação do nascimento de uma associação do porte daquela que vinha de ser fundada. Pois em 12 de novembro de 1823, militares armados cercaram o prédio, onde estavam reunidos os Deputados que elaboravam, no Rio de Janeiro, a 1º carta magna de nossa Nação, e por decisão de S.M.I. ficava dissolvida a Constituinte. Data de tristes lembranças ...!
Dia 13 de novembro de 1991, no Templo da Loja Maçônica “10 de Novembro de 1710”, a 33 metros das ruínas do Senado da Câmara, em Olinda, pelas 20 horas, com o ocidente e o oriente completamente preenchidos por irmãos maçons, foi anunciada a fundação e instalação da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica – ABIM.
São decorridos 18 anos, tendo a ABIM cumprido seus objetivos. Associados em todos os recantos do Brasil e de todas as Potências Maçônicas. Revistas modernas, editoradas nos padrões tecnológicos mais avançados. Boletins e jornais produzidos em grau de excelência. Encontro nacional de seus dirigentes, todo ano, renovando os ideais na exaltação à cultura maçônica. Em 2010, quando se forem “as águas de março”, estaremos em Brasília, comemorando os 50 anos da Capital Federal e realizando o XV Encontro Nacional.
Cumprimentamos todos os associados da ABIM, com a mesma certeza com que James Anderson compilou as Constituições – “a Maçonaria é um centro de união”.
Xico Trolha e Castellani, rogai por nós!
Salve 13 de novembro, dia nacional da imprensa maçônica!
(*) Irm Antônio do Carmo Ferreira
Presidente da ABIM.
SOBRE A GÊNESE DA MAÇONARIA ESPECULATIVA
A MAÇONARIA ESPECULATIVA e o autor de suas Constituições.
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A Maçonaria de Ofício ou Operativa, à qual deve a civilização européia inegável tributo, foi atuante cerca de 300 anos. No fim do século XVII estava de “fogo morto”, aparecendo, nos registros, a sua existência já esmaecida. Mas não houve uma vontade direcionada para sua exaustão. As causas que contribuíram para esse acabamento, vieram de outras motivações..
Uma delas foi a Reforma Luterana. Para este movimento, mais plausível era o deslocamento do Cura à aldeia. E não uma aldeia toda deslocar-se ao entorno das Catedrais para ouvir a pregação religiosa. Com o êxito desta ideia, esbarrou a atividade das grandes construções, e, em conseqüência, fechavam-se as guildas, levando ao ócio centenas de “pedreiros” às quais eram filiados.
Vinculada à guilda, existia uma função beneficente para a qual os filiados contribuiam financeiramente, gerando fundos para assistência aos “pedreiros” invalidados no trabalho ou sem condições para este, quando a idade já lhe era avançada.
Estancadas as construções, a corrida foi grande e célere em rumo à “beneficência”, pondo-a em dificuldade para cumprir o seu papel. Admite-se que a salvação daquele sistema de auxílio teria vindo nas asas da admissão, nas guildas, de pessoas alheias às atividades das mesmas.
Teria sido esta a abertura decisiva, para que os não-pedreiros fossem aceitos nas guildas da maçonaria ainda de Ofício. Filantropos e ricaços incharam os quadros da sociedade, sendo o latifundiário John Boswell o primeiro a ser beneficiado, ao ser aceito maçom da Loja “Capela de Santa Maria” ao oriente de Edimburgo. E ninguém perdia com isto. Ao contrário, todos ganhavam. Os postos de beneficência com as doações, para atendimento aos muitos que dependiam disto, e os aceitos que passavam a gozar dos 3 privilégios concedidos aos integrantes das guildas: poderem formar associação; migrarem de uma para outra região; serem isentos de tributação.
