ATENÇÕES QUE DEVEMOS PRESTAR AO
CHAMAMENTO DOS LÍDERES
Irm
Antônio do Carmo Ferreira
O historiador Arnold Toynbee escreve “Desafios de
nossos Tempos”. Uma advertência a humanidade para o tempo que se vem encurtando
entre as descobertas. Antes, milhões de anos. Hoje, pedaço de uma hora. A
indústria e a Universidade consorciadas nas pesquisas, para a geração de novos
produtos – a inovação; e ou para aumentar a velocidade da produção - tecnologia. A cada instante, o surgimento de
“um maravilhoso mundo novo”, como sonhara Aldoux Huxley. Mundo novo que se
torna rapidamente ciente de todos, graças ao próprio processo inovador no campo
das comunicações, que adquiriu surpreendente velocidade, fazendo desse mundão
de meu Deus uma “aldeia global”, como acreditando, mas parecendo ainda não
acreditar, chamou-o Marschal MacLuhan.
Penso que Toynbee nos queria advertir sobre isto, sugerindo que não nos
acomodássemos para receber o prato feito, mas em aprender a fazê-lo melhor e em
menos tempo.
Procedeu de forma idêntica o laureado escritor Alvin
Toffler em seu livro Choque do Futuro. Fácil depreender-se da leitura dessa
obra que mais da metade dos humanos vive hoje o tempo das “borboletas azuis” de
Casimiro de Abreu, em que “o céu é um manto azulado, o mar é um lago sereno, e
a vida é um hino de amor”. Quer dizer, bom mesmo seria viver aquele tempo ...
Aí uns 40% da humanidade estariam felizes com a possibilidade do usufruto dos
bens resultantes das inovações, contudo sem qualquer preocupação de como eles
se tornaram possíveis. Filósofos de que se estou feliz com o que Deus me
deu,”deixa a vida me levar, que a vida leve eu”. Somente 10% (em torno disso)
da humanidade estariam gerando os novos bens, portanto habilitados à
propriedade das riquezas do amanhã. Eles estariam implantando na humanidade
sensações de escassez e inovando e produzindo os bens com que satisfazer tais
necessidades. Já estamos assistindo a isto, com muitas novas profissões
surgindo, e muitas outras tornando-se obsoletas. Grande advertência, penso eu. O futuro já está em
nossa sala, tornando-se necessário e urgente o nosso engajamento em sua
construção.
Os povos ricos que ora gozam das melhores condições de
vida no planeta, entenderam essas
advertências e fundaram as suas escolas adequadas às exigências desse novo
tempo. Não é que esqueceram o passado. O passado lhes é muito importante, mas
como referência, não como destino. O seu destino é o futuro. Fortaleceram-se no
ensino, na escola, na educação de seu povo. O Brasil, diferentemente, não quer
entender assim. Frágil nas escolas, esquecido dos professores. Pesquisa? Nem
pensar. Acentua-se no corte dos recursos financeiros, centenas de milhões de
reais, só no orçamento deste ano! Quatro Ministros em 6 meses. Daí a avaliação
internacional da qualidade de nosso ensino médio nos revelar em estágio de
mediocridade, na avaliação passada e na recente. Aqui, faço um registro: como
maçom isto muito me entristece, como tristes encontram-se todos os integrantes
da Fraternidade, para quem a ignorância é a mãe de todos os vícios. Temos
advertido as autoridades. Temos-lhes levado o nosso grito e as nossas
sugestões.
Vejamos o chamamento de quem tem compromisso com o
futuro, mesmo sabendo que seu país é o primeiro colocado no ranking de
educação, mas não se acomoda na condição de modelo educacional. Diz a
Secretária de Educação de Helsinque, MarjoKyllonen: que “a Finlândia inicia
mais uma reforma em busca de melhorias”. Daí nosso apelo para que se preste atenção ao que dizem
líderes como a Sra MarjoKyllonen. Então ... se “o Brasil é realmente o país do
futuro” (Stefan Zweig), já está passando do tempo de abrir as inscrições para a
sua construção.
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