DUAS PEQUENAS HOMENAGENS.
GRANDES MERECIMENTOS
Irm Antônio
do Carmo Ferreira
Realçam, no calendário de outubro, duas datas muito
significativas: o dia 12, reservado às crianças; e o dia 15, aos professores. Cada
um presta as homenagens que aguçam em
seus sentimentos ou que as condições lhe favorecem. Nas escolas, nos parques, em todos os lugares,
há sempre uma lembrança, uma festa, e até reclamações por não serem tratados
conforme merecem, tanto nossas crianças,
como nossos mestres.
Com referência às crianças, eu mesmo gostaria que as
suas famílias fossem beneficiadas com as possibilidades de dar-lhes a devida
educação, preparando-as não só para o
exercício da cidadania, mas também para a prática do amor ao próximo. Seria uma visão daquela
cantiga de roda, com que, tempos atrás, muito se alegrou a criançada: pavimentar de brilhante a rua por onde elas
haveriam de passar.
E no tocante
aos professores ? A eles não somente a
consideração e o respeito, mas em realce o reconhecimento por sua dedicação, por
sua fidelidade ao compromisso de educador, por seu merecimento a pelo menos uma
remuneração com que possa manter sua família e custear a atualização do
conhecimento às exigências do hodierno. Temos que aprender a aprender. E o
mestre é quem nos disponibiliza tal ferramenta. Nesses tempos da rapidez na
evolução tecnológica que se inicia precisamente no campo da formação dos
recursos humanos, seja na pesquisa, seja na engenharia da produção, o professor
é um ser de permanente retorno à escola e a que tudo antecede. É preciso, pois,
favorecê-lo com essas condições. Queria muito que nesse dia 15, ao desejar um
bom dia aos professores, esse “bom” viesse carregado do início das realidades a
que nos reportamos.
Além das homenagens gerais prestadas em todos os cantos
que, por maiores que sejam, ainda as acho pequenas diante dos grandes merecimentos
dos mestres e das crianças, quero convidar o leitor para as duas homenagens que
ouso prestar nesta coluna.
Uma ao professor Jayse Antônio Ferreira, escolhido o
melhor professor brasileiro do ensino médio, disputando com 6.808 concorrentes,
não importando as condições adversas da região – o Nordeste - e do índice de
desenvolvimento humano local – Itambé - em que exerce o magistério, mas que
foram superados pela dedicação ao ensino, pelo amor à sua vocação, pela
abnegação e vontade de realizar – “uma lição ao Brasil”, como bem ressaltou o
Jornal do Comércio em seu editorial de 22/12/2014. Minha homenagem a esse
mestre admirável!
A outra homenagem se presta à professora Helley de
Abreu Batista. A ela que deu a vida pelas crianças. Na manhã do dia 5, na
semana anterior ao Dia da Criança, quando a mão da crueldade ateara fogo à
creche em que trabalhava, em Janaúba, Minas Gerais, a professora Helley morreu,
lutando contra o fogo e o malfeitor, na busca de salvar os seus alunos.
Sacrificou a vida em defesa das crianças. “Uma verdadeira heroína”, consagrou-a
o Diário de Pernambuco em reportagem de 09/10/2017. Oh Santa Helley! Rogai a
Deus pela educação no Brasil!
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