A ABIM: VANGUARDA NA PAZ DE CONVIVÊNCIA
Ir.: Antônio do Carmo
Ferreira (*)
As Sagradas Escrituras con-templam a PAZ,
reservando-lhe diversos e amplos
espaços, todos eles com destacados
relevos. Comparam com outros grandes valores. Dizem a quem não é possível a sua
prática. Mostram resultados alvissareiros a que chegaram os que a ela dedicaram
a sua vida. E revelam a dimensão do prêmio com que se galardoam seus
construtores.
David conversa com
Deus, em cantigas de agradecimentos, confiante em que a PAZ, amálgama da união, é que é o bom e agradável
do existir, que eleva o espírito, que fertiliza os corações, que fecunda o
sáfaro da natureza, e acende os sinais do progresso na humana condição. (Salmo
133)
O profeta Isaías
fizera antes a mesma apologia, ao alertar o seu mundo e as gerações que
haveriam de vir, para o fato de que só aos ímpios era impossível a PAZ. (Isaías
48, 22). Não era uma ameaça aos desavindos, mas um chamamento à PAZ DE
CONVIVÊNCIA, dos irmãos, das nações.
A guerra, a
violência, a discórdia entre as pessoas tudo isto foi rechaçado por nosso bom
Deus e Criador. Estes fatos estão elencados, em Provérbios, entre as sete
coisas que aborrecem o Senhor e Ele as abomina. São coisas adversas da Paz.
(Provérbios 6, 16-19).
Cristo Jesus cumprimentava
a sua geração e as pessoas de seu tempo, com a senha – a paz seja contigo ou eu
vos dou a minha paz. (João 20, 21). E mais: falando para uma multidão,
aglomerada no topo de um monte, e sedenta de seus ensinamentos, garantiu que
recebem e ganham o título de “filho de Deus” os que são “pacíficos”, os que
convivem em paz. (Mateus 5, 9).
Deve se sentir gratificado, em sua vida,
aquele que batalha pela paz da
convivência entre as pessoas e instituições. E se esta dedicação é no âmbito da
maçonaria, melhor ainda. O maçom não é
um ser ímpio. Ele adquire o beneplácito de seu ingresso na Ordem, porque ama a
Deus, porque ama o próximo. Porque elege a
PAZ como elo
de ligação sua
com os seus contempo-
râneos.
Gestos, portanto, dos que se reúnem para o estímulo recíproco na prática da
virtude. (Ritual do 1º Gr REAA)
A PAZ é tão importante que chega a ser
comparada com a GLÓRIA. A glória de Deus em todo o universo e a paz dos homens
de boa vontade aqui na terra. (Lucas 2,14). São bem-aventurados, pois, os que fazem da paz o mote de seu viver.
Os maçons dão fé a
estes ensinamentos das sagradas escrituras. Não se reúnem antes que peçam a
proteção do Grande Arquiteto do Universo, abrindo a sua prece, afirmando que
são “obreiros da PAZ”. (Rito Adonhiramita)
E as bênçãos de Deus,
decerto, não lhes hão de faltar. Se elas
tardam, eles não desesperam, as bênçãos “já estão a caminho” como ensina o
conselho popular. Nada mais significativo que o título que se lhes dá – Construtores Sociais. Um construtor de
sociedades mais humanas entranhadas de amor ao próximo, pois que o principal ingrediente de seu
fazimento é a paz, enquanto seja esta sinônimo de fraternidade, cenário e base
para a inclusão social e para o respeito à dignidade das pessoas.
O Papa Paulo VI fez
grande reflexão sobre este tema, cerne da dissertação em sua carta encíclica
Populorum Progressio, onde alerta que o desenvolvimento é econômico e social,
sendo a paz o seu novo nome. E que os frutos advindos do
progresso sejam repartidos com todos. Entendimento este que recheia os misteres
da maçonaria em todos os tempos, sendo penhor
dos maçons o de “tornar feliz a
humanidade”, como conseqüência de seu trabalho. Portanto e com justiça,
abençoados, por isto mesmo, como obreiros
da paz.
O comprometimento com
uma maçonaria unida, em todos os Estados e no Brasil inteiro, é um gesto
abençoado pelo qual todos deveremos ter a felicidade de nos empenhar. Vejamos, por exemplo, a ABIM: Associação
Brasileira da Im-prensa Maçônica. Nela, não há muros; só existem pontes, pois
jornais, boletins e revistas de todas as
Potências Maçônicas são seus associados.
(*) Jornalista DRT 5565/PE
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