terça-feira, 13 de julho de 2010

INFORMABIM 266 A e B

AGORA É REMEDIAR, MAS SEM ESQUECER DE PREVENIR.

                              Irm Antônio do Carmo Ferreira

       A mídia impressa divulga, com destaque, que se encontra em via de instituição a “Política Nacional de Resíduos Sólidos”, considerando que vem de ser aprovada em projeto que seguiu para o Presidente da República sancionar, convertendo-se em Lei.

       Por força de tal dispositivo legal “as cidades brasileiras vão ter de mudar os hábitos na forma de lidar com o lixo”. Um cuidado tardio, mas indispensável, diante desses quadros de aflição a que temos assistido, lembrando que Deus, em sua infinita bondade nos perdoa de nossas ofensas, porém com a natureza, a reação tem sido diferente, ela se vinga.

       A situação hoje é que das 170 mil toneladas de lixo produzidas, por dia, no Brasil, metade vai para os lixões e o restante simplesmente fica por aí entupindo os bueiros, contaminando de morte a natureza e afligindo as pessoas, porque mesmo o lixo coletado (com raríssimas exceções) não ganha o tratamento devido. A Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em relatório recente, confirma isto, registrando que 70% dos municípios brasileiros “dão destinação inadequada” ao lixo coletado.

       A mídia impressa comenta que a negligência não deve ser debitada somente ao governo, pois a culpa também é do povo: “É descaso público e da sociedade”. Então será bem-vindo o dispositivo legal, enquanto não somente alerte para a necessidade e urgência de estancar o “descaso”, mas também que um processo educacional seja desencadeado no sentido de formar o costume dessa atividade em cada um de nós e de nossas famílias..

       Entendo estar tratando de uma partícula da política ambiental para o mundo. Um grão de areia nessa praia imensa ... onde as fumaças das queimadas das florestas e das chaminés dos grandes conglomerados industriais, segundo clamam os entendidos, destroem a camada de ozônio, provocam o efeito estufa, e matam os humanos de câncer e asfixia.

       Diante disto que nem se sabe haver possibilidade de recuperação, a elimi-nação das matas ciliares aos mananciais e aos rios, o assoreamento destes, as construções em lugares de risco, tudo isto, não obstante tanta aflição tenha causado ao povo, parece problema de pequena monta, porquanto tenha solução visível.

       Outro dia publiquei artigo sob o título “Exemplo dignificante”, fazendo referência a um grupo de jovens que durante uma semana cuidou de limpar uma área de mangue ao entorno da cidade de Olinda. Nesse afazer, retiraram toneladas de lixo, restabelecendo a vida naquela porção da natureza. Aqueles jovens davam corpo à filosofia de Ortega y Gasset – uma homenagem à sua filosofia do “eu” e da “circunstância”, para quem “Se eu não salvo minha circunstância, não salvo a mim mesmo”.

       Agora, coincidente com a nova Lei a que me reporto, as Filhas de Jô do bethel “Pìoneiras do Amanhã”, Recife, lançam e implantam o PROJETO RECICLAR que tem tudo a ver com a educação do povo quanto à separação do lixo, para a sua destinação final, o que decerto resultará em ganho para as pessoas e respeito à natureza. A Ordem das Filhas de Jô é uma instituição paramaçônica internacional, que atua em nosso Estado desde 7 de setembro de 1994, para onde foi trazida pelo Grande Oriente Independente de Pernambuco.

       Uma importante e elogiável iniciativa dessas jovens mocinhas, no que muito recorda advertência do Presidente Mikail Gorbachev, em seu livro A PERESTROICA, onde chamava a atenção para a conservação da natureza, uma responsabilidade de todos, porquanto “não haverá uma segunda Arca de Noé”.

       A Maçonaria está de acordo. É ver no refrão de seu Hino: “Maçons, vingai direitos da natureza”.

       Assim, embora nestes tempos tenhamos que remediar, convém não esquecer “de que sempre melhor será prevenir”, conforme ensina a sabedoria popular.

Nenhum comentário:

Postar um comentário