TENTANDO
RETIRAR O “S”DA CRISE
Irm
Antônio do Carmo Ferreira
A
humanidade brasileira está muito perturbada. Uma ilha cercada por um mar de
vicissitudes por todos os lados. Pior ainda é que essas mazelas avançam nas
contaminações, colocando todos contra todos, cada um querendo se salvar,
exacerbando a intolerância, parecendo um regresso aos tempos do Leviatã de
Thomas Hobbes em que “o homem era o lobo do homem”.
Parou
tudo. Menos o desgaste que se danou a crescer. Não se fala em prosperidade,
tampouco em amor à Pátria. Só se fala que fulano tem graves defeitos e
beltrano, mais ainda. E eles lutam por escapar das garras da difamação. Nas
repartições, nas praças, no Congresso, os planos têm a ver com a salvação
pessoal. Mas nacional, nenhum plano. Não importam o desemprego, a inflação, a
queda da produção, a mediocridade da educação, nem como nos vêem os do
Exterior. De repente é aquela história:
“cada um por si, Deus por alguns e o diabo por todos.” Candidato não falta para
a ocupação do poder. É “uma luta renhida” para chegar lá. Mas cadê o projeto
para a retomada do desenvolvimento brasileiro? Nisso não se fala. Foge-se disso
com maior velocidade que, segundo Ferreira de Catuama, “o
diabo foge da cruz”.
Entendo
que já ultrapassamos o tempo de construção da crise. Isto só tem deixado
prejuízo e sofrimento para a Nação brasileira. Que venha, agora, e já, o tempo de se retirar o S da crise. É urgente
que se crie um modo de operar a prosperidade do País. Cada um ponha a mão na
consciência, especialmente os que ainda não se contaminaram. Vamos pensar na
colheita, pois que não será diferente do que for semeado, como inspira o
apóstolo Paulo em Carta aos Gálatas.
De
minha parte, sugiro não esquecerem a educação, ressaltando as diretrizes
estabelecidas pela Lei 13.005, de 25/06/2014, que aprovou o PNE, vigente até
2024. “Erradicar o analfabetismo; universalizar o atendimento escolar; melhorar
a qualidade da educação: formar para o trabalho e para a cidadania, com ênfase
nos valores morais e éticos; superar as desigualdades educacionais, com ênfase
na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
promover o princípio da gestão democrática na educação pública; e a promoção
humanística, científica, cultural e tecnológica do País.”
É
preciso dar um freio nessa história dos interesses pessoais. Antes de tudo está
a Pátria, estão os interesses nacionais. E para isto se torna necessário que o
Brasil triplique os investimentos em educação, assuma a responsabilidade
educacional, “de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB brasileiro
no 5º ano de vigência do PNE e o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio,
isto é, em 2014”.
Lembremos
as idéias de Sua Santidade Paulo VI, em sua encíclica Populorum Progressio, “o
desenvolvimento é o novo nome da paz”, portanto sem o exercício da virtude da
tolerância e da paz entre as pessoas vai ser impossível a consecução do
progresso, que encontra suas raízes na educação. Então retire o S da crise, que
paralisa e destrói. Crie.
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