domingo, 1 de agosto de 2010

INFORMABIM 267 A e B


SABEM DE ONDE O BRASILEIRO OBTÉM SUAS INFORMAÇÕES? (Informabim 267 B)

                         Irm Antônio do Carmo Ferreira

       Tenho boas notícias para os editores de jornais. Nos mundos profano e também da maçonaria. E irei dá-las mesmo sabendo que por serem boas não terão a leitura merecida. Quer dizer, neste mundo da informação, “boa” mesmo é a notícia “ruim”. Notícias de muitos e muitos leitores são as que se reportam a catástrofes e à falação da vida alheia. E estas, aqui, não se reportam a isto. Referem-se a progresso. A tempo de felicidade. Ótimas para os produtores de jornais. Da imprensa escrita.
       Mês passado, a Presidência da República desejou saber qual seria nossa principal fonte de informação, e acionou os serviços de sua Secretaria de Comunicação, mandando pesquisar. 12 mil pessoas, a partir de 16 anos, que foram entrevistadas em seus domicílios, nas cinco regiões do País. Resultado: a principal fonte de informação para METADE da população brasileira é o JORNAL impresso.
       A pesquisa, rica em detalhes, revela que um quarto da população lê jornal diariamente e mais 30% lêem jornal uma vez por semana, sendo preferido o dia de domingo. De parabéns o Sul, porque é a região em que a população mais lê jornal. Segue-se o Sudeste. No Nordeste, não se deixa de ler, mas é a região em que menos se faz isto no Brasil. Pessoas que têm de 25 a 39 anos são as que constituem o principal público dos leitores diários. E, em segundo lugar, vêm as pessoas de 40 a 49 anos.
       O hábito da leitura apareceu relacionado com a renda. Pois entre os entrevistados - os que têm renda superior a dez salários mínimos - 65% cultivam o hábito de ler jornal diariamente. Também a escolaridade revelou-se influente: entre as pessoas entrevistadas. Das que possuem curso superior, 67% costumam ler jornais. Comparando-se o mesmo comportamento para revista e jornal, o total dos que lêem jornais ficou 11% acima dos que lêem revistas.
       Houve tempo em que muito se temeu pela continuação da existência do jornal e da revista. Quando, por exemplo, surgiu a televisão. Era o que se dizia: “agora a vaca vai pro brejo”. Nada disto. Os jornais continuaram e aumentaram as tiragens e cresceram os investimentos no setor. Depois, veio a Internet. Aí se dizia: “o jornal não vai resistir”. Resistiu. Resistiram o jornal, a revista, os boletins, o livro ... Parece aquela história do pão-de-ló, quanto mais bate, mais cresce.
       A imprensa maçônica, digamos assim, não é tão sensível a estas acontecências. Porque ainda não noticiamos pelas televisões. Quer dizer, não temos canais exclusivamente voltados para os assuntos da maçonaria. Pela Internet, ainda é tímida a sua utilização para nossas notícias. Estamos nos valendo desse instrumento, mais na questão da correspondência, conquanto grande quantidade de maçons já dispõe de e-mail. Contudo para o quesito jornal ainda são poucos os que usufruem deste suporte.
       Recentemente, a ABIM foi procurada e registrou novos associados. Boa quantidade. Especialmente revistas, editadas por empresas de maçons, voltadas apenas para o fato maçônico, e produzidas atendendo às melhores qualidades e exigências da imprensa moderna. Sinal de que há um mercado franco, e este mercado franco é sinônimo de muitos leitores.
       Então confirma-se o resultado da pesquisa presidencial: é no jornal impresso que se encontra a principal fonte de informação dos brasileiros, em nossos dias.

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