quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

INFORMABIM 428 (A e B)



CIDADÃO HONORÁRIO ITAMBEENSE
Irm Antônio do Carmo Ferreira

Foi um dia muito importante para mim. Refiro-me à data de 9 de abril de 2017, em que a Câmara Municipal de Itambé me concedeu o Título de Cidadão Honorário. A quadra de esportes daquela cidade estava repleta de meus irmãos maçons, entre eles os Grão-Mestres do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, de Alagoas e o representante do Grão-Mestre da Bahia, que em junho toma posse na qualidade de Presidente da COMAB, cargo que tive a honra de exercer em dois períodos, no século passado e outro já neste século.
Realmente, foi um momento de grande significação para mim e para minha família, sobretudo porque essa nova e honrosa condição que me foi outorgada, acontecia na oportunidade, em que celebrávamos e comemorávamos feitos dos pernambucanos que passaram à história com a indiscutível dimensão de heroismo e do mais puro amor à pátria.
O Bicentenário da Revolução Republicana de 1817 e a contribuição do Areópago de Itambé, para que se construísse uma pátria para os brasileiros, pois que foi naquela Loja maçônica que primeiro se doutrinou o povo para o Movimento (1796), sendo o Ir.’. Manuel Arruda da Câmara, no entendimento do historiador Amaro Quintas, o “Construtor da Revolução”.
Recordo que em 10 de abril de 1996, o dia quase todo, a maçonaria brasileira, por seus líderes, esteve reunida em torno do Obelisco, marco que o Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano mandou erigir, para identificar o local em que o Areópago foi instalado e funcionou de 1796 a 1801, sob a direção do Ir Arruda da Câmara. Naquele dia, estivemos a comemorar o bicentenário do Areópago, numa festa que se iniciou em Recife com um Congresso, em que a Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil, a Associação Brasileira da Imprensa  Maçônica - ABIM,   a  Academia  Brasileira Maçônica de Letras,a Associação dos Escritores Maçons e o Instituto Brasileiro de Pesquisas Maçônicas trataram da história do Areópago, e continuou com a instalação da biblioteca Francisco de Assis Carvalho, na Sede do Grande Oriente Independente de Pernambuco, e uma Sessão Magna Pública promovida pela Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco.
Mas o foco de toda aquela movimentação eram as comemorações do bicentenário, a respeito do que escrevi o livro “O Areópago de Itambé” ou a maçonaria revolucionária no Brasil, que a Editora A Trolha publicou.
O Título de Cidadão Itambeense, disseram-me os historiadores Elânio Pereira e Gilvan Oliveira,  fora-me concedido em função do apreço com que me dediquei, para que a importância daquela passagem histórica de que Itambé tinha sido palco, fosse conhecida em todo o Brasil. E esse empenho  resultou positivo, inclusive influenciando as autoridades a instituírem  por Lei a Data Magna de Pernambuco. Fico feliz em saber que meus (agora) conterrâneos entenderam assim.
Como entendeu o historiador Mello Mourão, escrevendo o livro A Revolução de 1817, ao registrar que, no mundo da diplomacia, as notícias da Revolução de 1817 ocuparam muito mais espaço que as referentes ao Grito da Independência. Lembremo-nos de que a Revolução foi doutrinada a partir do Areópago de Itambé.
Agradeço ao ilustre Vereador José Luiz Targino de Moura, Presidente da Câmara, a iniciativa do projeto que foi aprovado à unanimidade. Como lhe agradeço pela consideração de ir até o congresso maçônico levar-me o decreto e o respectivo diploma. Presente a DD Prefeita de Itambé, a Sra Maria das Graças Galindo Carrazoni. Aos conterrâneos Itambeenses minha admiração e meu respeito.
A cada um, meu fraternal abraço.

(Publicado, inicialmente, no jornal “Sem Censura”, E-Mail: jornalsemcensura07@gmail.com)

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