Ensinaram-me que
a inovação vem da pesquisa e que sem a inovação não se chegará a essas novas
fronteiras tecnológicas demarcadoras do progresso, do qual se espera trazer o
bem estar de que tanto carece a humanidade. A maçonaria, instituição da qual
tenho a honra de pertencer, ensina que “tanto
é mais adiantado o homem, quanto mais pode haurir dos segredos da natureza e
empregar suas descobertas (decorrentes da pesquisa) em benefício da humanidade; e é nisso que está a importância das
ciências e das artes, cujo desenvolvimento, nós maçons devemos estimular por
todos os meios ao nosso alcance”.
O Brasil precisa
racionar assim. Atuar sobre o caos em que se encontra, implantando uma nova
ordem, qual seja a do progresso e bem
estar do seu povo. Trato desse assunto, a propósito do que a mídia impressa tem
divulgado sobre corte dos recursos que o orçamento destinava para pesquisa, num
tempo em que precisamos do inverso, isto é, aumentar os recursos financeiros
para esse fim. Leiam como a mídia comentou o assunto, pedindo até a intervenção
divina, para que tal não acontecesse: “Veja
o tamanho da tragédia que ocorreu com os recursos da ciência brasileira – o
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal fonte de
financiamento da ciência e da tecnologia no Brasil, já chegou a dispor de R$5,1
bilhões. Isto foi em 2014. Agora, vai entrar em 2018 com apenas 1,1 bi.” (Jornal do
Commercio 29.12.2017)
Dessa maneira,
parece anunciar-se um atestado de que desistimos de ser um “país em
desenvolvimento”, como temos divulgado perante o primeiro mundo. Ou estamos
adiando o “futuro” colocado, no
século passado, no título do livro
“Brasil, um país do futuro”. Temos que investir, temos que favorecer a “cultura
do investimento”, sem o que não iremos sair jamais desse estado de pobreza,
tornando o “futuro” cada vez mais distante.
Recentemente, um
jornalista brasileiro, voltando de visita aos Estados Unidos, onde esteve
a convite do Ministério do Exterior, para conhecer o cenário local de
empreendedorismo e inovação, se disse impressionado com que o pôde constatar. “Mesmo fora do palco principal das empresas
de tecnologia, conheci aceleradores e investidores que dispunham de algumas
centenas de milhares de dólares para cada negócio nascente.” Mas não se
conteve com a frustração do que, ao seu retorno, presenciou, cá, entre nós: “li sem
surpresa o resultado da pesquisa realizada pelo Sebrae, que apontou que cerca de
30% das startups participantes do programa Inovativa Brasil, do governo
federal, fecharam as portas”.
Há muita gente
apresentando-se para dirigir o País, nesse tempo de eleição. Cargos com grandes
salários, prestígio, deferências ... impunidade. Mas plano de governo, nada. Educação, saúde,
segurança, pesquisa, inovação, novas fronteiras tecnológicas, intransigência e
severidade na punição a criminosos, estancamento da corrupção, disso nem se
fala. Parece que desenvolvimento, progresso, bem estar do povo ficam no aguardo
do retorno de um Moisés e de seu prestígio junto ao Altíssimo: pois, ao que
deixam entender, tudo isso é “maná” que vem do céu.
Com recursos
minguados, dirigentes!, progresso emperrado.
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