Os pesquisadores localizam, no advento da Igreja Anglicana, decorrente da querela entre o Rei da Inglaterra e o Sumo Pontífice, outro motivo para a exaustão da maçonaria operativa, considerando funcionar esta como se um braço fosse da Igreja de Roma. Os maçons operativos que estavam sujeitos à religião oficial de seu país, a partir daí, encontravam apoio à desobrigação de tal exigência. A escolha religiosa seguia o Eclesiástico: “O coração modifica a feição dos homens”. O canal de ligação do homem com Deus é de sua livre escolha e não de fato impositivo. O que não podia era o “maçom se bem compreendesse seus deveres jamais se converter em um estúpido ateu nem em irreligioso libertino”.
Estes pruridos religiosos, registra a História, levaram toda a Europa a um estado de decadência social e econômica, quase dizimando a população masculina por sua convocação e utilização nas atividades de guerra. Coube à reação a geração de sociedades comprometidas com a reconstrução social integradas por homens livres daqueles vícios que corroíam a civilização e voltados para o trabalho da melhoria dos costumes. Entre elas, estava a principal: a Maçonaria Especulativa da qual fazemos parte.
Em 24 de junho de 1717, quatro Lojas das muitas então existentes se reuniram e criaram o sistema obediencial, que abolia a existência da Loja solitária, dando lugar às Lojas solidárias, subordinadas a um Grão-Mestre. Naquela data, fundaram a Grande Loja de Londres para dar curso ao sistema obediencial, valendo-se dos ideais e com os objetivos da Maçonaria Especulativa. As quatro Lojas fundadoras foram: “O Ganso e a Grelha”, da cervejaria do pátio da Igreja de São Paulo; “A Coroa”, da cervejaria do Parker´s Lane; “A Macieira”, da taberna de Charles Street do Convent Garden; e “O Topázio e as Luvas”, da taberna da Channel Row, no Westminster.
Era preciso, contudo, estabelecerem-se as regras de existência e condução daquela nova sociedade. E este trabalho começou a ser feito, com a designação do Pastor James Anderson para sua execução.
James Anderson nasceu, no ano de 1680, na cidade de Aberdeen, Escócia. Seus estudos iniciais ele os fez em sua cidade natal. Sua formação, porém, concluiu em Londres, onde havia fixado residência. A Igreja de Swallow Street, uma das presbiterianas de Londres, teve-o como ministro, a partir de 1710. Em 1717, encontrava-se entre os maçons que fundaram a primeira Potência Maçônica do mundo, e em 1721, 29 de setembro, foi designado pelo Grão-Mestre Jean Theophile Desaguliers para escrever o documento das obrigações e deveres da Grande Loja de Londres.
Desincumbiu-se da eminente convocação com brilhantismo, consagrando-se um grande escritor de maçonaria, ao compilar as old charges – documentos das antigas obrigações – resultando nas CONSTITUIÇÕES que vieram a ser publicadas em 1723 e representam hoje o documento jurídico básico deste novo tempo da Maçonaria. James Anderson faleceu, em Londres, no ano de 1739, certo de que a Maçonaria é “um Centro de União”, sendo ao mesmo tempo “o meio de conciliar uma verdadeira amizade entre pessoas que, de outra maneira, ficariam perpetuamente separadas”. O canteiro universal do amor ao próximo e da felicidade das pessoas.
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A Maçonaria de Ofício ou Operativa, à qual deve a civilização européia inegável tributo, foi atuante cerca de 300 anos. No fim do século XVII estava de “fogo morto”, aparecendo, nos registros, a sua existência já esmaecida. Mas não houve uma vontade direcionada para sua exaustão. As causas que contribuíram para esse acabamento, vieram de outras motivações..
Uma delas foi a Reforma Luterana. Para este movimento, mais plausível era o deslocamento do Cura à aldeia. E não uma aldeia toda deslocar-se ao entorno das Catedrais para ouvir a pregação religiosa. Com o êxito desta ideia, esbarrou a atividade das grandes construções, e, em conseqüência, fechavam-se as guildas, levando ao ócio centenas de “pedreiros” às quais eram filiados.
