" A Revolução de Pernambuco
em 1817, bem que mui pouco durasse, fará sempre época nos anais do Brasil.
Tempo virá em que o dia seis de
março, no qual ela foi efetuada, será para todos os brasileiros um dia de festa
nacional.
Pernambuco já se tinha assaz
ilustrado na sanguinolenta luta, que por longo decurso de anos, desprovido de
meios, abandonado a si só, valorosamente sustentara contra uma das mais
poderosas nações marítimas da Europa, defendendo a sua honra, o seu território,
a despeito das reiteradas ordens do tímido Bragança.
Com a Revolução indicada,
conquistou imprescritível direito à veneração dos amigos da liberdade. Estes
não poderão esquecer jamais que foi essa província, quem primeiro deu o sinal
ao Brasil de ter chegado o momento tão suspirado de entrar no gozo dos bens
imensos, que a cobiça portuguesa, por espaço de três séculos, extorquia.
Foi ela quem lhe apresentou a
grande Carta de emancipação civil e política, e mostrou com o exemplo a maneira
de possuí-la.
Desgraçadamente não foi seguida,
sucumbiu; mas não pereceu o germe plantado e regado com o sangue dos seus
mártires que em tempo oportuno frutificou e não deixará de crescer com
vigor".
(Muniz Tavares, em História da
Revolução de Pernambuco de 1817, pág 28, edição do Governo do Estado de
Pernambuco, 1969, com vasta anotação do historiador Oliveira Lima.) Foto: Pág. 35, obra citada.
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