quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

INFORMABIM 448 (A e B)

Na dimensão política, a liberdade parece atrelar-se a certas prerrogativas válidas apenas para um indivíduo ou grupos, em detrimento da coisa pública. Há exemplos gritantes da prática de corrupção por Deputados e Senadores que desvirtuam o mandato eleitoral para o qual foram eleitos e se valem de privilégios para não serem presos. Os casos comprovados de ações de corrupção são inúmeros, evidenciando atos ilícitos irrefutáveis, aliando corruptos e corruptores a falsos representantes do povo e do Estado Brasileiro.
Os discursos oriundos  de integrantes do Poder Judiciário são dúbios e obscuros. Chegam ao ponto de assinalar que determinados crimes não são para todos, mas apenas para os ricos e mais abastados e esses teriam novas esferas de julgamento e até de cumprimento de penas em locais privilegiados, por exemplo.
Compete aqui enfatizar, no entanto, que recentes acontecimentos, sobretudo a partir da chamada Operação Lava-Jato, apontam para o renascimento de justiça e moral, uma espécie de oásis no deserto da ética!
A corrupção é um fenômeno muito antigo, histórico e global, não sendo exclusividade da vida brasileira. Mas, hoje, vivenciamos um deserto ético e temos um papel a desempenhar para contornar isso! O deserto ético está ligado aos poderes corrompidos da nossa república. A corrupção parece ter se disseminado por todos os setores da vida nacional patrocinada e promovida por setores tidos como símbolos de honestidade e decência. Assim é que a atual falta da ética na vida pública provoca danos irreparáveis na liberdade, na cidadania, na fraternidade e na igualdade!
Na área do Poder Executivo, a situação é mais grave ainda. O Brasil chegou muito próximo do colapso público. Servidores de vários setores do executivo nacional estão comprometidos com a desonestidade e com a falta de ética, deixando na escuridão os reais acontecimentos e obstruindo a verdade. A sociedade brasileira nunca esperou que mandatários do executivo fossem lenientes ou mesmo cúmplices de atos ilícitos. Da mesma forma que o Governo Federal deveria ser o bom gestor e não o proprietário perdulário dos recursos públicos originários dos impostos cobrados da sociedade, por exemplo.
Os cidadãos brasileiros, apesar do quadro de deserto ético descrito, têm força, são honestos, possuem capacidade de trabalho, de indignação pessoal e podem ter na Maçonaria fonte de motivação para agir coletivamente, unificando suas forças e dirigindo suas revoltas.
Que a força das idéias e valores da Maçonaria sirvam de exemplo e inspiração àqueles que conduzem os destinos da Não Brasileira. Que a luz venha com o reconhecimento público da honestidade, da clareza de procedimentos em lidar com recursos públicos, com  melhor representatividade e gestão na República Brasileira, fazendo desaparecer a figura do que foi denominado deserto ético! Por uma Maçonaria realmente integrada, unida e irmanada nos idéias da fraternidade, da justiça, da liberdade, dos bons exemplares costumes e práticas éticas!
*) Lucas Francisco Galdeano, Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal – GOB.
Editor da revista maçônica EGRÉGORA, registrada na ABIM.



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