quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

INFORMABIM 384 (A e B)


RENOVANDO COMPROMISSO

Irm Antônio do Carmo Ferreira

 

Há poucos dias houve  mudança no Ministério da Educação. O Ministro cearense foi substituído por um de São Paulo. No intervalo da substituição, e de ordem da Presidente da República, a educação sofreu corte de centenas de milhões de reais nos recursos financeiras que lhe haviam sido destinados conforme o orçamento para 2015. Baita de uma surpresa para a nação brasileira, quando esta por destinação da própria Presidente havia, meses antes, em sua posse, recebido o slogan de ser uma “Pátria educadora”.

Mas não é pela causa (que não sei nem desejo saber) da troca de Ministros que me motivo a escrever este artigo. Faço-o para lembrar o estado em que se encontra a educação no País, situação aliás de todos conhecida, mas que vale a pena lembrar, somos forçados a trazer a lume sempre, sobretudo quando o setor educacional do governo federal perde grande fatia dos meios financeiros destinados a seus projetos de melhoria de qualidade.

Outro dia, conheci um dos mais perfeitos diagnósticos das carências  do ensino no Brasil, apresentado pelo Magnífico Reitor da Uninassau, o doutor Janguiê Diniz, no qual aponta três itens, dos quais não podemos esquecer, ao contrário devemos estar atentos para os mesmos e exigir com a maior urgência o empenho do governo a sua solução, pois são carências que clamam por solução iminente..

“Diminuição do analfabetismo – cerca de 10% da população brasileira é analfabeta, sem contar nos 30 milhões de analfabetos funcionais. Melhoria do ensino básico, com a diminuição da evasão, da repetência e da ampliação da qualidade considerada péssima. Ampliação de vagas no ensino superior, pois apenas 15% da população com idade universitária, de 18 a 24 anos, estão nas universidades, um dos piores índices do mundo” (JC, Recife, 17/04/2015).

A maçonaria tem insistido no grito que chama a atenção para esse estado de descaso em que se encontram o ensino e a educação. Seus Grão-Mestres não perdem oportunidade de alertar o povo e as autoridades para isto. Recentemente, o doutor Tadeu Drago, Grão-Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, sintetizando o pensamento de todos os seus pares, disse assim:

“A educação, no mundo profano ou entre nossas colunas é, e sempre será, o principal meio de transformação do homem e da sociedade. Um povo instruído deixa de ser presa fácil para os vampiros sociais e passa a ser capaz de escolher com clareza e segurança o melhor caminho a seguir. Maçons bem preparados e conscientes da importância de seu papel no meio social qualificam-se como lideranças capazes de colaborar de forma eficiente com as transformações exigidas pela sociedade, consciente de que essa é efetivamente a nossa missão”. (Revista O Delta, GORGS, n.02/2015)

Alastra-se no Brasil um costume dos piores: faltar com a honra aos compromissos assumidos pelos políticos em tempo de campanha eleitoral, enganando-se os eleitores, fazendo-os manadas de búfalos. Veio o PNE 2. Mas o que está sendo o PNE 2? Alertava  Raul Henry, então Deputado Federal, hoje Vice-Governador de Pernambuco e maçom da COMAB: “PNE 2 sem uma lei de Responsabilidade Educacional será apenas uma carta de intenção” Raul Henry, um teleólogo! Recursos financeiros para educação não eram para ser cortados, ao contrário devem ser aumentados. O corte é pra ser denunciado e julgado, pois encaminha à morte o futuro do Brasil. Mas cadê a lei de responsabilidade educacional que define o crime e a punição?

Esquecer não devemos. Ninguém, nem o Estado, nem a Família, nem as Instituições. A “Educação é um direito de todos” como nos garante a Constituição Federal. Portanto torná-la ao alcance de todos, e disto cada um seja sabedor, é um compromisso que ora estou apenas renovando.

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