quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

INFORMABIM 438 (A e B)



UMA MÃE NEM TÃO CONTENTE
Irm Antônio do Carmo Ferreira


Sete de setembro com um sol da manhã clareando tudo em todos os recantos do Brasil. Desfiles de militares e de jovens estudantes. Garbosos, com seus caprichados uniformes, apresentando-se nas principais avenidas sob os aplausos do povo. O Brasil merece. Enfim é o dia recordativo de nossa Independência. O Dia da Pátria. “A Mãe gentil”.
Sete de setembro de 1822, vale lembrar, é um capítulo final na história de nossa maioridade política. Antes, cinco anos, em Seis de Março de 1817, em Pernambuco, já se havia iniciado uma Revolução nesse sentido. A República implantada, com sua Constituição, seu Presidente e Ministério, universidade, justiça gratuita, abolição da escravatura, liberdade religiosa e de imprensa. Sacrifícios de muitas vidas em 75 dias de sonhos, que se foram, mas por pouco tempo, porquanto cinco anos depois, nossa Independência se tornava definitiva.
O Grito da Independência às margens do Ipiranga teve um registro especial no poema composto por Evaristo da Veiga  e a ele se deu música da autoria de Dom Pedro de Alcântara. Nesse Hino da Independência se convoca a “brava gente brasileira a ver contente  a  Mãe  gentil”.  Agora,  convém

examinar se realmente o objetivo daquela convocação está sendo respeitado em nossos dias! Porquanto um estado assim de tanta felicidade não deveria ser apenas daquela geração, mas de todas as outras que àquela sucedessem.
Todavia o que hoje se constata é muito diferente. Com 13 milhões de desempregados e seus familiares, por consequência, empurrados para as maiores dificuldades.
Uma educação pública avaliada, como medíocre, pelos índices internacionais, quando de sua competência depende o desenvolvimento do País.
A economia da produção estagnada sem estímulo para o crescimento, faltando-lhe não somente o encorajamento aos empreendedores, mas também a ênfase na firme decisão da escola voltada para o ensino profissionalizante que qualifica a mão de obra e favorece o seu emprego.  
E da segurança e da saúde não precisa falar, pois estão na mesma trilha das muitas carências.
Nas comemorações do 7 de Setembro, neste ano, viva a Pátria! Viva o Brasil! Sem esquecermos, contudo, de que a “Mãe” continua muito “gentil”, mas, “contente”, decerto que nem tanto.

 





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