Vinculada à guilda, existia uma função beneficente para a qual os filiados contribuiam financeiramente, gerando fundos para assistência aos “pedreiros” invalidados no trabalho ou sem condições para este, quando a idade já lhe era avançada.
Estancadas as construções, a corrida foi grande e célere em rumo à “beneficência”, pondo-a em dificuldade para cumprir o seu papel. Admite-se que a salvação daquele sistema de auxílio teria vindo nas asas da admissão, nas guildas, de pessoas alheias às atividades das mesmas.
Teria sido esta a abertura decisiva, para que os não-pedreiros fossem aceitos nas guildas da maçonaria ainda de Ofício. Filantropos e ricaços incharam os quadros da sociedade, sendo o latifundiário John Boswell o primeiro a ser beneficiado, ao ser aceito maçom da Loja “Capela de Santa Maria” ao oriente de Edimburgo. E ninguém perdia com isto. Ao contrário, todos ganhavam. Os postos de beneficência com as doações, para atendimento aos muitos que dependiam disto, e os aceitos que passavam a gozar dos 3 privilégios concedidos aos integrantes das guildas: poderem formar associação; migrarem de uma para outra região; serem isentos de tributação.
Os pesquisadores localizam, no advento da Igreja Anglicana, decorrente da querela entre o Rei da Inglaterra e o Sumo Pontífice, outro motivo para a exaustão da maçonaria operativa, considerando funcionar esta como se um braço fosse da Igreja de Roma. Os maçons operativos que estavam sujeitos à religião oficial de seu país, a partir daí, encontravam apoio à desobrigação de tal exigência. A escolha religiosa seguia o Eclesiástico: “O coração modifica a feição dos homens”. O canal de ligação do homem com Deus é de sua livre escolha e não de fato impositivo. O que não podia era o “maçom se bem compreendesse seus deveres jamais se converter em um estúpido ateu nem em irreligioso libertino”.
Estes pruridos religiosos, registra a História, levaram toda a Europa a um estado de decadência social e econômica, quase dizimando a população masculina por sua convocação e utilização nas atividades de guerra. Coube à reação a geração de sociedades comprometidas com a reconstrução social integradas por homens livres daqueles vícios que corroíam a civilização e voltados para o trabalho da melhoria dos costumes. Entre elas, estava a principal: a Maçonaria Especulativa da qual fazemos parte.
Em 24 de junho de 1717, quatro Lojas das muitas então existentes se reuniram e criaram o sistema obediencial, que abolia a existência da Loja solitária, dando lugar às Lojas solidárias, subordinadas a um Grão-Mestre. Naquela data, fundaram a Grande Loja de Londres para dar curso ao sistema obediencial, valendo-se dos ideais e com os objetivos da Maçonaria Especulativa. As quatro Lojas fundadoras foram: “O Ganso e a Grelha”, da cervejaria do pátio da Igreja de São Paulo; “A Coroa”, da cervejaria do Parker´s Lane; “A Macieira”, da taberna de Charles Street do Convent Garden; e “O Topázio e as Luvas”, da taberna da Channel Row, no Westminster.
Era preciso, contudo, estabelecerem-se as regras de existência e condução daquela nova sociedade. E este trabalho começou a ser feito, com a designação do Pastor James Anderson para sua execução.
James Anderson nasceu, no ano de 1680, na cidade de Aberdeen, Escócia. Seus estudos iniciais ele os fez em sua cidade natal. Sua formação, porém, concluiu em Londres, onde havia fixado residência. A Igreja de Swallow Street, uma das presbiterianas de Londres, teve-o como ministro, a partir de 1710. Em 1717, encontrava-se entre os maçons que fundaram a primeira Potência Maçônica do mundo, e em 1721, 29 de setembro, foi designado pelo Grão-Mestre Jean Theophile Desaguliers para escrever o documento das obrigações e deveres da Grande Loja de Londres.
