ALELUIA! O PNE FOI APROVADO
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Estamos, hoje, em momento de muitas alegrias. E por que tanto isto? Porque a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou, ontem (26.06.12), na parte que lhe compete, o texto do Plano Nacional de Educação, com algumas emendas aditivas insertas mediante relatório do deputado Ângelo Vanhoni, do PT/PR.
O ponto mais polêmico decorreu das solicitações, para que o PNE, pelo menos na segunda parte de sua vigência, contemplasse com 10% do produto interno bruto (PIB) os investimentos em educação pública.
Recordamos que o Brasil, no plano anterior, investiu nessa rubrica apenas 5%. O PNE propunha uma elevação para 7%. A maçonaria, após análise do projeto, divulgou documento (Carta) e o encaminhou ao Congresso Nacional, entregando-o a seu Presidente, em que externava o entendimento de que era necessário elevar esses investimentos para 10% e até sugeria a inclusão de recursos decorrentes dos lucros do Pré-Sal.
O Relator teve a iniciativa de aumentar esses valores para 8% e até chegar a 10%, seguindo os caminhos do Pré-Sal, como entendera a maçonaria.
Ontem, em aprovação simbólica, “sob intensa pressão de 300 manifestantes, na maioria estudantes, que lotaram 3 salas da Comissão para acompanhar a votação dos destaques, o governo aceitou incluir no projeto do Plano Nacional de Educação (PNE) a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em política de educação em até dez anos”. (Jornal do Commercio, Recife, 27.06.12).
Os maçons, contudo, não esqueçam de que a luta da Ordem é permanente no combate à IGNORÂNCIA por ser ela “a mãe de todos os vícios”. Por isto, jamais descansaremos enquanto houver um analfabeto em nosso País e enquanto não virmos em grau da maior respeitabilidade e conceito internacional a educação pública no Brasil.
Todos são chamados a testemunhar o esforço da Ordem pela discussão e aprovação do PNE desde que ele foi protocolado na Câmara dos Deputados. Neste sentido, foram feitas Assembléias Gerais de seus Grão-Mestres em quase todas as Capitais, e realizados Encontros Nacionais da Cultura Maçônica em Recife, Londrina, Cuiabá, Brasília, São Paulo e São Luiz, discutindo o assunto, não só com os maçons, mas com o povo em geral, especialmente, a porção ligada à educação pública. Desses Encontros emitiram-se Cartas, denunciando as mazelas do ensino, as suas carências e sugerindo idéias para a melhoria da qualidade educacional.
O projeto de lei, se as forças do obscurantismo não inibirem a caminhada, estará em breve no Senado e, daí, seguirá para a sanção presidencial. Mas não se encerrará aí a atenção da maçonaria, pois se iniciará o tempo do “olho do fazendeiro”, isto é, a luta pela aprovação da lei da responsabilidade educacional , sem o que o PNE será apenas uma carta de intenções, e os 10% do PIB, capim verde para engordar os monstros da corrupção. Um dos destaques aprovados estabelece até um ano, após a sanção do PNE, para discussão e aprovação dessa lei de Responsabilidade Educacional. (Jornal da Ciência, Rio, 28.06.12).
Sugerimos uma visita ao endereço http://www.domcarmo.blogspot.com Nes- se blog, poderá o leitor encontrar algumas informações, colocadas em artigos quinzenais, sobre feitos da maçonaria, durante essa tramitação do PNE (2011/2020) ou se desejar poderá ler “Educação & Maçonaria”, pela Editora A Trolha Ltda, fone 43 3337 1982 E-Mail moura@atrolha.com.br
Paguem-nos as alvíssaras. O PNE começou a ser aprovado. Aleluia!
(Informabim 313 B)
313 B)
domingo, 1 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
INFORMABIM 312 A e B
... VER CONTENTE ...
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Dos acontecimentos de ontem (13 de junho), ao menos dois deles espero terem ensejado grandes alegrias aos brasileiros. É que o dia marca o momento em que se rendem homenagens a Santo Antônio, seja com pedidos, seja com agradecimentos. Não sei nas outras regiões, mas no Nordeste, a data se comemora com rezas, fogueiras e simpatias, sem falar dos animadíssimos forrós que antecipam o “sãojoão”. Santo casamenteiro, na crendice popular, diz-se que não resiste a um pedido bem caprichado, e logo despacha um marido para a solicitante encalhada. (Mas desde que o pedido seja caprichado). Graças a sua bondosa atuação, o santinho já ganhou, em agradecimentos, patente de capitão e até cargo permanente de vereador. Ontem, tendo sido DIA DE SANTO ANTÔNIO, as festas rolaram, com efusiva alegria, em todos os cantos nordestinos ...
Outro motivo que merece alegria é a Comissão Especial da Câmara dos Deputados ter aprovado (no mesmo dia 13) o Plano Nacional de Educação, com alguns “destaques” que serão apreciados em reunião prevista para o dia 26 de junho. O Relator é o deputado Ângelo Vanhoni, integrante do PT/Paraná, que propôs elevação dos recursos financeiros para 8% do PIB e mais 50% dos lucros decorrentes de investimentos do Pré-Sal.
O PNE foi enviado à Câmara em 2010, para uma vigência de 10 anos a ter início, como se esperava, no começo de 2011. Ele estabelece 20 metas que se acomodam sob as 10 diretrizes seguintes: 1) Erradicação do analfabetismo; 2) Universalização do atendimento escolar; 3) Superação das desigualdades educacionais; 4) Melhoria da qualidade do ensino; 5) Formação para o trabalho; 6) Promoção da sustentabilidade sócio-ambiental; 7) Promoção humanística, científica e tecnológica do país; 8) Estabelecimento de meta de aplicação dos recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto (PIB); 9) Valorização dos profissionais da educação; e 10) Difusão dos princípios da equidade do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação”.
Líderes da maçonaria percebem que o PNE oferece grandes possibilidades de melhoria e progresso no setor da educação pública, como a erradicação do analfabetismo; o prestígio da carreira do magistério, com uma remuneração digna, devotando-lhe o respeito que merece (Só abrindo um parêntese: outro dia, vi na televisão que, no Japão, todos se curvam perante o Imperador. Apenas os professores ficam isentos dessa reverência); a formação para o trabalho, com o ensino profissionalizante em escolas de tempo integral, enfatizando a ciência, a tecnologia e a inovação; o melhoramento da qualidade do ensino; comprometimento de recursos financeiros suficientes,etc
Após a destinação dada aos “desta-ques”, o PNE seguirá para o Senado e daí para a Presidente da República sancionar. No entanto, todo esse esforço, discussões e longa espera poderão se converter em uma simples Carta de INTENÇÕES, como o foi a LDB recém-finda. É preciso a sanção da Lei sobre a RESPONSABILIDADE EDU-CACIONAL que se encontra tramitando em Comissão Especial na Câmara, da qual é Relator o deputado Raul Henry, PMDB/PE. Lei que criminalizará os omissos e “ esper-tos”. E que inclui a vigilância das Institui-ções durante a execução do processo educacional.
Esquecer nunca de que nenhum país se desenvolveu com educação subdesen-volvida. Por isto deveremos estar atentos e vigilantes, sabido que as forças do mal não dormem, sendo seu desejo que não passemos de uma manada de 190 milhões de búfalos. Então melhor ficar com os conselhos da Maçonaria: “tende firmeza, vingai direitos da natureza ...” Pois só assim será possível “VER CONTENTEs”, não somente os filhos, mas sobretudo “a mãe gentil”.
(Informabim 312 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Dos acontecimentos de ontem (13 de junho), ao menos dois deles espero terem ensejado grandes alegrias aos brasileiros. É que o dia marca o momento em que se rendem homenagens a Santo Antônio, seja com pedidos, seja com agradecimentos. Não sei nas outras regiões, mas no Nordeste, a data se comemora com rezas, fogueiras e simpatias, sem falar dos animadíssimos forrós que antecipam o “sãojoão”. Santo casamenteiro, na crendice popular, diz-se que não resiste a um pedido bem caprichado, e logo despacha um marido para a solicitante encalhada. (Mas desde que o pedido seja caprichado). Graças a sua bondosa atuação, o santinho já ganhou, em agradecimentos, patente de capitão e até cargo permanente de vereador. Ontem, tendo sido DIA DE SANTO ANTÔNIO, as festas rolaram, com efusiva alegria, em todos os cantos nordestinos ...
Outro motivo que merece alegria é a Comissão Especial da Câmara dos Deputados ter aprovado (no mesmo dia 13) o Plano Nacional de Educação, com alguns “destaques” que serão apreciados em reunião prevista para o dia 26 de junho. O Relator é o deputado Ângelo Vanhoni, integrante do PT/Paraná, que propôs elevação dos recursos financeiros para 8% do PIB e mais 50% dos lucros decorrentes de investimentos do Pré-Sal.
O PNE foi enviado à Câmara em 2010, para uma vigência de 10 anos a ter início, como se esperava, no começo de 2011. Ele estabelece 20 metas que se acomodam sob as 10 diretrizes seguintes: 1) Erradicação do analfabetismo; 2) Universalização do atendimento escolar; 3) Superação das desigualdades educacionais; 4) Melhoria da qualidade do ensino; 5) Formação para o trabalho; 6) Promoção da sustentabilidade sócio-ambiental; 7) Promoção humanística, científica e tecnológica do país; 8) Estabelecimento de meta de aplicação dos recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto (PIB); 9) Valorização dos profissionais da educação; e 10) Difusão dos princípios da equidade do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação”.
Líderes da maçonaria percebem que o PNE oferece grandes possibilidades de melhoria e progresso no setor da educação pública, como a erradicação do analfabetismo; o prestígio da carreira do magistério, com uma remuneração digna, devotando-lhe o respeito que merece (Só abrindo um parêntese: outro dia, vi na televisão que, no Japão, todos se curvam perante o Imperador. Apenas os professores ficam isentos dessa reverência); a formação para o trabalho, com o ensino profissionalizante em escolas de tempo integral, enfatizando a ciência, a tecnologia e a inovação; o melhoramento da qualidade do ensino; comprometimento de recursos financeiros suficientes,etc
Após a destinação dada aos “desta-ques”, o PNE seguirá para o Senado e daí para a Presidente da República sancionar. No entanto, todo esse esforço, discussões e longa espera poderão se converter em uma simples Carta de INTENÇÕES, como o foi a LDB recém-finda. É preciso a sanção da Lei sobre a RESPONSABILIDADE EDU-CACIONAL que se encontra tramitando em Comissão Especial na Câmara, da qual é Relator o deputado Raul Henry, PMDB/PE. Lei que criminalizará os omissos e “ esper-tos”. E que inclui a vigilância das Institui-ções durante a execução do processo educacional.
Esquecer nunca de que nenhum país se desenvolveu com educação subdesen-volvida. Por isto deveremos estar atentos e vigilantes, sabido que as forças do mal não dormem, sendo seu desejo que não passemos de uma manada de 190 milhões de búfalos. Então melhor ficar com os conselhos da Maçonaria: “tende firmeza, vingai direitos da natureza ...” Pois só assim será possível “VER CONTENTEs”, não somente os filhos, mas sobretudo “a mãe gentil”.
(Informabim 312 B)
quinta-feira, 21 de junho de 2012
INFORMABIM 311 A e B
O ESPÍRITO DO TEMPO E A MAÇONARIA
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A COMAB pretende, em breves dias, colocar, em funcionamento, uma escola de âmbito nacional para a formação e aperfeiçoamento de seus quadros, a que chamamos de iniciados. É um projeto educacional que teve sua gênese no seio dos “independentes” de Pernambuco, ao criarem a ESAEM – Escola Superior de Altos Estudos Maçônicos.
Não é que antes tivesse deixado de existir o cuidado com esse compromisso para com os que ingressam na Ordem. Isto sempre existiu e com resultados positivos e promissores. O que se pensa agora é que se atenda ao espírito do tempo, praticando-se, na transmissão do saber maçônico e de seus princípios, a didática disponível que os nossos dias ensejam. Isto é, a utilização dos benefícios alcançados pelo progresso. E nisto é bom não demorar. Devemos mesmo é ter pressa.
Toynbee, o Arnold, em seu livro “O Desafio de nosso tempo”¹, adverte sobre a diminuição da quantidade de anos entre as descobertas que vêm marcando a evolução da humanidade. Isto se constitui, em seu modo de ver, grande desafio para os lerdos e omissos, porque haverão de sofrer os prejuízos, privados que estarão dos benefícios, ensinamento este, aliás, também do domínio da maçonaria, para quem mais se beneficiarão dos recursos da natureza os que estiverem mais bem preparados.
Pena que, nessas circunstâncias negativas, sejam muitos os inclusos. É o que entende Toffler, o Alvin, em seu livro “Choque do Futuro”². Nessa obra, ele informa que somente cerca de 5% da humanidade de hoje estariam conscientes e senhores dessa velocidade da inovação tecnológica. Os demais, e são bilhões de seres humanos, alheios às novas fronteiras irão padecer da tormenta do alheamento por muitos e muitos anos, simplesmente porque não se pode dar um break na marcha do progresso até que eles percebam que o futuro já está em nossa sala.
Nada obstante este quadro, outro dia bateu-me à porta grande alegria. Era ver que o cuidado da maçonaria para com a modernização de sua didática saía dos “5%” e buscava o universo. É o que pude apreciar através da revista ACÁCIA, edição 90, que vem de Porto Alegre. Diz, em sua Mensagem de página 3, “O desempenho dos oficiais responsáveis pela operacionalidade de ensinamento nas sessões, por vezes, fica devendo melhores execuções ... devemos revisar, urgentemente, nossas adequações ... atualmente os recursos audiovisuais disponíveis, principalmente para as entidades iniciáticas, estão cada vez em maior quantidade de opções, o que nos permite a criação de efeitos especiais que nos encantam cada vez mais”³.
