SEMPRE COMBATENDO O BOM COMBATE
Irm Antônio do Carmo Ferreira
A importância da
sugestão e a urgência de mudanças nela constatada foram entendidas, de pronto,
a se ver com a presença do Ministro da Educação – Mendonça Filho, do Secretario
de Educação – Frederico Amâncio, do ex Reitor da UFPE e diretor de articulação
e inovação do Instituto Ayrton Senna – Mozart Neves e de muitas outras
autoridades e especialistas no assunto, que se encontraram, expuseram suas idéias, sugeriram soluções.
A formação do
brasileiro para a cidadania e a qualificação para o trabalho, nada obstante seu
destaque, na letra da Constituição Federal vigente, como direito de todos, não
têm alcançado os níveis exigidos para o desenvolvimento de nosso País. Fala-se
até que os recursos orçamentários destinados à educação têm crescido nesses
anos recentes, mas a qualidade da educação, no geral, não corresponde. Os
índices de avaliação, na comparação internacional, nos colocam em grau de
mediocridade e revelam uma juventude brasileira carente de conhecimento,
portanto ainda distante das condições
para competir com êxito, e sem largada para acompanhar a velocidade com que o mundo moderno se
desloca.
Em foco, um
cuidado especial com a formação do professor. Família e professor antecedem a educação e o ensino. A
família, em seu seio, forma o cidadão. Se isto não acontece, a rua deforma. Na
escola, o ensino, a qualificação para o trabalho. Mas a escola
não é bastante sem o professor. Ele é
peça fundamental na qualificação da escola. Daí o grande e devido cuidado para com o mestre: sua formação, seu aperfeiçoamento,
sua atualização, e sua conseqüente adequada remuneração. Como está é que não
pode ficar, pois até a quantidade de inscrições nos vestibulares às carreiras
do magistério vem diminuindo a cada ano. O que decerto mostra o desprestígio
com que o setor governamental vem cuidando dos profissionais da educação.
Triste, é muito triste ver, como o governo se mostra de pouca sensibilidade
para com a sorte do magistério, mestres mal pagos e até maltratados ...
Telefonem para a casa de um professor e obterão a sábia resposta – “ele foi dar
aula”. Sim, com a remuneração que recebe, a resposta certa é essa mesma: foi dar aula.
É preciso estar
atento com o futuro. O amanhã é o tempo dos robôs, da substituição dos humanos
ou de sua exigente qualificação. Muitas das atuais profissões estão com os dias
contados. Enquanto outras de que nem cogitamos, já se acham em gestação. O
melhor mesmo é já irmos nos acostumando com a ideia do retorno à escola, sendo
que muito antes estará a adequação dos mestres ao preparo desse “mundo novo”
que, se dormirmos no ponto, não será “maravilhoso”.
Cumprimentos ao
Sr João Carlos Paes Mendonça pela iniciativa. Que seja bem sucedido nesse
empreendimento, como aliás tem sido em todos os seus projetos, pela honestidade
de propósitos e admirável competência com que os faz. “Educação, Emprego e Futuro” merece a atenção
do governo, embora isto não seja bastante, e, aí sim, o engajamento de todos
que, como o Sr João Carlos Paes Mendonça, desejam o progresso do Brasil e a
felicidade de seu povo.
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