sábado, 9 de fevereiro de 2019

INFORMABIM 469 (A e B)



É costume, nos fins de ano, a mídia ocupar grandes espaços com as retrospectivas, isto é, referências ao que foi feito do todo que estava projetado. Sempre quase nada. E, às vezes, com frágeis justificativas, ao que deixou de ser realizado. Não gosto de falar sobre essas coisas, ou seja: o olhar pelo retrovisor. O ônibus do tempo,  na velocidade que o hodierno lhe põe à disposição, e o motorista conversando com os passageiros  ...
Prefiro especular sobre o mais adiante. Especialmente, agora, no fim deste ano, em que a nação brasileira se veste de esperança com o advento de uma nova gestão, que se inicia daqui a pouco. Prefiro olhar na direção que os faróis indicam.  Todavia não é possível esquecer a herança. Não para ficar lambendo as feridas, mas para, em não na esquecendo, encontrar soluções para ela. Minha expectativa, que entendo ser a de todos os brasileiros, é grande nesse sentido.
A corrupção é um vício, dos mais cruéis, que está no acervo herdado.  E “a mãe de todos os vícios”, meus leitores, “é a ignorância”,  afirma isto, em espaço nobre, uma das mais respeitadas instituições mundiais, a Maçonaria. E tamanha é sua preocupação com a nefasta corrosão proporcionada aos costumes pela ignorância que inclui em sua doutrina e exige de seus quadros o permanente combate a esse mal, mediante o antídoto da educação.
O novo governo se elegeu, defendendo, entre muitas bandeiras, as do combate à corrupção e do estímulo à reocupação de 13 milhões de brasileiros ora desempregados, o que muito tem a ver com a ênfase na  educação de todos, para isto exigindo-se da  família maior atenção para com os bons costumes de cidadania de seus integrantes e, do governo, o resgate do compromisso que lhe cabe por força constitucional (artigo 205 da CF), de preparar

as pessoas para o exercício do trabalho.
A realização dessas tarefas demandará grande esforço e muita competência, não havendo resultado positivo apenas “sonhando, mas pelejando”, enfrentando, empreendendo. Faz-se necessário e urgente um melhor trato para com os profissionais do ensino. Dignidade e respeito ao mestre, além de favorecer-lhe com os meios para sua atualização e aperfeiçoamento, se realmente desejamos investir no amanhã. Todos têm que estar focados nas exigências do futuro e despertar em seus alunos  a atenção  para isto. Comentam que dois terços desses jovens que ora estão no ensino médio irão para um mercado de trabalho, cujas funções ainda sequer foram inventadas.
O incentivo do governo ao setor industrial para geração de empregos será de grande valia, com vistas às possibilidades de ocupação dos 13 milhões de desempregados, contudo convém lembrar que não será fácil a reocupação, pois milhões de postos de trabalho foram extintos porque as funções deixaram de existir, seja porque o produto saiu de mercado, seja porque o robô substituiu o braço humano. E o empresário tem sua láurea não na caridade que faz, porém no lucro que obtém no giro de seus negócios.
Então voltemos à ênfase na qualidade educacional, não somente oferecendo a escola de tempo integral e profissionalizante, para que o jovem ao terminar seu curso médio já esteja preparado para o trabalho, mas também elevando o seu conhecimento ao nível das exigências competitivas internacionais, onde hoje padece de medíocre posição.
O ano que começa amanhã está chegando vestido de esperança, mas para que sejam mínimas as frustrações, é de boa geometria não perder o rumo que os faróis indicam.
*) Jornalista com  registro no MTPS sob nº 5565/PE.


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