Se a Maçonaria é uma escola, como o é, torna-se oportuno refletir que suas “instruções” ora em voga, foram escritas a um tempo em que a didática magna privilegiava a palmatória. Não era sequer o tempo do “giz e da saliva”, agora demais ultrapassado. No mundo do primado industrial e do consumo em que vivemos, os produtos e utensílios lançados há três anos e até menos já não encontram no mercado peças de reposição. Uma denúncia insofismável de que o “mundo está em constante mudança e a maçonaria precisa estar atenta e presente nessas mudanças, sob pena de não mais ser necessária aos seres humanos”³ (Luiz Rebouças dos Santos, doutor em história, revista Acácia). Ninguém pode ficar alheio a isto, e não é somente o maçom, mas toda a humanidade, destaca-se o maçom por ser ele um construtor de amanhãs.
Irmãos, o futuro bate à porta de nossas Lojas e, com ele, o espírito do tempo! Como negar acesso?
¹Zahar Editores, Rio 1975
²Editora Artenova, SPaulo 1972
³Revista Acácia nº 90 revistacacia@terra.com.br
(Informabim 311 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A COMAB pretende, em breves dias, colocar, em funcionamento, uma escola de âmbito nacional para a formação e aperfeiçoamento de seus quadros, a que chamamos de iniciados. É um projeto educacional que teve sua gênese no seio dos “independentes” de Pernambuco, ao criarem a ESAEM – Escola Superior de Altos Estudos Maçônicos.
Não é que antes tivesse deixado de existir o cuidado com esse compromisso para com os que ingressam na Ordem. Isto sempre existiu e com resultados positivos e promissores. O que se pensa agora é que se atenda ao espírito do tempo, praticando-se, na transmissão do saber maçônico e de seus princípios, a didática disponível que os nossos dias ensejam. Isto é, a utilização dos benefícios alcançados pelo progresso. E nisto é bom não demorar. Devemos mesmo é ter pressa.
Toynbee, o Arnold, em seu livro “O Desafio de nosso tempo”¹, adverte sobre a diminuição da quantidade de anos entre as descobertas que vêm marcando a evolução da humanidade. Isto se constitui, em seu modo de ver, grande desafio para os lerdos e omissos, porque haverão de sofrer os prejuízos, privados que estarão dos benefícios, ensinamento este, aliás, também do domínio da maçonaria, para quem mais se beneficiarão dos recursos da natureza os que estiverem mais bem preparados.
Pena que, nessas circunstâncias negativas, sejam muitos os inclusos. É o que entende Toffler, o Alvin, em seu livro “Choque do Futuro”². Nessa obra, ele informa que somente cerca de 5% da humanidade de hoje estariam conscientes e senhores dessa velocidade da inovação tecnológica. Os demais, e são bilhões de seres humanos, alheios às novas fronteiras irão padecer da tormenta do alheamento por muitos e muitos anos, simplesmente porque não se pode dar um break na marcha do progresso até que eles percebam que o futuro já está em nossa sala.
Nada obstante este quadro, outro dia bateu-me à porta grande alegria. Era ver que o cuidado da maçonaria para com a modernização de sua didática saía dos “5%” e buscava o universo. É o que pude apreciar através da revista ACÁCIA, edição 90, que vem de Porto Alegre. Diz, em sua Mensagem de página 3, “O desempenho dos oficiais responsáveis pela operacionalidade de ensinamento nas sessões, por vezes, fica devendo melhores execuções ... devemos revisar, urgentemente, nossas adequações ... atualmente os recursos audiovisuais disponíveis, principalmente para as entidades iniciáticas, estão cada vez em maior quantidade de opções, o que nos permite a criação de efeitos especiais que nos encantam cada vez mais”³.
Se a Maçonaria é uma escola, como o é, torna-se oportuno refletir que suas “instruções” ora em voga, foram escritas a um tempo em que a didática magna privilegiava a palmatória. Não era sequer o tempo do “giz e da saliva”, agora demais ultrapassado. No mundo do primado industrial e do consumo em que vivemos, os produtos e utensílios lançados há três anos e até menos já não encontram no mercado peças de reposição. Uma denúncia insofismável de que o “mundo está em constante mudança e a maçonaria precisa estar atenta e presente nessas mudanças, sob pena de não mais ser necessária aos seres humanos”³ (Luiz Rebouças dos Santos, doutor em história, revista Acácia). Ninguém pode ficar alheio a isto, e não é somente o maçom, mas toda a humanidade, destaca-se o maçom por ser ele um construtor de amanhãs.
Irmãos, o futuro bate à porta de nossas Lojas e, com ele, o espírito do tempo! Como negar acesso?
¹Zahar Editores, Rio 1975
²Editora Artenova, SPaulo 1972
³Revista Acácia nº 90 revistacacia@terra.com.br
(Informabim 311 B)
INFORMABIM 310 A e B
COMO NA CANTIGA DA PERUA
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Na consciência de cada um de nós está acesa a lamparina da responsabilidade para com os filhos, netos, todos os descendentes enfim. Nosso labor deverá ter essa direção, a construção de um futuro para nossos pósteros melhor que o que nos foi legado. A idéia do “pensamento pensante” reportada na filosofia hegeliana. Receber o conhecimento transmitido pela geração passada, apreendê-lo, mas submetê-lo à crítica, dar-lhe um novo modelo, adequado ao porvir. Talvez seja ele apenas uma inspiração ao que se não deva legar. Pelo que se percebe, as gerações do amanhã se recusarão a ser os recipiendários da “simples transmissão da herança dos antepassados”. Eles decerto aguardarão o “novo” gestado agora, resultando da “ruptura com o velho”. É bom manter a lamparina bem acesa, porque nossa geração será julgada no tribunal do amanhã segundo nossa ação ou omissão.
Um mundo melhor é a aspiração de todos. Tal desejo sempre foi o sonho da humanidade. Das gerações que já passaram, como o é de nossa geração, porque há o entendimento de que o ser humano é nascido para as coisas excelentes,“para as coisas melhores”. Se era bom para o passado e para o presente, como não ser para o futuro? O progresso será o caminho. Mas não se conhece progresso advindo da partenogênese. Nem também do ócio. É preciso muita transpiração no seu fazimento. Esse “maná” não mais virá do céu para ser colhido ao amanhecer. Esse presentão não se repetirá. Foi uma exceção. A regra será a adâmica, ele provirá do “suor do rosto”, da dedicação, do esforço, do atendimento às exigências desse novo tempo.
Então o progresso é sinônimo perfeito de educação. É uma opção. Trocar o nada pelo tudo. A ignorância pelo saber. O vício pela virtude. A mendicância pelo bem estar. Mas nenhum povo evoluiu, senão de mãos dadas com a educação. A nação que a priorizou, está aí com a sua gente dispondo de meios aprazíveis para a sobrevivência e o bem estar. Neste sentido quero lembrar a Finlândia, Singapura, a Coréia do Sul que não levaram mais de uma década para se tornarem grandes potências, face aos vultosos investimentos que fizeram no setor educacional. Nenhum país se tornou desenvolvido com educação subdesenvolvida.
Sabidos esses pressupostos, co-mo se sentirá o povo brasileiro com re-lação a seu futuro, do qual mais se afas-ta, empurrado por uma educação que desanda ? Em educação, o Brasil “anda pra trás”, é o que divulga, em comuni-cado recente, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais. Fico muito triste em repassar isto, mas cumpro o meu dever de acordar os que dormem num instante como este.
“Os números do ensino médio não surpreendem. [ ...] as taxas de reprovação mostram que o Brasil anda para trás. Em 2011, bateu o recorde dos últimos 13 anos [ ... ] O cúmulo do atraso escolar coube à rede municipal do [...], onde 62,5% dos alunos matriculados não obtiveram nota mínima para passar de ano. No século 21,o Brasil não acompanhou os avanços exigidos pela sociedade da informação no mundo globalizado. Janelas de oportunidade se abrem, mas os brasileiros ficam à margem por falta de qualificação.”
A educação é um direito de to-dos, proporcioná-la é um dever da Família e do Estado, assim estabelece a CF em seu artigo 205. Mas nós estamos com o Plano Nacional de Educação, na Câmara dos Deputados desde novembro de 2010, quando a sua vigência prevista era 2011 a 2020. Já estamos na metade de 2012 e o plano decenal da educação adormecido nas gavetas do Parlamento. Pra lamento !. E a educação pública, sendo a representação sonora “de pior a pior” como na cantiga da perua.
(Informabim 310 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Na consciência de cada um de nós está acesa a lamparina da responsabilidade para com os filhos, netos, todos os descendentes enfim. Nosso labor deverá ter essa direção, a construção de um futuro para nossos pósteros melhor que o que nos foi legado. A idéia do “pensamento pensante” reportada na filosofia hegeliana. Receber o conhecimento transmitido pela geração passada, apreendê-lo, mas submetê-lo à crítica, dar-lhe um novo modelo, adequado ao porvir. Talvez seja ele apenas uma inspiração ao que se não deva legar. Pelo que se percebe, as gerações do amanhã se recusarão a ser os recipiendários da “simples transmissão da herança dos antepassados”. Eles decerto aguardarão o “novo” gestado agora, resultando da “ruptura com o velho”. É bom manter a lamparina bem acesa, porque nossa geração será julgada no tribunal do amanhã segundo nossa ação ou omissão.
Um mundo melhor é a aspiração de todos. Tal desejo sempre foi o sonho da humanidade. Das gerações que já passaram, como o é de nossa geração, porque há o entendimento de que o ser humano é nascido para as coisas excelentes,“para as coisas melhores”. Se era bom para o passado e para o presente, como não ser para o futuro? O progresso será o caminho. Mas não se conhece progresso advindo da partenogênese. Nem também do ócio. É preciso muita transpiração no seu fazimento. Esse “maná” não mais virá do céu para ser colhido ao amanhecer. Esse presentão não se repetirá. Foi uma exceção. A regra será a adâmica, ele provirá do “suor do rosto”, da dedicação, do esforço, do atendimento às exigências desse novo tempo.
Então o progresso é sinônimo perfeito de educação. É uma opção. Trocar o nada pelo tudo. A ignorância pelo saber. O vício pela virtude. A mendicância pelo bem estar. Mas nenhum povo evoluiu, senão de mãos dadas com a educação. A nação que a priorizou, está aí com a sua gente dispondo de meios aprazíveis para a sobrevivência e o bem estar. Neste sentido quero lembrar a Finlândia, Singapura, a Coréia do Sul que não levaram mais de uma década para se tornarem grandes potências, face aos vultosos investimentos que fizeram no setor educacional. Nenhum país se tornou desenvolvido com educação subdesenvolvida.
Sabidos esses pressupostos, co-mo se sentirá o povo brasileiro com re-lação a seu futuro, do qual mais se afas-ta, empurrado por uma educação que desanda ? Em educação, o Brasil “anda pra trás”, é o que divulga, em comuni-cado recente, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais. Fico muito triste em repassar isto, mas cumpro o meu dever de acordar os que dormem num instante como este.
“Os números do ensino médio não surpreendem. [ ...] as taxas de reprovação mostram que o Brasil anda para trás. Em 2011, bateu o recorde dos últimos 13 anos [ ... ] O cúmulo do atraso escolar coube à rede municipal do [...], onde 62,5% dos alunos matriculados não obtiveram nota mínima para passar de ano. No século 21,o Brasil não acompanhou os avanços exigidos pela sociedade da informação no mundo globalizado. Janelas de oportunidade se abrem, mas os brasileiros ficam à margem por falta de qualificação.”
A educação é um direito de to-dos, proporcioná-la é um dever da Família e do Estado, assim estabelece a CF em seu artigo 205. Mas nós estamos com o Plano Nacional de Educação, na Câmara dos Deputados desde novembro de 2010, quando a sua vigência prevista era 2011 a 2020. Já estamos na metade de 2012 e o plano decenal da educação adormecido nas gavetas do Parlamento. Pra lamento !. E a educação pública, sendo a representação sonora “de pior a pior” como na cantiga da perua.
(Informabim 310 B)
INFORMABIM 309 A e B
NAS LETRAS DO ALFABETO
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Notícias vindas de todos os cantos de nosso País dão conta de que a sociedade enfim despertou para a necessidade de levantar a voz em favor da melhoria da qualidade de nossa educação pública. Este despertar, decerto benfazejo, ocorre tarde, diante das circunstâncias de fragilidade em que se encontra a educação pública e das conseqüências perversas se medidas corretivas não vieram a ser adotadas em caráter iminente.
A educação no Brasil “visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Art.205 da CF). Para isto não se estabelecem distinções nem cotas. A educação é um bem destinado a todos, aos ricos e aos pobres, aos que podem comprar e aos que não podem. Por isto o acesso à mesma se constitui dever não só da família, mas sobretudo do Estado (Art 205 da CF). A crítica se direciona à precariedade da educação pública, proporcionada pelo governo aos que não podem pagar, revelando-se na aquisição de um saber de qualidade inferior às exigências do ingresso no mundo das ocupações profissionais, como também no crescimento da exclusão social e das impossibilidades do exercício da cidadania.
O Presidente da República em mensagem à Câmara dos Deputados, datada de novembro de 2010, remeteu àquela Casa do Congresso o PNE – Plano Nacional de Educação, com vigência .prevista para 2011-2020. São as metas e os meios com que o governo pretende cumprir a sua parte nesse período decenal. Estamos em mais de um ano depois, sem que o PNE se torne lei, ficando o País sem as diretrizes de que tanto carece, o que nos parece gesto criminoso, não só por inibir o progresso do País, mas também por causar a frustração de sonhos e esperanças de dezenas e dezenas de milhões de jovens brasileiros, que uma vez educados iriam contribuir de maneira efetiva para o nosso desenvolvimento.
Felizmente que o grito se levanta! A denúncia do descaso da Câmara a um assunto de tão grave importância se alastra. As instituições clamam, reúnem seus integrantes e denunciam. A educação pública que já era de qualidade inferior perante as avaliações internacionais, há um ano e meio encontra-se sem diretriz, porque a Comissão de Educação e Cultura não lhe dá o apreço que merece. Por que?
