quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

INFORMABIM 435 (A e B)



SEMPRE COMBATENDO O BOM COMBATE
Irm Antônio do Carmo Ferreira


           O Sistema Jornal do Comércio de Comunicação, recentemente, convocou a sociedade,  para um Seminário sobre “Educação, Emprego e Futuro”. O seu Presidente, ele mesmo, em entrevista de página inteira ao JC, mostrou os caminhos que desejava fossem palmilhados na análise do tema proposto.
A importância da sugestão e a urgência de mudanças nela constatada foram entendidas, de pronto, a se ver com a presença do Ministro da Educação – Mendonça Filho, do Secretario de Educação – Frederico Amâncio, do ex Reitor da UFPE e diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna – Mozart Neves e de muitas outras autoridades e especialistas no assunto, que se encontraram,  expuseram suas idéias, sugeriram soluções.
A formação do brasileiro para a cidadania e a qualificação para o trabalho, nada obstante seu destaque, na letra da Constituição Federal vigente, como direito de todos, não têm alcançado os níveis exigidos para o desenvolvimento de nosso País. Fala-se até que os recursos orçamentários destinados à educação têm crescido nesses anos recentes, mas a qualidade da educação, no geral, não corresponde. Os índices de avaliação, na comparação internacional, nos colocam em grau de mediocridade e revelam uma juventude brasileira carente de conhecimento, portanto  ainda distante das condições para competir com êxito, e sem largada para acompanhar  a velocidade com que o mundo moderno se desloca.
Em foco, um cuidado especial com a formação do professor. Família e  professor antecedem a educação e o ensino. A família, em seu seio, forma o cidadão. Se isto não acontece, a rua deforma. Na escola, o ensino, a qualificação para o trabalho. Mas a escola
não é bastante sem o professor. Ele é peça fundamental na qualificação da escola. Daí o grande e devido cuidado  para com o mestre: sua formação, seu aperfeiçoamento, sua atualização, e sua conseqüente adequada remuneração. Como está é que não pode ficar, pois até a quantidade de inscrições nos vestibulares às carreiras do magistério vem diminuindo a cada ano. O que decerto mostra o desprestígio com que o setor governamental vem cuidando dos profissionais da educação. Triste, é muito triste ver, como o governo se mostra de pouca sensibilidade para com a sorte do magistério, mestres mal pagos e até maltratados ... Telefonem para a casa de um professor e obterão a sábia resposta – “ele foi dar aula”. Sim, com a remuneração que recebe, a resposta certa é essa mesma: foi dar aula.
É preciso estar atento com o futuro. O amanhã é o tempo dos robôs, da substituição dos humanos ou de sua exigente qualificação. Muitas das atuais profissões estão com os dias contados. Enquanto outras de que nem cogitamos, já se acham em gestação. O melhor mesmo é já irmos nos acostumando com a ideia do retorno à escola, sendo que muito antes estará a adequação dos mestres ao preparo desse “mundo novo” que, se dormirmos no ponto, não será “maravilhoso”.
Cumprimentos ao Sr João Carlos Paes Mendonça pela iniciativa. Que seja bem sucedido nesse empreendimento, como aliás tem sido em todos os seus projetos, pela honestidade de propósitos e admirável competência com que os faz.  “Educação, Emprego e Futuro” merece a atenção do governo, embora isto não seja bastante, e, aí sim, o engajamento de todos que, como o Sr João Carlos Paes Mendonça, desejam o progresso do Brasil e a felicidade de seu povo.

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