quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

INFORMABIM 443 (A e B)



OLINDA DE TANTAS RECORDAÇÕES
Irm Antônio do Carmo Ferreira


Já, neste mês, estivemos em visita à Loja Maçônica “10 de novembro de 1710”, que ornamenta, com sua linda e bem conservada feição arquitetônica, uma das ladeiras de Olinda. Fomos relembrar acontecimentos que fizeram nossa história, com destaque a parte referente à maçonaria. Como também rever  amigos, entre eles o Dr Carlos Frederico Lopes de Barros, que dirige aquela instituição com admirável eficiência, reeleito seu presidente, vezes seguidas, mercê da competência e da acentuada qualidade de líder com as quais Deus o privilegiou.
         O próprio nome distintivo da Loja “10 de novembro de 1710” é uma homenagem a uma das passagens marcantes da história de nosso Estado, em que Olinda lutava por sua distinção e seu povo assim o desejava, reunido no Senado da Câmara clamava por isto sob a liderança do Sargento-Mor Bernardo Vieira de Melo que, inclusive, e naquela data, pregava torná-la uma República. Era o primeiro grito de república nas Américas. Bernardo Vieira de Melo pagou por seu arrojo, morrendo nos calabouços do Limoeiro nas cercanias de Lisboa, para onde foi enviado. Mas o Hino de Pernambuco fez-lhe justiça – “A república é filha de Olinda”.
Ruínas do Senado da Câmara resistem ao tempo e o desafiam postadas  a 33 metros do majestoso

 Templo da Loja “10 de novembro de 1710”, vis-a-vis com o Mercado da Ribeira, onde até os idos de 1881 se praticava a desventura da venda de pessoas como se coisas elas fossem, e por cujo término a maçonaria pernambucana sob a liderança de José Mariano, João Alfredo e Joaquim Nabuco lutou e venceu.
Quero ressaltar outro grande feito que teve lugar naquela Loja, também no mês de novembro, impregnando-a do melhor simbolismo. Reporto-me à fundação da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica – ABIM, no dia 13 de novembro de 1991. Estivemos reunidos à noite daquele dia, maçons daqui de Pernambuco, da Paraíba, de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina, formando assim uma assembléia nacional.
Antônio do Carmo Ferreira (Pernambuco), Francisco de Assis Carvalho (Paraná), José Carlos Pacheco (Santa Catarina) e José Castellani (São Paulo) fundavam a ABIM e anunciavam, naquela oportunidade, a sua existência. Hoje uma pujante associação no mundo das comunicações, vitoriosa com quase duzentos periódicos: revistas, jornais, boletins e newsletters com tiragem impressa e edições virtuais.
Ao Dr Carlos Frederico e à Loja Maçônica “10 de novembro de 1710” os agradecimentos por nos ter abrigado naqueles momentos de tão fecundas recordações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário