RENOVANDO
COMPROMISSO
Irm
Antônio do Carmo Ferreira
Há poucos dias
houve mudança no Ministério da Educação.
O Ministro cearense foi substituído por um de São Paulo. No intervalo da
substituição, e de ordem da Presidente da República, a educação sofreu corte de
centenas de milhões de reais nos recursos financeiras que lhe haviam sido
destinados conforme o orçamento para 2015. Baita de uma surpresa para a nação
brasileira, quando esta por destinação da própria Presidente havia, meses
antes, em sua posse, recebido o slogan de ser uma “Pátria educadora”.
Mas não é pela
causa (que não sei nem desejo saber) da troca de Ministros que me motivo a
escrever este artigo. Faço-o para lembrar o estado em que se encontra a
educação no País, situação aliás de todos conhecida, mas que vale a pena
lembrar, somos forçados a trazer a lume sempre, sobretudo quando o setor
educacional do governo federal perde grande fatia dos meios financeiros
destinados a seus projetos de melhoria de qualidade.
Outro dia,
conheci um dos mais perfeitos diagnósticos das carências do ensino no Brasil, apresentado pelo Magnífico
Reitor da Uninassau, o doutor Janguiê Diniz, no qual aponta três itens, dos
quais não podemos esquecer, ao contrário devemos estar atentos para os mesmos e
exigir com a maior urgência o empenho do governo a sua solução, pois são
carências que clamam por solução iminente..
“Diminuição do
analfabetismo – cerca de 10% da população brasileira é analfabeta, sem contar
nos 30 milhões de analfabetos funcionais. Melhoria do ensino básico, com a diminuição
da evasão, da repetência e da ampliação da qualidade considerada péssima.
Ampliação de vagas no ensino superior, pois apenas 15% da população com idade
universitária, de 18 a 24 anos, estão nas universidades, um dos piores índices
do mundo” (JC, Recife, 17/04/2015).
A maçonaria tem
insistido no grito que chama a atenção para esse estado de descaso em que se
encontram o ensino e a educação. Seus Grão-Mestres não perdem oportunidade de
alertar o povo e as autoridades para isto. Recentemente, o doutor Tadeu Drago,
Grão-Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, sintetizando o pensamento
de todos os seus pares, disse assim:
“A educação, no
mundo profano ou entre nossas colunas é, e sempre será, o principal meio de
transformação do homem e da sociedade. Um povo instruído deixa de ser presa
fácil para os vampiros sociais e passa a ser capaz de escolher com clareza e
segurança o melhor caminho a seguir. Maçons bem preparados e conscientes da
importância de seu papel no meio social qualificam-se como lideranças capazes
de colaborar de forma eficiente com as transformações exigidas pela sociedade,
consciente de que essa é efetivamente a nossa missão”. (Revista O Delta, GORGS,
n.02/2015)
Alastra-se no
Brasil um costume dos piores: faltar com a honra aos compromissos assumidos
pelos políticos em tempo de campanha eleitoral, enganando-se os eleitores,
fazendo-os manadas de búfalos. Veio o PNE 2. Mas o que está sendo o PNE 2?
Alertava Raul Henry, então Deputado
Federal, hoje Vice-Governador de Pernambuco e maçom da COMAB: “PNE 2 sem uma
lei de Responsabilidade Educacional será apenas uma carta de intenção” Raul
Henry, um teleólogo! Recursos financeiros para educação não eram para ser
cortados, ao contrário devem ser aumentados. O corte é pra ser denunciado e
julgado, pois encaminha à morte o futuro do Brasil. Mas cadê a lei de
responsabilidade educacional que define o crime e a punição?
Esquecer não
devemos. Ninguém, nem o Estado, nem a Família, nem as Instituições. A “Educação
é um direito de todos” como nos garante a Constituição Federal. Portanto torná-la
ao alcance de todos, e disto cada um seja sabedor, é um compromisso que ora
estou apenas renovando.
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