O PNE CHEGA AO SENADO
Irm Antônio do Carmo Ferreira
“A educação é um direito de todos”, reza a Constituição
Federal (Art.205) que na mesma passagem, alerta para quem tem a obrigação de
proporcioná-la: “o Estado e a Família” E.para que não haja diversidade de
entendimento, quando se trata de seu objetivo, estabelece a Carta Magna, no
mesmo artigo (in fine) que a destinação é preparar a pessoa “para o exercício da cidadania” e
qualificá-la “para o trabalho”. O PNE 2 aponta as metas e condiciona os meios
para a consecução das mesmas durante esta década. Digamos, como se disse do plano anterior: fixa
“as diretrizes e bases da educação”
Então, com toda esta expectativa, o PNE chega ao Senado,
mais precisamente à sua Comissão de Educação, Cultura e Esportes. No entanto
não se espere que seja imediata sua tramitação, pois os Senadores, no momento,
estão envolvidos com as eleições municipais, por isso o cronograma de análise,
na Alta Casa do Congresso, não começará, senão no fim de outubro. Contudo, para quem já perdeu quase dois anos,
esperar, mais um mês, vem a ser muito pouco.
No Senado, acredita-se que o grande embate se dará em torno
da meta 20 do PNE 2 ou seja da alocação de recursos financeiros para o custeio
e os investimentos demandados pela educação pública no decênio que, na mensagem go-
vernamental,
comprometia, no mínimo, 7% do PIB, e a Câmara, acolhendo sugestão dos especialistas e profissionais do
ramo, elevou para 10%. A Meta 20 teve, inicialmente, a seguinte redação:
“Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no
mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do país”
A majoração de 7 para 10% do PIB contou com o apoio do Relator
do projeto de lei na Comissão de Educação e Cultura, Deputado Federal Ângelo
Vanhoni (PT/PR), atendendo a sugestão da sociedade organizada, onde se inclui a
maçonaria da COMAB. O Sr Ministro da Educação, Senador Mercadante, desde sua
posse no Ministério, refere-se a esse suporte de 10% e vê a possibilidade complementar
no “uso dos royalties do petróleo”.
Corre também a
notícia de que o próprio Executivo federal ampara a emenda do Relator, isto é,
a decisão dos 10% do PIB, e, para isto, valer-se-ia de “50% do dinheiro do
fundo social do pré-sal”. As lideranças maçônicas que tenho escutado, também
entendem assim.
Aliás a Maçonaria, justiça seja feita, não tem faltado com
o seu grito nesta grande luta em favor da melhoria da qualidade da educação
pública. É a sua destinação: combater permanentemente a ignorância, “por ser
ela a mãe de todos os vícios”. E a Maçonaria tem feito isto, sem descanso e
mais intensamente com a remessa do PNE 2 à Câmara, identificando as
fragilidades educacionais e sugerindo medidas para superá-las. Recentemente, na
cidade do Recife, patrocinou audiência pública com brilhante palestra do
Deputado Relator do projeto de lei sobre a Responsabilidade Educacional,
perante um grande auditório vivamente interessado e motivado. A Maçonaria, pelo
que me consta, estará indormida e atuante, enquanto o PNE 2 chega ao Senado e nele sejam discutidos os detalhes finais, que precedem sua última estação – a sanção presidencial.(Informabim 317 B)
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