Desincumbiu-se da eminente convocação com brilhantismo, consagrando-se um grande escritor de maçonaria, ao compilar as old charges – documentos das antigas obrigações – resultando nas CONSTITUIÇÕES que vieram a ser publicadas em 1723 e representam hoje o documento jurídico básico deste novo tempo da Maçonaria. James Anderson faleceu, em Londres, no ano de 1739, certo de que a Maçonaria é “um Centro de União”, sendo ao mesmo tempo “o meio de conciliar uma verdadeira amizade entre pessoas que, de outra maneira, ficariam perpetuamente separadas”. O canteiro universal do amor ao próximo e da felicidade das pessoas.
COMENTÁRIO: LIVRO DE ACF
“NAS CANTEIRAS DA ARTE REAL”*
Ir Raimundo Rodrigues (Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo)
Temos lido em vários autores maçônicos, que merecem fé, que a leitura é uma necessidade para quem quer crescer em conhecimentos, para quem deseja subir os degraus da escada do saber. Essa afirmação contém em seu bojo verdade que não pode ser desmentida.
Todas as vezes que alguém abre um livro e começa a lê-lo, este alguém está estudando. É preciso anotar que existem livros bons que, por tratarem de único assunto em centenas de páginas, não são lidos. Daí por que, é nosso pensar, que os bons autores maçons são que, além de não inventar, escrevem suas obras tratando de vários temas diferentes em capítulos curtos e vazados em linguagem simples, porém correta. E isto acontece exatamente com o livro que debaixo dos olhos: Nas Canteiras da Arte Real. Esta obra é de grande valor para o maçom que seja aumentar seus conhecimentos da doutrina maçônica em suas características fundamentais: história, filosofia e ritualística.
Esse livro é tão bom que nos obriga a estudar a partir do título. Esse termo canteiras existe? Não estaria o autor tentando criar um neologismo? Não se pode ficar em dúvida, logo ... não há outro jeito, deve-se pedir auxílio aos dicionários. O Dicionário Brasileiro Contemporâneo nos diz que canteiras são pedreiras de onde se extraem pedras de cantaria. E o Dicionário Contemporâneo continua a nos esclarecer afirmando que cantaria é a pedra grande e lavrada para construções.
Desse Nas Canteiras da Arte Real extraem-se “pedras do conhecimento” com as quais poderemos construir de catedrais do saber a catedrais da cultura maçônica.
Antônio do Carmo Ferreira, com esse novo livro, oferece-nos textos curtos, muito bem escritos, cujo fito maior é passar aos maçons preciosos conhecimentos da história e da doutrina de nossa sublime instituição.
O livro traz o prefácio do maçom Guilherme de Queiroz Ribeiro que diz aquilo que precisamos saber sobre o articulista, o escritor e o notável orador Antônio do Carmo Ferreira que, logo no primeiro artigo Vitriol – Um Tônico Rejuvenescedor, enchendo-nos de alegria ao verificarmos que a tradução da frase latina – Visita interiora terrae retificandoque invenies occultum lapidem – está absoluta correta: “Penetra os interiores da terra e, esquadrinhando-os, encontrarás a pedra oculta”. Esta é tradução de quem sabe latim. Aqueles que não estudaram a maravilhosa língua de Cícero não traduzem: simplesmente se baseiam na semelhança das palavras latinas com aquelas do idioma lusitano, sem pensar ou sem saber que as palavras mudam de sentido no tempo e no espaço.
Há capítulos no livro que nos trazem ensinamentos difíceis de serem encontrados em outros autores, como v.g. aquele que intitula “A Ordem Maçônica nos tempos de Frei Caneca”. Naquele artigo há coisas que precisamos saber, especialmente sobre os inícios da Maçonaria no Brasil, sem invenções e comprovados em documentos autênticos.
JOIAS LITERÁRIAS - Uma série de excelentes artigos do livro estão pojados de ensinamentos úteis. Quando o autor aborda o tema “A Epopéia Farroupilha e Reminiscências de 1817” nos traz ensinamentos históricos ligados à Maçonaria, dificilmente encontrados em outros autores.
