quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

INFORMABIM 277 A e B

NECESSIDADE DE MAIS ENVOLVIMENTO (Informabim 277 B)



Ir Antônio do Carmo Ferreira

Em análise recentemente publicada no Diário de Pernambuco, sua editoria política faz um alerta sobre a indiferença do povo quanto à qualidade da educação que se pratica no Brasil. Não é que se ignore esse estado de inferioridade em relação a outras nações, pois a mídia tem alardeado isto. É que a população talvez ainda não se tenha dado conta de que é ela mesma a grande prejudicada. A permanecer assim, a pobreza é o destino, conquanto sem educação não haverá desenvolvimento, tampouco suas conseqüências, como o aumento da empregabilidade dos jovens, a redução da desigualdade da renda, a promoção da mobilidade social e da cidadania, etc.

É parte do texto da análise publicada:
“Há grandes queixas da população contra o estágio do sistema de saúde que é oferecido ao brasileiro, mas não há protestos veementes e da mesma forma com o que acontece com a educação. O Brasil ocupa um dos piores lugares no ranking internacional na área educacional, todo mundo sabe disso, mas esta é uma questão que todos os governos empurram com a barriga, mantendo-se apenas no discurso, mas ninguém vê grandes movimentos contra a qualidade do ensino no Brasil”. (DP, 25.12.2010)

Não faz uma semana, o Presidente da República recebeu de seu Ministro, a quem está confiada a área da Educação, o projeto que estabelece as metas e oferece os meios de um Plano Decenal para a Educação. O projeto será encaminhado ao Congresso, onde receberá emendas e contribuições, ao término do que será convertido em Lei, para vigorar no período 2011-2020.

Dez metas e 10 diretrizes compõem a parte medular do projeto. Os títulos indicativos das diretrizes são: “1)Erradicação do analfabetismo; 2)Universalização do atendimen-to escolar; 3)Superação das desigualdades edu-cacionais; 4)Melhoria da qualidade do ensino; 5)Formação para o trabalho; 6)Promoção da sustentabilidade sócio-ambiental; 7)Promoção humanística, científica e tecnológica do país; 8)Estabelecimento de meta de aplicação dos recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto (pib) ; 9) Valorização d o s p r o f i s s i o n a i s d a e d u c a ç ã o;  10)Difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação.(DP, 16.12.2010)


O plano está cheio de boas intenções. Visa a erradicar o analfabetismo, a prestigiar os educadores, a formar para o trabalho enfatizando a ciência e a tecnologia, a melhorar a qualidade do ensino. Propõe-se a elevar os gastos públicos com a educação até 7% do PIB, e abre espaço, no que chama de “gestão democrática da educação”, para que o povo acompanhe a execução do Plano. As “metas” dão maior evidência e mostram detalhes do documento governamental. É preciso conhecer esses detalhes e seus pormenores, além do que se deva dar grande atenção à tramitação do projeto, fase em que os lobistas costumam influenciar, para incluir seus interesses que nem sempre são os interesses do povo.

Nossa luta, agora, deverá ser nesse sentido: 1) despertar o povo para a urgente necessidade da melhoria da educação, sem o que vamos continuar na pobreza e na miséria; 2) chamar a atenção do povo para o seu direito à educação, uma garantia constitucional, sendo por isto um direito assegurado a todos e não somente a alguns, mas que isto não é como o “maná caído no deserto”, depende de nosso grito; 3) conhecer o projeto governamental em sua inteireza; 4) acompanhar sua tramitação no Congresso, na expectativa de barrar emendas daninhas aos interesses da comunidade, pois são ideais da Maçonaria o combate sem trégua à ignorância (mãe de todos os vícios) e o tornar feliz a humanidade.

Foi de grande felicidade, digo até de elevado amor ao Brasil, a matéria publicada pela editoria política do Diário de Pernambuco. Chama o povo, penso eu, a um maior envolvimento com a sua educação, esclarecendo que “todos os governos empurram (a má qualidade) com a barriga, mantendo (os propósitos de melhoria) apenas no discurso”, enquanto “não se vê grandes movimentos contra (essa má) qualidade do ensino no Brasil”.

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