Recentemente, os maçons realiza-ram em São Luís, Maranhão, o seu XVII Encontro Nacional da Cultura Maçônica. A educação pública no Brasil foi o tema, fatiado em dissertações de clamor, frente ao desapreço e ao descaso como vem ela sendo tratada na atualidade. Ao encerra-mento do Encontro os pesquisadores, escri-tores, imortais acadêmicos e jornalistas vinculados a associações maçônicas emitiram uma CARTA ao povo brasileiro, dando sua posição com referência à urgência na erradicação do analfabetismo; ao ensino técnico profissionalizante em escolas de tempo integral; à melhoria da qualidade do ensino; à urgente sanção da Lei do PNE; e da Lei que trata da responsabilidade educacional, sem o que o PNE será apenas uma carta de intenções.
Aqueles que ainda não despertaram para a indispensabilidade da educação (não quero pensar em má-fé), eu os remeto ao conselho orteguiano de que “se não salvo a minha circunstância não salvarei a mim mesmo”. Já se foi o tempo da limitação paroquial. A velocidade da inovação tecnológica derrubou essa fronteira e fez do mundo “uma aldeia global” É preciso, portanto, que haja uma consciência no Parlamento brasileiro de que sem a educação não haverá progresso em nosso País, nem inclusão social, nem bem estar. Pois como poetava Basílio de Magalhães “há mais luz nas letras do alfabeto que nas constelações do firmamento”
(Informabim 309 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Notícias vindas de todos os cantos de nosso País dão conta de que a sociedade enfim despertou para a necessidade de levantar a voz em favor da melhoria da qualidade de nossa educação pública. Este despertar, decerto benfazejo, ocorre tarde, diante das circunstâncias de fragilidade em que se encontra a educação pública e das conseqüências perversas se medidas corretivas não vieram a ser adotadas em caráter iminente.
A educação no Brasil “visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Art.205 da CF). Para isto não se estabelecem distinções nem cotas. A educação é um bem destinado a todos, aos ricos e aos pobres, aos que podem comprar e aos que não podem. Por isto o acesso à mesma se constitui dever não só da família, mas sobretudo do Estado (Art 205 da CF). A crítica se direciona à precariedade da educação pública, proporcionada pelo governo aos que não podem pagar, revelando-se na aquisição de um saber de qualidade inferior às exigências do ingresso no mundo das ocupações profissionais, como também no crescimento da exclusão social e das impossibilidades do exercício da cidadania.
O Presidente da República em mensagem à Câmara dos Deputados, datada de novembro de 2010, remeteu àquela Casa do Congresso o PNE – Plano Nacional de Educação, com vigência .prevista para 2011-2020. São as metas e os meios com que o governo pretende cumprir a sua parte nesse período decenal. Estamos em mais de um ano depois, sem que o PNE se torne lei, ficando o País sem as diretrizes de que tanto carece, o que nos parece gesto criminoso, não só por inibir o progresso do País, mas também por causar a frustração de sonhos e esperanças de dezenas e dezenas de milhões de jovens brasileiros, que uma vez educados iriam contribuir de maneira efetiva para o nosso desenvolvimento.
Felizmente que o grito se levanta! A denúncia do descaso da Câmara a um assunto de tão grave importância se alastra. As instituições clamam, reúnem seus integrantes e denunciam. A educação pública que já era de qualidade inferior perante as avaliações internacionais, há um ano e meio encontra-se sem diretriz, porque a Comissão de Educação e Cultura não lhe dá o apreço que merece. Por que?
Recentemente, os maçons realiza-ram em São Luís, Maranhão, o seu XVII Encontro Nacional da Cultura Maçônica. A educação pública no Brasil foi o tema, fatiado em dissertações de clamor, frente ao desapreço e ao descaso como vem ela sendo tratada na atualidade. Ao encerra-mento do Encontro os pesquisadores, escri-tores, imortais acadêmicos e jornalistas vinculados a associações maçônicas emitiram uma CARTA ao povo brasileiro, dando sua posição com referência à urgência na erradicação do analfabetismo; ao ensino técnico profissionalizante em escolas de tempo integral; à melhoria da qualidade do ensino; à urgente sanção da Lei do PNE; e da Lei que trata da responsabilidade educacional, sem o que o PNE será apenas uma carta de intenções.
Aqueles que ainda não despertaram para a indispensabilidade da educação (não quero pensar em má-fé), eu os remeto ao conselho orteguiano de que “se não salvo a minha circunstância não salvarei a mim mesmo”. Já se foi o tempo da limitação paroquial. A velocidade da inovação tecnológica derrubou essa fronteira e fez do mundo “uma aldeia global” É preciso, portanto, que haja uma consciência no Parlamento brasileiro de que sem a educação não haverá progresso em nosso País, nem inclusão social, nem bem estar. Pois como poetava Basílio de Magalhães “há mais luz nas letras do alfabeto que nas constelações do firmamento”
(Informabim 309 B)
INFORMABIM 308 A e B
CARTA DE SÃO LUÍS
A Maçonaria em Defesa da Educação Nacional
A Cultura Maçônica, reunida em São Luís, Estado do Maranhão, em seu XVII Encontro Nacional, realizado nos dias 13 e 14 de abril de 2012 sob os auspícios do Grande Oriente Autônomo do Maranhão – GOAM, através das suas associações formadoras de opinião, INBRAPEM, ABIM, AABML e UBRAEM, à luz dos debates levados a efeito no citado conclave, vem a público manifestar sua preocupação com os graves problemas que afetam a qualidade do ensino público no Brasil, e para convocar o Povo Brasileiro para decidir sobre:
I. Erradicação do analfabetismo da terra brasileira;
II. Melhoria da educação básica;
III. Construção de uma nova vertente para a universidade e o ensino técnico
profissionalizante para o Brasil;
IV. Aprovação do Plano Nacional de Educação 2011/2020; e
V. Aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional.
Dados estatísticos recentes indicam que existem no Brasil, cerca de 27 milhões de analfabetos, sendo crível se afirmar ser possível erradicar o analfabetismo em dez anos mediante a implantação de um novo Plano Nacional de Educação, com um maior aporte financeiro em favor da educação, do aprimoramento e ampliação do número de docentes, e da construção de mais escolas, especialmente as voltadas para o ensino técnico profissionalizante em regime de tempo integral.
A Maçonaria, preocupada com este estado de coisas, tem se reunido e apresentado aos poderes constituídos da Nação sugestões e ações visando à superação das dificuldades que têm impedido a erradicação do analfabetismo e uma melhor qualidade do ensino público, por entender que o desenvolvimento do País passa obrigatoriamente por um ensino voltado para a formação do jovem, seja no ensino fundamental, seja no conhecimento de novas tecnologias, seja, por fim, no embasamento técnico e científico que lhe permitirá ingressar no mercado do trabalho e alcançar a cidadania que a Constituição Federal, em seu artigo 1º, inciso I, assegura a todos os brasileiros, em consonância com o art. 205 que estabelece ser a educação “direito de todos e deve do Estado e da família”., para isto contando com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Entendem os Maçons que somente com a aprovação do Plano Nacional de Educação para o decênio 2011/2020, que se encontra em tramitação no Congresso Nacional, e aprovação do Projeto de Lei que altera dispositivo da Lei nº 7.347/85, disciplinando a ação civil pública de responsabilidade educacional, bem assim com o aporte financeiro para o seu financiamento, é que será possível ter o País uma educação de qualidade.
Assim, vem a Maçonaria, por intermédio das Associações abaixo signatárias, exortar a população e o Poder Público Brasileiro com vistas à aprovação das propostas em tramitação no Congresso Nacional, por entender ser esta a única forma de se alcançar a plena erradicação do analfabetismo no País e de propiciar educação de qualidade em todos os níveis de ensino a todos os brasileiros.
São Luis (MA), em 14 de abril de 2012.
OSVALDO PEREIRA ROCHA
Coordenador do XVII ENCM
ANTONIO DO CARMO FERREIRA EDENIR GUALTIERI
Presidente da ABIM Presidente do INBRAPEM
LUIZ GONZAGA DA ROCHA ÉLIO FIGUEIREDO
Presidente da AABML Presidente da UBRAEM
A Maçonaria em Defesa da Educação Nacional
A Cultura Maçônica, reunida em São Luís, Estado do Maranhão, em seu XVII Encontro Nacional, realizado nos dias 13 e 14 de abril de 2012 sob os auspícios do Grande Oriente Autônomo do Maranhão – GOAM, através das suas associações formadoras de opinião, INBRAPEM, ABIM, AABML e UBRAEM, à luz dos debates levados a efeito no citado conclave, vem a público manifestar sua preocupação com os graves problemas que afetam a qualidade do ensino público no Brasil, e para convocar o Povo Brasileiro para decidir sobre:
I. Erradicação do analfabetismo da terra brasileira;
II. Melhoria da educação básica;
III. Construção de uma nova vertente para a universidade e o ensino técnico
profissionalizante para o Brasil;
IV. Aprovação do Plano Nacional de Educação 2011/2020; e
V. Aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional.
Dados estatísticos recentes indicam que existem no Brasil, cerca de 27 milhões de analfabetos, sendo crível se afirmar ser possível erradicar o analfabetismo em dez anos mediante a implantação de um novo Plano Nacional de Educação, com um maior aporte financeiro em favor da educação, do aprimoramento e ampliação do número de docentes, e da construção de mais escolas, especialmente as voltadas para o ensino técnico profissionalizante em regime de tempo integral.
A Maçonaria, preocupada com este estado de coisas, tem se reunido e apresentado aos poderes constituídos da Nação sugestões e ações visando à superação das dificuldades que têm impedido a erradicação do analfabetismo e uma melhor qualidade do ensino público, por entender que o desenvolvimento do País passa obrigatoriamente por um ensino voltado para a formação do jovem, seja no ensino fundamental, seja no conhecimento de novas tecnologias, seja, por fim, no embasamento técnico e científico que lhe permitirá ingressar no mercado do trabalho e alcançar a cidadania que a Constituição Federal, em seu artigo 1º, inciso I, assegura a todos os brasileiros, em consonância com o art. 205 que estabelece ser a educação “direito de todos e deve do Estado e da família”., para isto contando com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Entendem os Maçons que somente com a aprovação do Plano Nacional de Educação para o decênio 2011/2020, que se encontra em tramitação no Congresso Nacional, e aprovação do Projeto de Lei que altera dispositivo da Lei nº 7.347/85, disciplinando a ação civil pública de responsabilidade educacional, bem assim com o aporte financeiro para o seu financiamento, é que será possível ter o País uma educação de qualidade.
Assim, vem a Maçonaria, por intermédio das Associações abaixo signatárias, exortar a população e o Poder Público Brasileiro com vistas à aprovação das propostas em tramitação no Congresso Nacional, por entender ser esta a única forma de se alcançar a plena erradicação do analfabetismo no País e de propiciar educação de qualidade em todos os níveis de ensino a todos os brasileiros.
São Luis (MA), em 14 de abril de 2012.
OSVALDO PEREIRA ROCHA
Coordenador do XVII ENCM
ANTONIO DO CARMO FERREIRA EDENIR GUALTIERI
Presidente da ABIM Presidente do INBRAPEM
LUIZ GONZAGA DA ROCHA ÉLIO FIGUEIREDO
Presidente da AABML Presidente da UBRAEM
sexta-feira, 6 de abril de 2012
INFORMABIM 307 A e B
Mensagem do Grão-Mestre Antônio do Carmo Ferreira lida após a assinatura do Tratado de Amizade e de Mútuo Reconhecimento do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco no Brasil com o GOIPE, em 17/03/ 2012.
Respeitáveis Irmãos!
Permitam-me enviar cumprimentos ao Ir João Guilherme Ribeiro, em face de seu aniversário natalício que hoje, transcorre.E à Loja Maçônica “Barão do Rio Branco nº 03”, cujo aniversário de fundação amanhã se comemora.
A maior parte de minha atividade maçônica tem sido desenvolvida no sentido de aproximar os homens. De torná-los “próximos”, irmãos, fraternos. Mas não se credite a origem deste ofício à Arte Real. Dispus-me a isto desde os tempos de minha formação sacerdotal. Nas incursões pelas Sagradas Escrituras, onde ensina o profeta Isaías que “só aos ímpios é impossível a convivência pacífica”, como exaltava David em Salmos que o “bom e o agradável só acontecem com os irmãos vivendo em estado de união”, do mesmo modo como João evangelizava ensinamentos do Cristo Jesus para que “todos fossem somente um”.
Naqueles tempos de Seminário, exaltava-se o século XVI, como tendo sido uma centúria muito importante para a humanidade. Fora o tempo dos descobrimentos marítimos sobretudo portugueses. O século da Náutica. Tempo em que o Mar teria ficado mais salgado, em virtude do sal de tantas lágrimas das viúvas e órfãos dos marines portucalenses, náufragos naquelas andanças, conforme as invenções do poeta.
Mas a sua importância e transcendência, todos sabíamos, não residiam no alargamento dos domínios lusos até a Índia, incluindo de passagem, a África e a Terra de Santa Cruz. Pois que antes do império, estava a Fé.
O que importava, primeiro, era salvar o gentio. E Camões o disse sem meias palavras, em Os Lusíadas, no 3º verso da 2ª estrofe do Canto Primeiro: “E também as memórias gloriosas “Daqueles reis que foram dilatando “A Fé, o Império, e as terras viciosas”
Como se constata: A “fé” antes do “império”. O espiritual prevalecente ao material. O cuidado com o homem todo, não só antropocêntrico, mas, diferentemente, no que também é eterno, e por isto está comprometido com a Criação, a obra do Grande Arquiteto do Universo.
Para apreensão nossa, o cenário agora mudou. Desde o Século passado, outro motivo passou a ser o destaque na história da humanidade. Olvida-se o homem. Cuida-se da imersão no mistério sideral.
