terça-feira, 9 de janeiro de 2018

INFORMABIM 414 (A e B)



ARLS TRADIÇÃO ESCOCESA em seu JUBILEU DE PRATA
Irm Antônio do Carmo Ferreira
 (1/3)
Um descendente próximo do rei David escreveu, no usufruto da inspiração divina, um livro maravilhoso que foi incluído no Velho Testamento – com o título de Eclesiastes. Aí ensina ele que “todas as coisas têm seu tempo, e para cada ocupação chega a sua hora debaixo do céu”. (Eclesiastes 3, 1).
Sob o pálio dessas premissas, entendo que este seja, pois, o tempo da exaltação ao merecimento.
Estamos aqui reunidos para as comemorações do 25º aniversário da fundação de uma sociedade que se propôs à realização de um objetivo, e, no tempo estabelecido, honrou o seu compromisso.
Reporto-me à Loja Maçônica “Tradição Escocesa”, que tem a felicidade de reunir seus integrantes e admiradores, no primeiro quartel de sua fecunda existência, para as comemorações do dever cumprido, tornando-se, portanto, merecedora da láurea do existir, comenda devida aos que exercem a sua missão, fiéis aos destinos a que se propuseram, conforme profetiza João em seus apocalipses. (Apoc 2, 10)
Corria o ano de 1989, o primeiro centenário da República Federativa do Brasil, forma de Estado e de Governo desejada pelos Revolucionários de 1817, na construção de nossa Independência, mas que, em 1822, veio sob o regime monárquico.
Na oportunidade (1989), a maçonaria brasileira dispunha de uma Loja de Estudos e Pesquisas – a Loja Brasil, com evidente atuação . O seu Departamento de Membros Correspondentes era muito animado. Dele faziam parte maçons de quase todo o País e nós nos reuníamos em Londrina na primeira quinzena de abril, em torno do dia 10, aniversário da revista maçônica A TROLHA que o professor Francisco de Assis Carvalho editava.
Eram dias muito produtivos. Cada um levando o seu trabalho, para exposição e apreciação dos confrades. Assis Carvalho (Paraná), José Castellani (São Paulo), Hercule Spoladore (Paraná), Mário Name (São Paulo), Raimundo Rodrigues (Acre), Frederico Guilherme (Rio de Janeiro), Absaí Gomes Brito (Goiás), Antônio do Carmo (Pernambuco), Guilherme de Queiroz (PE) e muitos outros, de cujo convívio naqueles dias alimento hoje minhas saudades.
Num desses encontros, o ir José Castellani, médico, pesquisador de maçonaria, e, nesse campo, doutrinador, ritualista, historiador, escritor e conferencista, revelou certa frustração quanto ao rito escocês antigo e aceito, praticado no Brasil por cerca de 70% das Lojas Maçônicas, mas de forma diferente das regras de suas origens, com enxertos que  desfiguravam suas belezas. Essa notícia, tomei-a, para mim mesmo, como um desafio.
No encontro de 1991, avisei aos irmãos Assis Carvalho e Castellani que iria constituir um grupo de trabalho para passar a limpo a prática do Rito Escocês e reimplantá-lo, com todos os seus direitos – doutrina, ritualística e liturgia, passando pela adequação dos templos, elaboração dos rituais e paramentação de seus praticantes.
Era um projeto arrojado que metia medo até em se falar a respeito.
No dia 7 de setembro de 1991, com o templo da Loja 10 de Novembro de 1710 já preparado para esse laboratório(*), fundamos a Loja TRADIÇÃO ESCOCESA(**) e instalamos seu Venerável Mestre, o Ir Guilherme de Queiroz Ribeiro, dando-lhe posse e à sua Diretoria. Antônio Azevedo Santos – 1º Vigilante /Heli Correia de Almeida – 2º Vigilante /José Gerson Fialho – Orador /David José de Melo – Secretário /Joselito Norberto Lucena – Tesoureiro.
A nova Oficina(***) – missionária – funcionaria, como funcionou, no Templo que fica, vis-a-vis com o Mercado da Ribeira (Olinda), a 33 metros das ruínas do Senado da Câmara, onde Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro gripo de República nas Américas, e possibilitou o hino de Pernambuco a anunciar e consagrar que “a República é filha de Olinda”.
                                                                                                         (Continua no INFORMABIM 415)

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