“Iluminando os caminhos do bem” é o título do discurso pronunciado pelo autor quando das festividades em comemoração ao Jubileu de Prata do Grande Oriente Paulista. Para nós, acostumados a ler e a ouvir Antônio do Carmo, a beleza literária e a profundidade dos conceitos emitidos naquela peça oratória não se constitui uma novidade e tanto é verdade que já várias vezes, quer escrevendo, quer falando, afirmamos que o Grão-Mestre do GOIPE é o maior orador da Maçonaria do Brasil, no momento.
Vejamos um pouco pequeno tópico do discurso. A certa altura, o orador exclama: “Que mimo trago eu, além dos reportados, e dos arrecifes pernambucanos, do acre de seus sargaços, do espelho das águas do Capibaribe, onde os fantasmas antanho, trêmulos de medo deles mesmos, miram-se ao findar da tarde? Da certeza da unidade nacional em idioma e território, obtidos com a expulsão do invasor batavo, da responsabilidade pelo ingresso de nossa Ordem no Brasil através do portal de Itambé, engenho e arte do botânico Arruda da Câmara; do sacrifícios dos revolucionários irredentos de 1817, cujas vidas foram imoladas em troca de uma pátria para os brasileiros numa revolução incontestável de maçons com e sem batina”.
Normalmente não comporta artigos extensos, razão por que não nos é possível continuar a escrever sobre as jóias literárias que o livro contém. Porém não poderemos deixar de citar alguns capítulos, através dos quais aumentamos nossos parcos conhecimentos. Aqui vão: “Mestre Maçom” – neste capítulo o autor faz um estudo sobre a época em que surgiu e foi adotado o grau de Mestre Maçom. “Frequência nas Lojas maçônicas”, “Compromisso com o sigilo”, “Aspectos pedagógicos da sociabilidade”, “Maçonaria: aqui, agora”, “Nossa independência veio do Areópago”, “Família e Maçonaria”, “Da necessidade do planejamento”.
O livro contém, além desses, mais oito artigos de excelentes conteúdos.
(*) Publicado na revista CONSCIÊNCIA Nº 90, 2009, Campo Grande/MS. www.revistaconsciencia.com.br)
Ir Raimundo Rodrigues (Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo)
Temos lido em vários autores maçônicos, que merecem fé, que a leitura é uma necessidade para quem quer crescer em conhecimentos, para quem deseja subir os degraus da escada do saber. Essa afirmação contém em seu bojo verdade que não pode ser desmentida.
Todas as vezes que alguém abre um livro e começa a lê-lo, este alguém está estudando. É preciso anotar que existem livros bons que, por tratarem de único assunto em centenas de páginas, não são lidos. Daí por que, é nosso pensar, que os bons autores maçons são que, além de não inventar, escrevem suas obras tratando de vários temas diferentes em capítulos curtos e vazados em linguagem simples, porém correta. E isto acontece exatamente com o livro que debaixo dos olhos: Nas Canteiras da Arte Real. Esta obra é de grande valor para o maçom que seja aumentar seus conhecimentos da doutrina maçônica em suas características fundamentais: história, filosofia e ritualística.
Esse livro é tão bom que nos obriga a estudar a partir do título. Esse termo canteiras existe? Não estaria o autor tentando criar um neologismo? Não se pode ficar em dúvida, logo ... não há outro jeito, deve-se pedir auxílio aos dicionários. O Dicionário Brasileiro Contemporâneo nos diz que canteiras são pedreiras de onde se extraem pedras de cantaria. E o Dicionário Contemporâneo continua a nos esclarecer afirmando que cantaria é a pedra grande e lavrada para construções.
Desse Nas Canteiras da Arte Real extraem-se “pedras do conhecimento” com as quais poderemos construir de catedrais do saber a catedrais da cultura maçônica.