Tempos da exaltação da Astronáutica, em que o homem sonda o mistério do firmamento. E o mistério, esse mistério, segundo Pascal, traz uma “angústia muito grande” e mete medo. Porque muitas e diversas têm sido as conseqüências. Uma delas: tenta-se a aproximação das estrelas, enquanto se larga e se esquece da obra principal – o homem, que deve ser o “próximo”, que deve ser amado, na forma dos dois mandamentos: “amor a Deus e ao próximo”.
Mas o homem, nada obstante esta destinação divina, está cada vez mais solitário. Não a solidão mística que vivica, da qual esparge a luz que lembra, considera, anima e une, mas a solidão que esquece, robotiza, insignifica e torna a pessoa um “feixe de funções”, como sugere o humanista francês Gabriel Marcel.
Por isto é preciso, já e já, que se restabeleça o homem integral, fraterno, solidário, incluso. E neste sentido, ganharia mérito encetar-se um movimento como aquele que os maçons chamam de VITRIOL...
Pois o homem voltou ao paganismo, ao ser encantado pelo novo deus do Olimpo – o Tecnicismo. Potestade que, na origem, é um aceno a formas de viver mais dignas e humanas, mas que, na realidade, tem sido um pesadelo para a humanidade, porque o homem que o inventou, agora está se mostrando incapaz de domá-lo. Parece até a fábula de Midas, que desejava o poder de transformar em ouro tudo em que tocasse. E obteve tal poder. Resultado: a morte pela fome.
É preciso desmascarar isto; que nos unamos mais, muito mais. A dispersão, ilustres Irmãos, conduz ao nada. Inexoravelmente, conduz ao caos. Leva ao fim, sem dúvida. E é isto que as forças do obscurantismo, sempre indormidas, reservam para nós.
Seguem, estejamos certos, os conselhos de Maquiavel ao Príncipe. Para quem governar bem os agregados, consiste em dividi-los, porque divididos, por mais fortes que tenham sido, se tornam fracos. Daí recomenda-se como antídoto: sejamos tais como uma “cadeia de união” em que cada um é um elo entrelaçado, fortemente unido, que não desgarra por maior que seja o impacto.Pois como indagava Luther King: “se já aprendemos a nadar como os peixes; se já aprendemos a voar como as aves; por que não aprendemos a conviver como fraternos, como solidários, como IRMÃOS?”
Que nos tornemos bem “próximos”, para que possamos colaborar mais eficazmente com a felicidade do homem. Não esquecendo jamais de que “a união é como o orvalho do Hermon”, capaz até de fecundar o deserto sáfaro.
Que o Tratado de Amizade e de Mútuo Reconhecimento aqui celebrado, seja instrumento principal na consecução dos objetivos que ora abordamos. São os meus votos e do Grande Oriente Independente de Pernambuco.
Assim seja.
(Informabim 307 B)
Respeitáveis Irmãos!
Permitam-me enviar cumprimentos ao Ir João Guilherme Ribeiro, em face de seu aniversário natalício que hoje, transcorre.E à Loja Maçônica “Barão do Rio Branco nº 03”, cujo aniversário de fundação amanhã se comemora.
A maior parte de minha atividade maçônica tem sido desenvolvida no sentido de aproximar os homens. De torná-los “próximos”, irmãos, fraternos. Mas não se credite a origem deste ofício à Arte Real. Dispus-me a isto desde os tempos de minha formação sacerdotal. Nas incursões pelas Sagradas Escrituras, onde ensina o profeta Isaías que “só aos ímpios é impossível a convivência pacífica”, como exaltava David em Salmos que o “bom e o agradável só acontecem com os irmãos vivendo em estado de união”, do mesmo modo como João evangelizava ensinamentos do Cristo Jesus para que “todos fossem somente um”.
Naqueles tempos de Seminário, exaltava-se o século XVI, como tendo sido uma centúria muito importante para a humanidade. Fora o tempo dos descobrimentos marítimos sobretudo portugueses. O século da Náutica. Tempo em que o Mar teria ficado mais salgado, em virtude do sal de tantas lágrimas das viúvas e órfãos dos marines portucalenses, náufragos naquelas andanças, conforme as invenções do poeta.
Mas a sua importância e transcendência, todos sabíamos, não residiam no alargamento dos domínios lusos até a Índia, incluindo de passagem, a África e a Terra de Santa Cruz. Pois que antes do império, estava a Fé.
O que importava, primeiro, era salvar o gentio. E Camões o disse sem meias palavras, em Os Lusíadas, no 3º verso da 2ª estrofe do Canto Primeiro: “E também as memórias gloriosas “Daqueles reis que foram dilatando “A Fé, o Império, e as terras viciosas”
Como se constata: A “fé” antes do “império”. O espiritual prevalecente ao material. O cuidado com o homem todo, não só antropocêntrico, mas, diferentemente, no que também é eterno, e por isto está comprometido com a Criação, a obra do Grande Arquiteto do Universo.
Para apreensão nossa, o cenário agora mudou. Desde o Século passado, outro motivo passou a ser o destaque na história da humanidade. Olvida-se o homem. Cuida-se da imersão no mistério sideral.
Tempos da exaltação da Astronáutica, em que o homem sonda o mistério do firmamento. E o mistério, esse mistério, segundo Pascal, traz uma “angústia muito grande” e mete medo. Porque muitas e diversas têm sido as conseqüências. Uma delas: tenta-se a aproximação das estrelas, enquanto se larga e se esquece da obra principal – o homem, que deve ser o “próximo”, que deve ser amado, na forma dos dois mandamentos: “amor a Deus e ao próximo”.
Mas o homem, nada obstante esta destinação divina, está cada vez mais solitário. Não a solidão mística que vivica, da qual esparge a luz que lembra, considera, anima e une, mas a solidão que esquece, robotiza, insignifica e torna a pessoa um “feixe de funções”, como sugere o humanista francês Gabriel Marcel.
Por isto é preciso, já e já, que se restabeleça o homem integral, fraterno, solidário, incluso. E neste sentido, ganharia mérito encetar-se um movimento como aquele que os maçons chamam de VITRIOL...
Pois o homem voltou ao paganismo, ao ser encantado pelo novo deus do Olimpo – o Tecnicismo. Potestade que, na origem, é um aceno a formas de viver mais dignas e humanas, mas que, na realidade, tem sido um pesadelo para a humanidade, porque o homem que o inventou, agora está se mostrando incapaz de domá-lo. Parece até a fábula de Midas, que desejava o poder de transformar em ouro tudo em que tocasse. E obteve tal poder. Resultado: a morte pela fome.
É preciso desmascarar isto; que nos unamos mais, muito mais. A dispersão, ilustres Irmãos, conduz ao nada. Inexoravelmente, conduz ao caos. Leva ao fim, sem dúvida. E é isto que as forças do obscurantismo, sempre indormidas, reservam para nós.
Seguem, estejamos certos, os conselhos de Maquiavel ao Príncipe. Para quem governar bem os agregados, consiste em dividi-los, porque divididos, por mais fortes que tenham sido, se tornam fracos. Daí recomenda-se como antídoto: sejamos tais como uma “cadeia de união” em que cada um é um elo entrelaçado, fortemente unido, que não desgarra por maior que seja o impacto.Pois como indagava Luther King: “se já aprendemos a nadar como os peixes; se já aprendemos a voar como as aves; por que não aprendemos a conviver como fraternos, como solidários, como IRMÃOS?”
Que nos tornemos bem “próximos”, para que possamos colaborar mais eficazmente com a felicidade do homem. Não esquecendo jamais de que “a união é como o orvalho do Hermon”, capaz até de fecundar o deserto sáfaro.
Que o Tratado de Amizade e de Mútuo Reconhecimento aqui celebrado, seja instrumento principal na consecução dos objetivos que ora abordamos. São os meus votos e do Grande Oriente Independente de Pernambuco.
Assim seja.
(Informabim 307 B)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
INFORMABIM 306 A e B
A DESTINAÇÃO É CONSTRUIR
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Respeitável segmento da História passa a crença de que o medievo inglês ganhou a menção honrosa de ver nascer e crescer em seu seio a maçonaria. Então Corporação de Ofício, cujos integrantes se dedicaram às construções de pedra, principal matéria prima utilizada para erigir, naqueles tempos, palácios, mosteiros e, sobretudo, as grandes catedrais góticas. Pedreiros que empolgaram e atraíram gerações com o seu trabalho e, mercê disto, robusteceram, perante a humanidade, o nome de sua Corporação que ficou, na história, conhecida como a Maçonaria Operativa.
Missão cumprida, o Velho Mundo, já no século XVIII, rendeu-lhe grande e indestrutível homenagem, indo buscar, na simbologia de seus feitos, a geração de uma outra maçonaria – a Especulativa. O objetivo era o mesmo: construir. Não mais a construção de obras de pedra, destinadas ao usufruto de alguns. Mas a edificação de uma sociedade que baseada no amor, ensejasse a felicidade para todos.
Neste mundão de hoje, ganancioso e desumano, o Brasil, por exemplo, que propala ser a 6ª economia do planeta com cerca de R$4,14 trilhões e se nega de pagar R$1.451,00 de piso salarial ao mestre que educa a juventude, levanta-se o maçom para a reconstrução da humanidade, em “que todos sejam um” (divisa da maçonaria da COMAB) no amor a Deus e, por extensão, não só amando o próximo, mas também dignificando a família e honrando a pátria. Cooperador da obra divina, e, nisto, seu continuador, pois a vida nos é dada para ser feita e, como é uma “peregrinação de retorno à Casa do Pai” (Santo Agostinho), deverá ser talhada segundo às exigências de sua destinação.
O maçom é um “construtor de templos à virtude”. Assim rezam as normas da Fraternidade. A Loja é a escola de sua formação. Para esse mister. a ela os maçons comparecem com assiduidade, para com os seus irmãos instruírem-se reciprocamente nas práticas da virtude. O
maçom, ele mesmo esculpindo-se, adaptando-se, nessa formação, ao espaço que lhe for reservado no levantamento do edifício social, “submetendo suas vontades, vencendo suas paixões”. Mas estar sempre advertido de que “na construção do templo”, de permeio, no material, encontram-se vários obstáculos, entre eles a ignorância, que em nosso País “nega ensino médio a dois terços de sua população e condena a outra parcela a uma educação sem condições de competição no mundo moderno”.
Por isto a maçonaria leva na mais alta advertência o combate a ela. É do seu ideário o combate a essa triste condição da humanidade, alertando que a “ignorância é a mãe de todos os vícios.” Então “cavar-lhe masmorra” é missão fundamental. O maçom é um missionário que se forma construtor, não para ostentar o diploma colocado na parede de seu gabinete de trabalho, mas para ir construir. Daí o entendimento de que a Loja maçônica não é o limite. E sim a vertente. É como se desse interpretação e praticidade à parábola do “semeador” que recebeu as sementes, mas não as guardou em seu embornal. “Exiit seminare” (Mateus XIII, 4) – Saiu a semear ...
Nossa sociedade profana está carente de um maior impulso em sua marcha para o progresso. Muitas nações já desfrutam de uma excelente qualidade de vida. Mas nós não estamos dentre elas. É urgente, portanto, correr em sua busca. E por que ainda não estamos lá? O diagnóstico desse atraso aponta para um acentuado estágio de ignorância em que nos encontramos. Somos República há 123 anos, mas vejamos que triste marca detemos!: “mais de 12 milhões de adultos não reconhecem a própria bandeira, porque não sabem ler o texto escrito nela”. Os maçons devem estar atentos a esse diagnóstico. Não só atentos, mas também convocados para o fomento das atividades de superação desse emperramento, porque nossa destinação (não esquecer nunca) foi, é e será sempre: construir.
(Informabim 306 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Respeitável segmento da História passa a crença de que o medievo inglês ganhou a menção honrosa de ver nascer e crescer em seu seio a maçonaria. Então Corporação de Ofício, cujos integrantes se dedicaram às construções de pedra, principal matéria prima utilizada para erigir, naqueles tempos, palácios, mosteiros e, sobretudo, as grandes catedrais góticas. Pedreiros que empolgaram e atraíram gerações com o seu trabalho e, mercê disto, robusteceram, perante a humanidade, o nome de sua Corporação que ficou, na história, conhecida como a Maçonaria Operativa.
Missão cumprida, o Velho Mundo, já no século XVIII, rendeu-lhe grande e indestrutível homenagem, indo buscar, na simbologia de seus feitos, a geração de uma outra maçonaria – a Especulativa. O objetivo era o mesmo: construir. Não mais a construção de obras de pedra, destinadas ao usufruto de alguns. Mas a edificação de uma sociedade que baseada no amor, ensejasse a felicidade para todos.
Neste mundão de hoje, ganancioso e desumano, o Brasil, por exemplo, que propala ser a 6ª economia do planeta com cerca de R$4,14 trilhões e se nega de pagar R$1.451,00 de piso salarial ao mestre que educa a juventude, levanta-se o maçom para a reconstrução da humanidade, em “que todos sejam um” (divisa da maçonaria da COMAB) no amor a Deus e, por extensão, não só amando o próximo, mas também dignificando a família e honrando a pátria. Cooperador da obra divina, e, nisto, seu continuador, pois a vida nos é dada para ser feita e, como é uma “peregrinação de retorno à Casa do Pai” (Santo Agostinho), deverá ser talhada segundo às exigências de sua destinação.
O maçom é um “construtor de templos à virtude”. Assim rezam as normas da Fraternidade. A Loja é a escola de sua formação. Para esse mister. a ela os maçons comparecem com assiduidade, para com os seus irmãos instruírem-se reciprocamente nas práticas da virtude. O
maçom, ele mesmo esculpindo-se, adaptando-se, nessa formação, ao espaço que lhe for reservado no levantamento do edifício social, “submetendo suas vontades, vencendo suas paixões”. Mas estar sempre advertido de que “na construção do templo”, de permeio, no material, encontram-se vários obstáculos, entre eles a ignorância, que em nosso País “nega ensino médio a dois terços de sua população e condena a outra parcela a uma educação sem condições de competição no mundo moderno”.