Antônio do Carmo Ferreira, com esse novo livro, oferece-nos textos curtos, muito bem escritos, cujo fito maior é passar aos maçons preciosos conhecimentos da história e da doutrina de nossa sublime instituição.
O livro traz o prefácio do maçom Guilherme de Queiroz Ribeiro que diz aquilo que precisamos saber sobre o articulista, o escritor e o notável orador Antônio do Carmo Ferreira que, logo no primeiro artigo Vitriol – Um Tônico Rejuvenescedor, enchendo-nos de alegria ao verificarmos que a tradução da frase latina – Visita interiora terrae retificandoque invenies occultum lapidem – está absoluta correta: “Penetra os interiores da terra e, esquadrinhando-os, encontrarás a pedra oculta”. Esta é tradução de quem sabe latim. Aqueles que não estudaram a maravilhosa língua de Cícero não traduzem: simplesmente se baseiam na semelhança das palavras latinas com aquelas do idioma lusitano, sem pensar ou sem saber que as palavras mudam de sentido no tempo e no espaço.
Há capítulos no livro que nos trazem ensinamentos difíceis de serem encontrados em outros autores, como v.g. aquele que intitula “A Ordem Maçônica nos tempos de Frei Caneca”. Naquele artigo há coisas que precisamos saber, especialmente sobre os inícios da Maçonaria no Brasil, sem invenções e comprovados em documentos autênticos.
JOIAS LITERÁRIAS - Uma série de excelentes artigos do livro estão pojados de ensinamentos úteis. Quando o autor aborda o tema “A Epopéia Farroupilha e Reminiscências de 1817” nos traz ensinamentos históricos ligados à Maçonaria, dificilmente encontrados em outros autores.
“Iluminando os caminhos do bem” é o título do discurso pronunciado pelo autor quando das festividades em comemoração ao Jubileu de Prata do Grande Oriente Paulista. Para nós, acostumados a ler e a ouvir Antônio do Carmo, a beleza literária e a profundidade dos conceitos emitidos naquela peça oratória não se constitui uma novidade e tanto é verdade que já várias vezes, quer escrevendo, quer falando, afirmamos que o Grão-Mestre do GOIPE é o maior orador da Maçonaria do Brasil, no momento.
Vejamos um pouco pequeno tópico do discurso. A certa altura, o orador exclama: “Que mimo trago eu, além dos reportados, e dos arrecifes pernambucanos, do acre de seus sargaços, do espelho das águas do Capibaribe, onde os fantasmas antanho, trêmulos de medo deles mesmos, miram-se ao findar da tarde? Da certeza da unidade nacional em idioma e território, obtidos com a expulsão do invasor batavo, da responsabilidade pelo ingresso de nossa Ordem no Brasil através do portal de Itambé, engenho e arte do botânico Arruda da Câmara; do sacrifícios dos revolucionários irredentos de 1817, cujas vidas foram imoladas em troca de uma pátria para os brasileiros numa revolução incontestável de maçons com e sem batina”.
Normalmente não comporta artigos extensos, razão por que não nos é possível continuar a escrever sobre as jóias literárias que o livro contém. Porém não poderemos deixar de citar alguns capítulos, através dos quais aumentamos nossos parcos conhecimentos. Aqui vão: “Mestre Maçom” – neste capítulo o autor faz um estudo sobre a época em que surgiu e foi adotado o grau de Mestre Maçom. “Frequência nas Lojas maçônicas”, “Compromisso com o sigilo”, “Aspectos pedagógicos da sociabilidade”, “Maçonaria: aqui, agora”, “Nossa independência veio do Areópago”, “Família e Maçonaria”, “Da necessidade do planejamento”.
O livro contém, além desses, mais oito artigos de excelentes conteúdos.
(*) Publicado na revista CONSCIÊNCIA Nº 90, 2009, Campo Grande/MS. www.revistaconsciencia.com.br)
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