Por isto a maçonaria leva na mais alta advertência o combate a ela. É do seu ideário o combate a essa triste condição da humanidade, alertando que a “ignorância é a mãe de todos os vícios.” Então “cavar-lhe masmorra” é missão fundamental. O maçom é um missionário que se forma construtor, não para ostentar o diploma colocado na parede de seu gabinete de trabalho, mas para ir construir. Daí o entendimento de que a Loja maçônica não é o limite. E sim a vertente. É como se desse interpretação e praticidade à parábola do “semeador” que recebeu as sementes, mas não as guardou em seu embornal. “Exiit seminare” (Mateus XIII, 4) – Saiu a semear ...
Nossa sociedade profana está carente de um maior impulso em sua marcha para o progresso. Muitas nações já desfrutam de uma excelente qualidade de vida. Mas nós não estamos dentre elas. É urgente, portanto, correr em sua busca. E por que ainda não estamos lá? O diagnóstico desse atraso aponta para um acentuado estágio de ignorância em que nos encontramos. Somos República há 123 anos, mas vejamos que triste marca detemos!: “mais de 12 milhões de adultos não reconhecem a própria bandeira, porque não sabem ler o texto escrito nela”. Os maçons devem estar atentos a esse diagnóstico. Não só atentos, mas também convocados para o fomento das atividades de superação desse emperramento, porque nossa destinação (não esquecer nunca) foi, é e será sempre: construir.
(Informabim 306 B)
INFORMABIM 305 A e B
APENAS VEREDA. NÃO É O CAMINHO
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Surpresa agradável proporcionou-me a professora Andradina José de Oliveira, em recente visita que me fez, aqui, na sede da ABIM. Não só por sua presença física, ensejando-me o prazer de conhecê-la a partir daquele momento, mas também por sua apreciação a respeito do livro EDUCAÇÃO & MAÇONARIA que publiquei, o ano passado, através da Editora Maçônica A TROLHA Ltda.
Professora Andradina, 39 anos de idade, 13 anos de magistério no ensino público. Portanto possuidora de uma respeitável experiência no exercício da profissão. Disse-me ter ciência do papel filantrópico da maçonaria, especialmente na área do ensino, pois havia conhecido uma escola, pertencente à Instituição, que mantinha curso noturno de alfabetização de adultos, com vistas à erradicação do analfabetismo. E, agora, aumentara em muito sua admiração, ao tomar conhecimento do protesto dos maçons quanto à baixa qualificação em que se acha nossa educação pública, e, ao mesmo tempo, a ação dos mesmos em favor da aprovação do PNE, contendo este os ingredientes que na prática levam e elevam a educação ao nível de qualidade que o nosso progresso reclama.
Não pedi para gravar o depoimento da professora. E ela decerto não se negaria de autorizar. Nem gravei. Nem solicitei que ela me desse por escrito aquele depoimento. Era uma conversa, em princípio, para nós dois. Feliz pela visita. Alegre pelo elogio à maçonaria. (Eu adoro quem afaga a nossa Ordem e peço a Deus que perdoe os que não a compreendem). E infelizmente com amargor, quando falamos sobre o descaso com que a educação pública vem sendo tratada entre nós. Mas em sua despedida, lembrei a professora da passagem das sagradas escrituras de que “a candeia acesa não deve ser colocada debaixo da cama”, então ela, com sua humildade de mestra, autorizou-me a contar aos muitos essas notícias caso, no meu entendimento, as considerasse “a candeia acesa”.
Os professores, não demora muito, vão entrar em greve por vários dias. E por que se dará esse movimento paredista dos professores? Afirmam haver Estados e Municípios que se negam de pagar “o piso salarial do magistério” que é de R$1.451,94 mensais, conforme valor recentemente atualizado por lei. Eles irão lutar por isto dado que corre a notícia de que muitos deixarão de cumprir a lei sob a alegação de que não dispõem de recursos financeiros suficientes para tanto. Outra alegação para o não pagamento seria a lei de responsabilidade fiscal que estabelece teto para as despesas com pessoal.
Não dou muita crença a essas histórias. A educação, registra a Constituição Federal , é um direito de todos e um dever do Estado e da família. Então dói muito saber que os professores não irão comparecer ao trabalho, porque o Governo se nega a pagar um mínimo de salário de R$ 1.451,94 a quem trabalha 40 horas semanais e tem que investir em seu aperfeiçoamento e atualização, estando sempre de volta à escola! E os alunos? Quantos milhões deixarão de ter aulas? Não gosto dessa prática de greve. Temos que inventar é uma nova didática para cobrar os nossos direitos. Sabido que teremos de envolver toda a Sociedade, todas as Instituições, porque a Educação tem que ser prioridade. É papel de todos. É dever de todos. E educar-se não deverá ser privilégio apenas dos ricos. Deverá ser, isto sim, o passaporte de inclusão social de todos no usufruto do progresso.
Recordo que em 2010, no finzinho do ano, o Presidente da República enviou à Câmara dos Deputados projeto de lei sobre o Plano Nacional de Educação para vigência em dez anos a partir de 2011. O inteiro teor desse documento encontra-se em meu livro Educação & Maçonaria. Já estamos em 2012 e o PNE não andou. Ao contrário, encalhou nas gavetas de Brasília. Sinaliza-se numa de suas passagens que o Governo se compromete com 7% do PIB para dinamizar a educação pública. Os entendidos no assunto pedem 10%. Mas o PNE não se movimenta. Feito o “coelho” da modinha popular: “não sai”. Nem 7, nem 10, nem nada.
Cada vez se torna mais fácil entender a profecia de um Deputado Federal, durante palestra na Sala dos passos perdidos de uma Loja Maçônica de Pernambuco: “a educação pública precisa já e já de uma lei sobre responsabilidade educacional, em que se criminalizem os omissos e malfeitores”. Esse projeto está tramitando na Câmara dos Deputados. Talvez fosse melhor dizer: repousando. Também (completando a ironia) pra que pressa com educação, se analfabeto pode votar? Mas esses descaso e indiferença para com a educação pública podem até ser bons para alguns, porém ruins para os muitos. O fim da picada!. Uma vereda de horrível término; jamais um caminho.
(Informabim 305 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Surpresa agradável proporcionou-me a professora Andradina José de Oliveira, em recente visita que me fez, aqui, na sede da ABIM. Não só por sua presença física, ensejando-me o prazer de conhecê-la a partir daquele momento, mas também por sua apreciação a respeito do livro EDUCAÇÃO & MAÇONARIA que publiquei, o ano passado, através da Editora Maçônica A TROLHA Ltda.
Professora Andradina, 39 anos de idade, 13 anos de magistério no ensino público. Portanto possuidora de uma respeitável experiência no exercício da profissão. Disse-me ter ciência do papel filantrópico da maçonaria, especialmente na área do ensino, pois havia conhecido uma escola, pertencente à Instituição, que mantinha curso noturno de alfabetização de adultos, com vistas à erradicação do analfabetismo. E, agora, aumentara em muito sua admiração, ao tomar conhecimento do protesto dos maçons quanto à baixa qualificação em que se acha nossa educação pública, e, ao mesmo tempo, a ação dos mesmos em favor da aprovação do PNE, contendo este os ingredientes que na prática levam e elevam a educação ao nível de qualidade que o nosso progresso reclama.
Não pedi para gravar o depoimento da professora. E ela decerto não se negaria de autorizar. Nem gravei. Nem solicitei que ela me desse por escrito aquele depoimento. Era uma conversa, em princípio, para nós dois. Feliz pela visita. Alegre pelo elogio à maçonaria. (Eu adoro quem afaga a nossa Ordem e peço a Deus que perdoe os que não a compreendem). E infelizmente com amargor, quando falamos sobre o descaso com que a educação pública vem sendo tratada entre nós. Mas em sua despedida, lembrei a professora da passagem das sagradas escrituras de que “a candeia acesa não deve ser colocada debaixo da cama”, então ela, com sua humildade de mestra, autorizou-me a contar aos muitos essas notícias caso, no meu entendimento, as considerasse “a candeia acesa”.
Os professores, não demora muito, vão entrar em greve por vários dias. E por que se dará esse movimento paredista dos professores? Afirmam haver Estados e Municípios que se negam de pagar “o piso salarial do magistério” que é de R$1.451,94 mensais, conforme valor recentemente atualizado por lei. Eles irão lutar por isto dado que corre a notícia de que muitos deixarão de cumprir a lei sob a alegação de que não dispõem de recursos financeiros suficientes para tanto. Outra alegação para o não pagamento seria a lei de responsabilidade fiscal que estabelece teto para as despesas com pessoal.
Não dou muita crença a essas histórias. A educação, registra a Constituição Federal , é um direito de todos e um dever do Estado e da família. Então dói muito saber que os professores não irão comparecer ao trabalho, porque o Governo se nega a pagar um mínimo de salário de R$ 1.451,94 a quem trabalha 40 horas semanais e tem que investir em seu aperfeiçoamento e atualização, estando sempre de volta à escola! E os alunos? Quantos milhões deixarão de ter aulas? Não gosto dessa prática de greve. Temos que inventar é uma nova didática para cobrar os nossos direitos. Sabido que teremos de envolver toda a Sociedade, todas as Instituições, porque a Educação tem que ser prioridade. É papel de todos. É dever de todos. E educar-se não deverá ser privilégio apenas dos ricos. Deverá ser, isto sim, o passaporte de inclusão social de todos no usufruto do progresso.
Recordo que em 2010, no finzinho do ano, o Presidente da República enviou à Câmara dos Deputados projeto de lei sobre o Plano Nacional de Educação para vigência em dez anos a partir de 2011. O inteiro teor desse documento encontra-se em meu livro Educação & Maçonaria. Já estamos em 2012 e o PNE não andou. Ao contrário, encalhou nas gavetas de Brasília. Sinaliza-se numa de suas passagens que o Governo se compromete com 7% do PIB para dinamizar a educação pública. Os entendidos no assunto pedem 10%. Mas o PNE não se movimenta. Feito o “coelho” da modinha popular: “não sai”. Nem 7, nem 10, nem nada.
Cada vez se torna mais fácil entender a profecia de um Deputado Federal, durante palestra na Sala dos passos perdidos de uma Loja Maçônica de Pernambuco: “a educação pública precisa já e já de uma lei sobre responsabilidade educacional, em que se criminalizem os omissos e malfeitores”. Esse projeto está tramitando na Câmara dos Deputados. Talvez fosse melhor dizer: repousando. Também (completando a ironia) pra que pressa com educação, se analfabeto pode votar? Mas esses descaso e indiferença para com a educação pública podem até ser bons para alguns, porém ruins para os muitos. O fim da picada!. Uma vereda de horrível término; jamais um caminho.
(Informabim 305 B)
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
INFORMABIM 304 A e B
A MÍDIA PERANTE OS ATUAIS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A mídia tem sido farta, em suas notícias, a respeito do estado em que se encontra nossa Educação no setor de responsabilidade direta do governo, com avaliação constrangedora inclusive por organismos internacionais encarregados dessas aferições, denunciando-nos em acentuada desvantagem entre as nações desenvolvidas ou em vias disto. É preciso saber, não esquecer e encarar, que sem o elemento educação enfatizado, não haverá desenvolvimento econômico nem social. E, neste item, é tempo de abrir os olhos, posto que não há motivos para os brasileiros se alegrarem.
O Diário de Pernambuco, credenciado por sua longevidade - jornal mais antigo em circulação na América Latina - e respeitado pela credibilidade que tem sabido construir ao longo de todo esse tempo, emite sua posição, em editorial, a respeito da situação atual da educação pública no Brasil e faz interessantes sugestões, de inegável eficácia, perante os desafios, neste momento em que um novo ministro assume a Pasta da Educação.
“A verdade é que o MEC precisava mesmo de novas cabeças e, principalmente, de gente disposta a reconhecer que temos feito pouco e mal para avançar na qualidade do ensino”(DP, 31.01.2012)
O DP entende que essa equipe que ora assume os destinos do setor educacional, à frente da qual se encontra o experiente Ministro Mercadante que vem da área das Ciências Tecnologia e Inovação, chega no melhor momento. E por que esta conclusão? Se neste exato momento vêm à tona graves reclamações, muitas, porém ganhando destaque entre elas a desmoralização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a falta de determinação para erradicar o analfabetismo e o aviltamento da carreira do magistério que se agride com o descaso de pagamento até de um piso de remuneração, quando “ a figura central da escola é o professor” ? Além disto, e já se insinua como pesadelo, o entrave ao desenvolvimento industrial, gerado pela falta de profissionais qualificados com que se possa suprir a demanda dos novos postos de trabalho, embora a comunidade esteja esbanjando desempregados e excluídos sociais.
A “Carta Mensal”, edição de outubro de 2011 da CNC, traz uma resenha da Mesa-redonda sobre Educação coordenada por Arnaldo Neskier, Doutor em Educação, acontecimento solicitado pela Confederação Nacional do Comércio, por atribuir à educação “a maior prioridade e a maior importância para o País.” E nessa mesa-redonda foram identificadas causas de nossa fragilidade na administração educacional pública como foram sugeridas exeqüíveis soluções. Destaco duas das preocupações apresentadas:
1)“No ensino básico, 36% não terminam o fundamental, e somente 23% concluem o ensino médio.
2) “Dos nossos 135 milhões de eleitores, cerca de 27 milhões não sabiam ler nem escrever, nas últimas eleições.”
Agora, eu me pergunto: se o Governo realmente deseja erradicar o analfabetismo, por que não começa revogando a lei que permite o analfabeto votar?
Mas não vamos desistir, porque, em contrapartida a todos esses desafios, e aí se coloca a real conceituação “de melhor momento”, a que se reporta o DP, está em formação um Plano Nacional para 10 anos de vigência, através do qual se estabelecem metas e meios, para no período melhorar a qualidade da educação pública, de modo que as pessoas beneficiadas por esse processo, e nossa postulação é pela inclusão de todos, possam não somente formar o caráter cidadão e exercê-lo, mas também possam com o saber adquirido contribuir para o desenvolvimento do País e usufruir desse alvissareiro porvir.
Os desafios estão evidentes. Cabe a todos nós enfrentá-los e resolvê-los. A sociedade exigindo os resultados e o governo providenciando a disposição dos meios, pois a Constituição é clara ao estabelecer que o
“acesso ao ensino obrigatório (nos termos do plano nacional de educação) e gratuito é direito público subjetivo, ou seja, o seu não-oferecimento pelo poder público ou sua oferta irregular, importa responsa-bilidade da autoridade competente (podendo ser processada)”.(Maria Lúcia de A Aranha, História da Educação e da Pedagogia Geral e Brasil, Editora Moderna, São Paulo)
Como está a educação pública é que não deve continuar. E a Maçonaria merece grande consideração por não se omitir, iden-tificando pontos críticos e gargalos que não são poucos, ao tempo em que oferece as sugestões de superação dos mesmos. E tem feito isto, através da ABIM, bravamente e com inigualável pertinência, reiteradas vezes.
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A mídia tem sido farta, em suas notícias, a respeito do estado em que se encontra nossa Educação no setor de responsabilidade direta do governo, com avaliação constrangedora inclusive por organismos internacionais encarregados dessas aferições, denunciando-nos em acentuada desvantagem entre as nações desenvolvidas ou em vias disto. É preciso saber, não esquecer e encarar, que sem o elemento educação enfatizado, não haverá desenvolvimento econômico nem social. E, neste item, é tempo de abrir os olhos, posto que não há motivos para os brasileiros se alegrarem.
O Diário de Pernambuco, credenciado por sua longevidade - jornal mais antigo em circulação na América Latina - e respeitado pela credibilidade que tem sabido construir ao longo de todo esse tempo, emite sua posição, em editorial, a respeito da situação atual da educação pública no Brasil e faz interessantes sugestões, de inegável eficácia, perante os desafios, neste momento em que um novo ministro assume a Pasta da Educação.
“A verdade é que o MEC precisava mesmo de novas cabeças e, principalmente, de gente disposta a reconhecer que temos feito pouco e mal para avançar na qualidade do ensino”(DP, 31.01.2012)
O DP entende que essa equipe que ora assume os destinos do setor educacional, à frente da qual se encontra o experiente Ministro Mercadante que vem da área das Ciências Tecnologia e Inovação, chega no melhor momento. E por que esta conclusão? Se neste exato momento vêm à tona graves reclamações, muitas, porém ganhando destaque entre elas a desmoralização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a falta de determinação para erradicar o analfabetismo e o aviltamento da carreira do magistério que se agride com o descaso de pagamento até de um piso de remuneração, quando “ a figura central da escola é o professor” ? Além disto, e já se insinua como pesadelo, o entrave ao desenvolvimento industrial, gerado pela falta de profissionais qualificados com que se possa suprir a demanda dos novos postos de trabalho, embora a comunidade esteja esbanjando desempregados e excluídos sociais.
A “Carta Mensal”, edição de outubro de 2011 da CNC, traz uma resenha da Mesa-redonda sobre Educação coordenada por Arnaldo Neskier, Doutor em Educação, acontecimento solicitado pela Confederação Nacional do Comércio, por atribuir à educação “a maior prioridade e a maior importância para o País.” E nessa mesa-redonda foram identificadas causas de nossa fragilidade na administração educacional pública como foram sugeridas exeqüíveis soluções. Destaco duas das preocupações apresentadas:
1)“No ensino básico, 36% não terminam o fundamental, e somente 23% concluem o ensino médio.
2) “Dos nossos 135 milhões de eleitores, cerca de 27 milhões não sabiam ler nem escrever, nas últimas eleições.”
Agora, eu me pergunto: se o Governo realmente deseja erradicar o analfabetismo, por que não começa revogando a lei que permite o analfabeto votar?
Mas não vamos desistir, porque, em contrapartida a todos esses desafios, e aí se coloca a real conceituação “de melhor momento”, a que se reporta o DP, está em formação um Plano Nacional para 10 anos de vigência, através do qual se estabelecem metas e meios, para no período melhorar a qualidade da educação pública, de modo que as pessoas beneficiadas por esse processo, e nossa postulação é pela inclusão de todos, possam não somente formar o caráter cidadão e exercê-lo, mas também possam com o saber adquirido contribuir para o desenvolvimento do País e usufruir desse alvissareiro porvir.
Os desafios estão evidentes. Cabe a todos nós enfrentá-los e resolvê-los. A sociedade exigindo os resultados e o governo providenciando a disposição dos meios, pois a Constituição é clara ao estabelecer que o
“acesso ao ensino obrigatório (nos termos do plano nacional de educação) e gratuito é direito público subjetivo, ou seja, o seu não-oferecimento pelo poder público ou sua oferta irregular, importa responsa-bilidade da autoridade competente (podendo ser processada)”.(Maria Lúcia de A Aranha, História da Educação e da Pedagogia Geral e Brasil, Editora Moderna, São Paulo)
Como está a educação pública é que não deve continuar. E a Maçonaria merece grande consideração por não se omitir, iden-tificando pontos críticos e gargalos que não são poucos, ao tempo em que oferece as sugestões de superação dos mesmos. E tem feito isto, através da ABIM, bravamente e com inigualável pertinência, reiteradas vezes.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
INFORMABIM 303 A e B
DANTE E A EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Tenho cá minhas razões em pensar que Dante profetizava com relação à educação pública no Brasil, quando escreveu, em sua Divina Comédia, aquela parte referente ao Inferno, ao chamar a atenção dos que ali adentravam com dizeres mais ou menos assim: “vós que para aqui viestes, perdei a esperança”.
É o que se percebe, igualzinho, com o que ora se passa com a educação pública no Brasil. Um plano decenal para 2000-2010, estabelecendo metas a serem alcançadas e condicionados os meios para tanto. Uma lei, a de diretrizes e bases para educação brasileira, cuja avaliação foi de resultados frustrantes. Uma gozação internacional revelada, contra nossa juventude, nos índices do PISA.
Tempos de economia mundializada numa “aldeia global”. O conhecimento tecnológico ensejando novas descobertas a cada instante. E o brasileiro parecendo o viandante guerrajunquei-riano, sentado à beira da estrada, sem as condições para acompanhar os que marcham para o progresso. Em marcha veloz, velocíssima.
Diante dessas lamúrias, desdéns de nosso ensino público, eis que um novo plano educacional é enviado ao Congresso Nacional. Reacendem-se as esperanças. Dez anos para se corrigirem os defeitos, e engatar uma celeridade que responda às exigências de nosso tempo. PNE é seu nome de batismo: programa para a melhoria da educação pública brasileira no período 2011-2020.
Em novembro de 2010, lá estava o PNE na Câmara dos Deputados. Uma festa na mídia. Comissão de Educação e Cultura e briga pela relatoria. Muita gente agarrada nas asas do bicho, querendo aparecer e decerto eleger-se para cargos de polpudas remunerações. Mas brigar mesmo pela melhoria da educação, nada, “nadica de nada”.
O projeto de lei continua na Câmara. Sua vigência estava prevista para 2011. Já estamos em janeiro de 2012. O Congresso de férias e as mazelas da educação pública crescendo. Por isto que se diz à boca larga que os políticos, na sua quase totalidade, não têm interesse que a ignorância e o apagão cultural em nosso País sejam combatidos. A situação confirma o que se propala.
Recentemente, assumiu a Pasta da Educação um novo Ministro, vindo da área das Ciências, Tecnologia e Inovação. A mídia não comenta passagem do discurso de posse de Sua Excelência alusiva ao Plano Decenal de Educação para 2011-2020. Inclui e dá destaque a três assuntos que ora infernizam o nosso sistema educacional público. Piso salarial, alfabetização e o Enem.
Esses itens, é bem verdade, são importantes, tanto que estão dentro do PNE. Ademais não podemos pensar em seriedade tampouco em melhoria na educação com pendências tais como essas, que requerem urgência urgentíssima para sua resolução. O que não cabe, de forma nenhuma, é idéia de improviso. De tapa-buraco, quando precisamos mesmo é pavimentar a estrada toda. A lei que obrigue a implantação do PNE. E mais outro dispositivo legal que criminalize a irresponsabilidade educacional, projeto de lei que também se encontra tramitando em Comissão Especial na Câmara dos Deputados com Relator já definido e trabalhando.
O piso salarial é um piso e portanto muito pouco. Em nosso caso, não comporta discussão. O STF já decidiu. É cumprir. Mais é muito pouco para quem tem de desbravar as novas fronteiras antes da escola e do aluno. O magistério é uma profissão de constante retorno à aprendizagem, de permanente atualização. E não se faz isto sem grandes despesas.
Calar-se sobre estes assuntos não me parece demonstração de cidadania, e mais se assemelha a conivência com a corrupção. Ou Dante, quando escreveu a passagem do Inferno em sua Divina Comédia, profetizava sobre a educação brasileira: “perdei a esperança”?
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
INFORMABIM 302 A e B
Números do Analfabetismo: UMA TRISTEZA
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A Maçonaria que tem em seu ideário o combate à ignorância, por ser esta a mãe de todos os vícios, dentre os quais e em destaque a corrupção, vem clamando pela erradicação do analfabetismo, balizando em 2017 a colimação desse esforço.
Disto fez ciente aos parlamentares que cuidam da conversão do PNE em lei, através de documento entregue pelo Presidente da COMAB ao Senador Sarney, resultante de decisão a que chegou o XVI Encontro Nacional da Cultura Maçônica, realizado em São Paulo, na sede da Grande Loja Maçônica daquele Estado, em abril de 2010.
O Sr Luiz Inácio Lula da Silva, na Presidência da República, alertado para essa miséria que grassava no País (e continua), querendo combatê-la, criou o EJA (educação para jovens e adultos) em 2003, era o Programa Brasil Alfabetizado, para que se abrissem turmas de educação para jovens e adultos em todos os municípios onde 25% ou mais da população ignorassem o alfabeto. Nada obstante a vontade governamental e certamente o esforço desprendido nesse sentido, estão aí 32 cidades com esse mundão de dezenas de milhões de jovens e adultos analfabetos.
Informações recentemente circulantes na mídia dão conta de que “A Bahia tem presença maciça na relação das 32 cidades brasileiras sem oferta do EJA, embora essas localidades apresentem índice de analfabetos igual ou maior que um quarto da população adulta. O pior indicador, entretanto, está no Rio Grande do Norte. A cidade de João Dias tem 38,9% dos moradores com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever. Da Região Norte, há três municípios situados em Tocantins. No Sudeste, cinco cidades de Minas Gerais figuram na lista.”(DP, 08.01.2012)
E por que não se erradica este mal tão perverso? Responde uma pessoa de Miravânia/MG, influente líder daquela localidade que trabalha em projetos vinculados ao tema: “Os adultos precisam de um incentivo a mais para estudar. Mas, nos lugares mais carentes, muitos projetos são travados por questões políticas. Para alguns políticos, é mais interessante que as pessoas continuem analfabetas para não haver liberdade de reivindicação do exercício da cidadania e dos seus direitos”.(DP, 08.01.2012 – Ivanir Barbosa de Oliva e Silva)
Desejo abrir espaço para registrar o exemplo de um projeto bem sucedido na área de alfabetização de jovens e adultos, levado a efeito pela Loja Maçônica Trabalho e Firmeza (GOIPE), na cidade de Gravatá, região agreste de Pernambuco. Essa Loja mantém um Colégio de Ensino Fundamental, manhã e tarde. A noite, suas salas de aulas são reservadas à alfabetização de jovens e adultos, em convênio com a Prefeitura Municipal, uma parceria que tem alcançado pleno êxito. Quer dizer: “Aprende-se, não na fantasia, mas lutando e pelejando” (Camões)
O MEC tem a coordenação nacional desse programa e transfere recursos para os Estados e Municípios implantarem as classes. Estabelecida a meta da erradicação do analfabetismo até 2017, teremos que envidar o esforço de colocar nas classes 3 milhões de pessoas por ano e alfabetizar esse contingente em igual período. Será uma luta sem trégua e de confronto, carente de uma Lei sobre a responsabilidade educacional, em que se criminalizem os omissos e os que causam empecilho. Neste sentido, vejamos o alerta do Dr Roberto Catelli, coordenador do Programa no âmbito do MEC: “Falta de interesse político, sem dúvida, é um problema generalizado dos governos locais na hora de promover a alfabetização e continuidade dos estudos de adultos”.(DP, 08.01.2012)
O poeta, em 1822, escreveu o hino, incluindo-lhe o verso enfático de que “já raiou a liberdade no horizonte do Brasil.” No horizonte ... Tomara que a liberdade erga-se de lá. Caminhe. Agora a passos largos e velozes. E chegue, antes do bicentenário da Independência, a esse contingente de nossos irmãos, desprovidos desta condição essencial para o exercício da cidadania – a alfabetização, como se fossem exilados dentro da Pátria.. Do contrário, os números do analfabetismo continuarão sendo uma vergonha e nossas tristezas.
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A Maçonaria que tem em seu ideário o combate à ignorância, por ser esta a mãe de todos os vícios, dentre os quais e em destaque a corrupção, vem clamando pela erradicação do analfabetismo, balizando em 2017 a colimação desse esforço.
Disto fez ciente aos parlamentares que cuidam da conversão do PNE em lei, através de documento entregue pelo Presidente da COMAB ao Senador Sarney, resultante de decisão a que chegou o XVI Encontro Nacional da Cultura Maçônica, realizado em São Paulo, na sede da Grande Loja Maçônica daquele Estado, em abril de 2010.
O Sr Luiz Inácio Lula da Silva, na Presidência da República, alertado para essa miséria que grassava no País (e continua), querendo combatê-la, criou o EJA (educação para jovens e adultos) em 2003, era o Programa Brasil Alfabetizado, para que se abrissem turmas de educação para jovens e adultos em todos os municípios onde 25% ou mais da população ignorassem o alfabeto. Nada obstante a vontade governamental e certamente o esforço desprendido nesse sentido, estão aí 32 cidades com esse mundão de dezenas de milhões de jovens e adultos analfabetos.
Informações recentemente circulantes na mídia dão conta de que “A Bahia tem presença maciça na relação das 32 cidades brasileiras sem oferta do EJA, embora essas localidades apresentem índice de analfabetos igual ou maior que um quarto da população adulta. O pior indicador, entretanto, está no Rio Grande do Norte. A cidade de João Dias tem 38,9% dos moradores com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever. Da Região Norte, há três municípios situados em Tocantins. No Sudeste, cinco cidades de Minas Gerais figuram na lista.”(DP, 08.01.2012)
E por que não se erradica este mal tão perverso? Responde uma pessoa de Miravânia/MG, influente líder daquela localidade que trabalha em projetos vinculados ao tema: “Os adultos precisam de um incentivo a mais para estudar. Mas, nos lugares mais carentes, muitos projetos são travados por questões políticas. Para alguns políticos, é mais interessante que as pessoas continuem analfabetas para não haver liberdade de reivindicação do exercício da cidadania e dos seus direitos”.(DP, 08.01.2012 – Ivanir Barbosa de Oliva e Silva)
Desejo abrir espaço para registrar o exemplo de um projeto bem sucedido na área de alfabetização de jovens e adultos, levado a efeito pela Loja Maçônica Trabalho e Firmeza (GOIPE), na cidade de Gravatá, região agreste de Pernambuco. Essa Loja mantém um Colégio de Ensino Fundamental, manhã e tarde. A noite, suas salas de aulas são reservadas à alfabetização de jovens e adultos, em convênio com a Prefeitura Municipal, uma parceria que tem alcançado pleno êxito. Quer dizer: “Aprende-se, não na fantasia, mas lutando e pelejando” (Camões)
O MEC tem a coordenação nacional desse programa e transfere recursos para os Estados e Municípios implantarem as classes. Estabelecida a meta da erradicação do analfabetismo até 2017, teremos que envidar o esforço de colocar nas classes 3 milhões de pessoas por ano e alfabetizar esse contingente em igual período. Será uma luta sem trégua e de confronto, carente de uma Lei sobre a responsabilidade educacional, em que se criminalizem os omissos e os que causam empecilho. Neste sentido, vejamos o alerta do Dr Roberto Catelli, coordenador do Programa no âmbito do MEC: “Falta de interesse político, sem dúvida, é um problema generalizado dos governos locais na hora de promover a alfabetização e continuidade dos estudos de adultos”.(DP, 08.01.2012)
O poeta, em 1822, escreveu o hino, incluindo-lhe o verso enfático de que “já raiou a liberdade no horizonte do Brasil.” No horizonte ... Tomara que a liberdade erga-se de lá. Caminhe. Agora a passos largos e velozes. E chegue, antes do bicentenário da Independência, a esse contingente de nossos irmãos, desprovidos desta condição essencial para o exercício da cidadania – a alfabetização, como se fossem exilados dentro da Pátria.. Do contrário, os números do analfabetismo continuarão sendo uma vergonha e nossas tristezas.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
INFORMABIM 301 A e B
NA EXPECTATIVA DOS GOLS DECISIVOS
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Corre pacífica a ideia de que a maçonaria ingressou no Brasil com objetivos nitidamente libertários que não deixam de ser filantrópicos. E esses fins foram alcançados com os movimentos revolucionários que resultaram na desvinculação colonial. E, mais tarde, com a campanha que culminou com a lei áurea da abolição da escravatura. Não há necessidade de falar, aqui, do advento da República, pois republicano era o regime governamental a que se propunham os movimentos da maioridade política de nossa Pátria, haja vista a Revolução Republicana de 6 de março de 1817. O regime monárquico foi uma vereda para encurtar o caminho de 1822, contrariando todos movimentos de independência processados nas Américas Inglesa e Espanhola.
A Maçonaria, como se entende, chamou a si esse procedimento benfazejo, abraçando essas sublimes causas de libertação da humanidade brasileira e, nem precisa dizer aqui, que esses movimentos se empreenderam não como presentinhos de príncipe e princesa. Pois as conquistas foram alcançadas, como estão aí, mas com grande luta do povo brasileiro, marcada pelo heroísmo e martírio de incontáveis de nossos patrícios. Ainda hoje ninguém revelou onde está o corpo do Ir.’. Caneca!
Todavia, reparando bem, já decorridos quase 190 anos da Independência e 122 anos da Abolição, eis que as duas heróicas e sublimes conquistas vêm à tona com a tarja de inconclusas, porquanto haja um mal de imensa perversidade que insiste em apontar neste sentido. Reporto-me ao mal da ignorância que contribui com a maior veemência para dizimar nosso progresso, esgarçar o tecido de nossos costumes políticos, fomentar a miséria no seio da sociedade brasileira.
“A ignorância é a mãe de todos os vícios”, entende-a assim a Maçonaria e, porque essa Instituição cuida do “levantamento de templos à virtude”, não esqueceu, como por felicidade o fez, de incluir em seu ideário o combate permanente a essa desgraça da humanidade: “a ignorância”.
Quando falamos de maçonaria, não há, de imediato, quem deixe de recordar ter sido ela que fez a Independência e a Abolição – marcas decerto de uma Instituição cujos integrantes amam à Pátria e são capazes de oferecer a vida por torná-la respeitada, progressista e sua gente feliz. Mas podemos estar certos de que “a mãe gentil” poderá ser vista “mais contente” (e ela está tristinha), se a Maçonaria continuar firme nesta luta que abraçou, qual seja a da melhoria da qualidade da educação pública no Brasil, incluindo o estabelecimento da responsabilidade educacional.
Este será o grande movimento que dará vitrine à nossa Ordem por todos os tempos. A sociedade clama pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil. Isto não vem sem educação. Convocam para o combate á corrupção. Mero paliativo! Isto não se realiza sem a precedência da educação. Falam de bem-estar do povo brasileiro. Isto não se alcança com o peso de 38 milhões de analfabetos e outros tantos de analfabetos funcionais, porque a ausência da educação não deixará.
Quero encerrar este artigo, homenageando uma pessoa que nasceu na pobreza e, provando que esta não é determinismo, superando-se pela educação, hoje é um representante popular, com dignidade, culto e sempre lembrado. Refiro-me ao Deputado Federal Romário e dele são as palavras que seguem: “[ ...] insisto em uma tese em Brasília,com os outros Deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação, nem seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disto. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais”. Ídolo Romário! Você acaba de fazer um belíssimo gol.
A Maçonaria, bem que pode reparar no ídolo, pois a torcida espera que seus integrantes façam os gols decisivos, nessa ferrenha partida da Educação
(Informabim 301 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Corre pacífica a ideia de que a maçonaria ingressou no Brasil com objetivos nitidamente libertários que não deixam de ser filantrópicos. E esses fins foram alcançados com os movimentos revolucionários que resultaram na desvinculação colonial. E, mais tarde, com a campanha que culminou com a lei áurea da abolição da escravatura. Não há necessidade de falar, aqui, do advento da República, pois republicano era o regime governamental a que se propunham os movimentos da maioridade política de nossa Pátria, haja vista a Revolução Republicana de 6 de março de 1817. O regime monárquico foi uma vereda para encurtar o caminho de 1822, contrariando todos movimentos de independência processados nas Américas Inglesa e Espanhola.
A Maçonaria, como se entende, chamou a si esse procedimento benfazejo, abraçando essas sublimes causas de libertação da humanidade brasileira e, nem precisa dizer aqui, que esses movimentos se empreenderam não como presentinhos de príncipe e princesa. Pois as conquistas foram alcançadas, como estão aí, mas com grande luta do povo brasileiro, marcada pelo heroísmo e martírio de incontáveis de nossos patrícios. Ainda hoje ninguém revelou onde está o corpo do Ir.’. Caneca!
Todavia, reparando bem, já decorridos quase 190 anos da Independência e 122 anos da Abolição, eis que as duas heróicas e sublimes conquistas vêm à tona com a tarja de inconclusas, porquanto haja um mal de imensa perversidade que insiste em apontar neste sentido. Reporto-me ao mal da ignorância que contribui com a maior veemência para dizimar nosso progresso, esgarçar o tecido de nossos costumes políticos, fomentar a miséria no seio da sociedade brasileira.
“A ignorância é a mãe de todos os vícios”, entende-a assim a Maçonaria e, porque essa Instituição cuida do “levantamento de templos à virtude”, não esqueceu, como por felicidade o fez, de incluir em seu ideário o combate permanente a essa desgraça da humanidade: “a ignorância”.
Quando falamos de maçonaria, não há, de imediato, quem deixe de recordar ter sido ela que fez a Independência e a Abolição – marcas decerto de uma Instituição cujos integrantes amam à Pátria e são capazes de oferecer a vida por torná-la respeitada, progressista e sua gente feliz. Mas podemos estar certos de que “a mãe gentil” poderá ser vista “mais contente” (e ela está tristinha), se a Maçonaria continuar firme nesta luta que abraçou, qual seja a da melhoria da qualidade da educação pública no Brasil, incluindo o estabelecimento da responsabilidade educacional.
Este será o grande movimento que dará vitrine à nossa Ordem por todos os tempos. A sociedade clama pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil. Isto não vem sem educação. Convocam para o combate á corrupção. Mero paliativo! Isto não se realiza sem a precedência da educação. Falam de bem-estar do povo brasileiro. Isto não se alcança com o peso de 38 milhões de analfabetos e outros tantos de analfabetos funcionais, porque a ausência da educação não deixará.
Quero encerrar este artigo, homenageando uma pessoa que nasceu na pobreza e, provando que esta não é determinismo, superando-se pela educação, hoje é um representante popular, com dignidade, culto e sempre lembrado. Refiro-me ao Deputado Federal Romário e dele são as palavras que seguem: “[ ...] insisto em uma tese em Brasília,com os outros Deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação, nem seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disto. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais”. Ídolo Romário! Você acaba de fazer um belíssimo gol.
A Maçonaria, bem que pode reparar no ídolo, pois a torcida espera que seus integrantes façam os gols decisivos, nessa ferrenha partida da Educação
(Informabim 301 B)
INFORMABIM 300 A e B
A FÉ E AS OBRAS
Irm Antonio do Carmo Ferreira
Tenho lido, em textos produzidos por maçons, que, conforme seus estudos , o mundo é governado por um conjunto de forças que só não mais são ocultas, porque a maçonaria as descobriu e passou a ser sua maquinista.
Nem municiado da fé que move montanhas eu acreditaria nisto. Pois estando no seio da Ordem há mais de 40 anos, não tive acesso a essas forças. E vejam que tenho ocupado cargos importantes! Mas, sabem!, reza o ditado popular: “para cada cabeça um mundo”. Vai ver que as forças existem e a senha de acesso às mesmas passou e, na oportunidade, eu estaria dormindo...
Às vezes fico a pensar que essa invencionice de forças ocultas é obra da antimaçonaria, engenhada para contaminar maçons despreparados e com isto levar a Ordem ao deboche da sociedade culta.
Essas forças, convinha até que existissem, porque, com elas sob seu comando, ficaria mais fácil para a maçonaria implantar, no mundo, o reinado de paz e o progresso da humanidade em geral. Mas não. A sua existência é anunciada para eliminar altos escalões. Ceifar vidas. Tudo que não é a Ordem.
O eminente escritor Ambrósio Peters exige que a maçonaria seja respeitada por tudo com que tem contribuído, ao longo da história das civilizações, para a evolução da humanidade. E reprova essas invencionices como denuncia a má fé com que agridem a Ordem, atribuindo-lhe caráter de maldades no exercício de suas funções. Alerta o grande pensador maçônico para o fato de que se isto fosse verdade, a mídia jornalística, ávida deste tipo de notícia e dotada, em nossos dias, dos mais avançados instrumentos de pesquisa, já teria colocado pelo avesso e desmoralizado tal ocultismo.
Confesso-me preocupado quando ainda leio ou ouço alguém referir-se a forças ocultas que governam o mundo sob o comando da maçonaria e de qualquer outra instituição.
Nós precisamos, e já, é exorcizar o espírito da preguiça do seio da Ordem, porque o danado desse espírito é que tem sido a causa de todos esses males que nos afligem.
Recordo que no ano de 2008, o irmão Giovani Souto defendeu tese de Mestrado dissertada perante o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa, na Capital portuguesa, que foi aprovada. Aí ele faz uma espécie de gozação com os que tentam o ilusionismo de apresentar a Ordem como uma organização secreta. Ressalta que esta não é uma postura correta e sim que “os templos precisam aparecer para a sociedade, demonstrando-se que inexistem rituais macabros ou cultos a divindades. O que existem são estudos morais e filosóficos e a prática do bem e de amor ao próximo.”
Continua que “não adianta calar-se diante de notícias incoerentes e preconceitos sobre essa instituição universal”, passagem que me fez lembrar o irmão Luther King ao lhe ser atribuída a advertência de que “a preocupação não deve estar no grito dos maus, mas no silencio dos bons.” “Uma melhor qualidade nos serviços ofertados pela Maçonaria, prossegue o Irmão Souto, começa por uma boa publicidade. A boa comunicação é um meio de sobrevivência dos bons princípios”.
Há nessas conclusões do mestre Giovani Souto dois tópicos que devemos pinçar: “serviços ofertados pela maçonaria” e “boa publicidade”. No primeiro caso, “os serviços”. Deixa significar que existe algo material a ser implantado em algum lugar, na comunidade, por exemplo. Algo de amor ao próximo que labore em favor do progresso, do bem estar, da felicidade. E que, como reza o segundo caso, todos sejam informados, através de “uma boa publicidade” de tal procedimento por parte da maçonaria. Pois os “bons princípios” necessitam da “boa comunicação” para que sobrevivam e se desenvolvam.
A maçonaria nunca foi uma instituição voltada para dentro. Construtora de muros dentro dos quais escondesse o produto de sua ação. Foi e deverá ser sempre construtora de pontes através das quais pudesse levar o progresso e a felicidade aos muitos. Os aquedutos, os Palácios, os Mosteiros, as Catedrais são algumas provas disto. É verdade que há um procedimento para adoção de seus adeptos e uma pedagogia para formação dos mesmos. São procedimentos e pedagogia que só interessam aos que se “iniciam”, daí o caráter templário de sua transmissão. Mas a prática do saber maçônico, esta é de aplicação na comunidade. A Loja maçônica não é o limite. E sim a vertente.
Tiago, o apóstolo, com as suas missivas, criou uma escola. Ele ensinava não bastar possuir o sentimento do amor. Pois era preciso amar. Como a parábola do semeador. Não bastava possuir o diploma, era preciso sair a semear. E até parecia irritado com os que se contentavam apenas com a fé. Ele exigia mais e dava sentença aos que insistiam na limitação – “a fé sem as obras é coisa nula”.
Em nosso caso, é preciso, já, entusiasmar o maçom quanto ao exercício de sua função de Construtor Social. Pois “de que vale a fé sem as obras” ?
(Informabim 300 B)
Irm Antonio do Carmo Ferreira
Tenho lido, em textos produzidos por maçons, que, conforme seus estudos , o mundo é governado por um conjunto de forças que só não mais são ocultas, porque a maçonaria as descobriu e passou a ser sua maquinista.
Nem municiado da fé que move montanhas eu acreditaria nisto. Pois estando no seio da Ordem há mais de 40 anos, não tive acesso a essas forças. E vejam que tenho ocupado cargos importantes! Mas, sabem!, reza o ditado popular: “para cada cabeça um mundo”. Vai ver que as forças existem e a senha de acesso às mesmas passou e, na oportunidade, eu estaria dormindo...
Às vezes fico a pensar que essa invencionice de forças ocultas é obra da antimaçonaria, engenhada para contaminar maçons despreparados e com isto levar a Ordem ao deboche da sociedade culta.
Essas forças, convinha até que existissem, porque, com elas sob seu comando, ficaria mais fácil para a maçonaria implantar, no mundo, o reinado de paz e o progresso da humanidade em geral. Mas não. A sua existência é anunciada para eliminar altos escalões. Ceifar vidas. Tudo que não é a Ordem.
O eminente escritor Ambrósio Peters exige que a maçonaria seja respeitada por tudo com que tem contribuído, ao longo da história das civilizações, para a evolução da humanidade. E reprova essas invencionices como denuncia a má fé com que agridem a Ordem, atribuindo-lhe caráter de maldades no exercício de suas funções. Alerta o grande pensador maçônico para o fato de que se isto fosse verdade, a mídia jornalística, ávida deste tipo de notícia e dotada, em nossos dias, dos mais avançados instrumentos de pesquisa, já teria colocado pelo avesso e desmoralizado tal ocultismo.
Confesso-me preocupado quando ainda leio ou ouço alguém referir-se a forças ocultas que governam o mundo sob o comando da maçonaria e de qualquer outra instituição.
Nós precisamos, e já, é exorcizar o espírito da preguiça do seio da Ordem, porque o danado desse espírito é que tem sido a causa de todos esses males que nos afligem.
Recordo que no ano de 2008, o irmão Giovani Souto defendeu tese de Mestrado dissertada perante o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa, na Capital portuguesa, que foi aprovada. Aí ele faz uma espécie de gozação com os que tentam o ilusionismo de apresentar a Ordem como uma organização secreta. Ressalta que esta não é uma postura correta e sim que “os templos precisam aparecer para a sociedade, demonstrando-se que inexistem rituais macabros ou cultos a divindades. O que existem são estudos morais e filosóficos e a prática do bem e de amor ao próximo.”
Continua que “não adianta calar-se diante de notícias incoerentes e preconceitos sobre essa instituição universal”, passagem que me fez lembrar o irmão Luther King ao lhe ser atribuída a advertência de que “a preocupação não deve estar no grito dos maus, mas no silencio dos bons.” “Uma melhor qualidade nos serviços ofertados pela Maçonaria, prossegue o Irmão Souto, começa por uma boa publicidade. A boa comunicação é um meio de sobrevivência dos bons princípios”.
Há nessas conclusões do mestre Giovani Souto dois tópicos que devemos pinçar: “serviços ofertados pela maçonaria” e “boa publicidade”. No primeiro caso, “os serviços”. Deixa significar que existe algo material a ser implantado em algum lugar, na comunidade, por exemplo. Algo de amor ao próximo que labore em favor do progresso, do bem estar, da felicidade. E que, como reza o segundo caso, todos sejam informados, através de “uma boa publicidade” de tal procedimento por parte da maçonaria. Pois os “bons princípios” necessitam da “boa comunicação” para que sobrevivam e se desenvolvam.
A maçonaria nunca foi uma instituição voltada para dentro. Construtora de muros dentro dos quais escondesse o produto de sua ação. Foi e deverá ser sempre construtora de pontes através das quais pudesse levar o progresso e a felicidade aos muitos. Os aquedutos, os Palácios, os Mosteiros, as Catedrais são algumas provas disto. É verdade que há um procedimento para adoção de seus adeptos e uma pedagogia para formação dos mesmos. São procedimentos e pedagogia que só interessam aos que se “iniciam”, daí o caráter templário de sua transmissão. Mas a prática do saber maçônico, esta é de aplicação na comunidade. A Loja maçônica não é o limite. E sim a vertente.
Tiago, o apóstolo, com as suas missivas, criou uma escola. Ele ensinava não bastar possuir o sentimento do amor. Pois era preciso amar. Como a parábola do semeador. Não bastava possuir o diploma, era preciso sair a semear. E até parecia irritado com os que se contentavam apenas com a fé. Ele exigia mais e dava sentença aos que insistiam na limitação – “a fé sem as obras é coisa nula”.
Em nosso caso, é preciso, já, entusiasmar o maçom quanto ao exercício de sua função de Construtor Social. Pois “de que vale a fé sem as obras” ?
(Informabim 300 B)
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
INFORMABIM 299 A e B
DE COMO NÃO FRUSTRAR AS ESPERANÇAS
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Muitos leitores têm-me chamado a atenção para o fato de que as notícias sobre o ensino nas escolas do governo, veiculadas na mídia ao decorrer deste ano (2011) , só se referem ou dão destaque aos aspectos medíocres e a resultados malsucedidos, havendo implícita nesta apreciação, ao que percebo, uma perguntinha: - será que algo de bom não foi realizado?
É bom esclarecer que a imprensa dá a notícia do fato que acontece. Não o inventa. E o acontecimento, apresenta-o com a redação que lhe parece ser atraente ao leitor. Não tenhamos dúvida de que algo de bom tenha sido realizado, mas em percentual diminuto, a ponto de não se tornar uma evidência para grandes espaços..
Também estejamos certos de que a crítica à educação pública não tem sido feita para desestimular. Para afastar das tentativas do acerto. Ao reverso disto. Trata-se de uma forma de contribuir para as soluções, pois é preciso diagnosticar o mal, para, a partir daí, ser oferecido o medicamento na dose certa e no tempo devido, para o êxito da cura.
Aliás, reparando bem, a crítica tem sido por demais benevolente com a morosidade no encontrar dos novos caminhos para a melhoria da qualidade da educação, e até omissa, no que diz respeito à punição aos que permitiram nossa educação pública descer ao piso a que desceu, perante a conceituação internacional.
Outro dia, o Diário de Pernambuco – “jornal mais antigo em circulação na América Latina” – preencheu quase todo o espaço de sua 1ª página com a seguinte manchete: “EM CADA CINCO PESSOAS, UMA NÃO CONSEGUE LER ESTE JORNAL”. Por que? Por que não dispõe de meios financeiros para adquirir o exemplar? Por que odeia ler jornal? Nada disto. Simplesmente porque é uma pessoa analfabeta. Não lhe ensinaram a ler.
Mais de 19 milhões de jovens e adultos analfabetos.(E não estamos falando de analfabetos funcionais (39 milhões), nem os incluindo na manchete). Mais de 19 milhões de pessoas em que frustraram seus sonhos e lhe mataram as esperanças. Ora se “a vida é uma oficina de sonhos”,como ensinava Calderon de la Barca , então, quando falamos de analfabetos, chegamos, com o coração atordoado, aos versos de Castro Alves: são eles “mortos entre os vivos a vagar na terra”. Para reflexão: se o tirar de uma vida (e a vida é um bem que se não deve tirar) custa dezenas de anos de prisão ao malfazejo, qual a punição aos que matam os sonhos e as esperanças de 19 milhões de pessoas?
Os pontos que merecem reparo (e não são poucos) têm sido evidenciados nesta boa hora,em que tramita, na Câmara dos Deputados, projeto de lei sobre o PNE – Plano Nacional de Educação, diretrizes para um decênio que terminaria em 2020, mas que já perdeu um ano, dado que começaria sua vigência em 2011. Metas e meios que precisam de esclarecimentos e de acréscimos, de discussão popular, não somente no Congresso, mas também no seio da sociedade brasileira. É preciso ancorar esse Plano a uma lei conseqüente que estabeleça a responsabilidade educacional (instituindo punição para os omissos), do contrário o PNE vai ser apenas uma linda carta de intenções.
Desejo registrar que a maçonaria está atenta a estes justos reclamos pela melhoria de qualidade da educação pública brasileira e tem realizado fóruns, debates e assembléias gerais a esse respeito em vários pontos do Brasil, formulando sugestões que chegaram aos legisladores que trabalham o Plano no Congresso Nacional. Está convencida de que sem a educação não será possível alavancar a prosperidade de nosso País, como também entende ser a sua posse um tônico que impedirá a frustração dos sonhos e a exaustão das esperanças.
(Informabim 299 B)
Irm Antônio do Carmo Ferreira
Muitos leitores têm-me chamado a atenção para o fato de que as notícias sobre o ensino nas escolas do governo, veiculadas na mídia ao decorrer deste ano (2011) , só se referem ou dão destaque aos aspectos medíocres e a resultados malsucedidos, havendo implícita nesta apreciação, ao que percebo, uma perguntinha: - será que algo de bom não foi realizado?
É bom esclarecer que a imprensa dá a notícia do fato que acontece. Não o inventa. E o acontecimento, apresenta-o com a redação que lhe parece ser atraente ao leitor. Não tenhamos dúvida de que algo de bom tenha sido realizado, mas em percentual diminuto, a ponto de não se tornar uma evidência para grandes espaços..
Também estejamos certos de que a crítica à educação pública não tem sido feita para desestimular. Para afastar das tentativas do acerto. Ao reverso disto. Trata-se de uma forma de contribuir para as soluções, pois é preciso diagnosticar o mal, para, a partir daí, ser oferecido o medicamento na dose certa e no tempo devido, para o êxito da cura.
Aliás, reparando bem, a crítica tem sido por demais benevolente com a morosidade no encontrar dos novos caminhos para a melhoria da qualidade da educação, e até omissa, no que diz respeito à punição aos que permitiram nossa educação pública descer ao piso a que desceu, perante a conceituação internacional.
Outro dia, o Diário de Pernambuco – “jornal mais antigo em circulação na América Latina” – preencheu quase todo o espaço de sua 1ª página com a seguinte manchete: “EM CADA CINCO PESSOAS, UMA NÃO CONSEGUE LER ESTE JORNAL”. Por que? Por que não dispõe de meios financeiros para adquirir o exemplar? Por que odeia ler jornal? Nada disto. Simplesmente porque é uma pessoa analfabeta. Não lhe ensinaram a ler.
Mais de 19 milhões de jovens e adultos analfabetos.(E não estamos falando de analfabetos funcionais (39 milhões), nem os incluindo na manchete). Mais de 19 milhões de pessoas em que frustraram seus sonhos e lhe mataram as esperanças. Ora se “a vida é uma oficina de sonhos”,como ensinava Calderon de la Barca , então, quando falamos de analfabetos, chegamos, com o coração atordoado, aos versos de Castro Alves: são eles “mortos entre os vivos a vagar na terra”. Para reflexão: se o tirar de uma vida (e a vida é um bem que se não deve tirar) custa dezenas de anos de prisão ao malfazejo, qual a punição aos que matam os sonhos e as esperanças de 19 milhões de pessoas?
Os pontos que merecem reparo (e não são poucos) têm sido evidenciados nesta boa hora,em que tramita, na Câmara dos Deputados, projeto de lei sobre o PNE – Plano Nacional de Educação, diretrizes para um decênio que terminaria em 2020, mas que já perdeu um ano, dado que começaria sua vigência em 2011. Metas e meios que precisam de esclarecimentos e de acréscimos, de discussão popular, não somente no Congresso, mas também no seio da sociedade brasileira. É preciso ancorar esse Plano a uma lei conseqüente que estabeleça a responsabilidade educacional (instituindo punição para os omissos), do contrário o PNE vai ser apenas uma linda carta de intenções.
Desejo registrar que a maçonaria está atenta a estes justos reclamos pela melhoria de qualidade da educação pública brasileira e tem realizado fóruns, debates e assembléias gerais a esse respeito em vários pontos do Brasil, formulando sugestões que chegaram aos legisladores que trabalham o Plano no Congresso Nacional. Está convencida de que sem a educação não será possível alavancar a prosperidade de nosso País, como também entende ser a sua posse um tônico que impedirá a frustração dos sonhos e a exaustão das esperanças.
(Informabim 299 B)
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