quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

INFORMABIM 447 (A e B)


Ensinaram-me que a inovação vem da pesquisa e que sem a inovação não se chegará a essas novas fronteiras tecnológicas demarcadoras do progresso, do qual se espera trazer o bem estar de que tanto carece a humanidade. A maçonaria, instituição da qual tenho a honra de pertencer, ensina que “tanto é mais adiantado o homem, quanto mais pode haurir dos segredos da natureza e empregar suas descobertas (decorrentes da pesquisa) em benefício da humanidade; e é nisso que está a importância das ciências e das artes, cujo desenvolvimento, nós maçons devemos estimular por todos os meios ao nosso alcance”.
O Brasil precisa racionar assim. Atuar sobre o caos em que se encontra, implantando uma nova ordem, qual seja  a do progresso e bem estar do seu povo.  Trato desse assunto,  a propósito do que a mídia impressa tem divulgado sobre corte dos recursos que o orçamento destinava para pesquisa, num tempo em que precisamos do inverso, isto é, aumentar os recursos financeiros para esse fim. Leiam como a mídia comentou o assunto, pedindo até a intervenção divina, para que tal não acontecesse: “Veja o tamanho da tragédia que ocorreu com os recursos da ciência brasileira – o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal fonte de financiamento da ciência e da tecnologia no Brasil, já chegou a dispor de R$5,1 bilhões. Isto foi em 2014. Agora, vai entrar em 2018 com apenas 1,1 bi.” (Jornal do Commercio 29.12.2017)
Dessa maneira, parece anunciar-se um atestado de que desistimos de ser um “país em desenvolvimento”, como temos divulgado perante o primeiro mundo. Ou estamos adiando o “futuro” colocado, no
século passado, no título do livro “Brasil, um país do futuro”. Temos que investir, temos que favorecer a “cultura do investimento”, sem o que não iremos sair jamais desse estado de pobreza, tornando o “futuro” cada vez mais distante.
Recentemente, um jornalista brasileiro, voltando de visita aos Estados Unidos, onde  esteve  a convite do Ministério do Exterior, para conhecer o cenário local de empreendedorismo e inovação, se disse  impressionado com que o pôde constatar. “Mesmo fora do palco principal das empresas de tecnologia, conheci aceleradores e investidores que dispunham de algumas centenas de milhares de dólares para cada negócio nascente.” Mas não se conteve com a frustração do que, ao seu retorno, presenciou, cá, entre nós:  li sem surpresa o resultado da pesquisa realizada pelo Sebrae, que apontou que cerca de 30% das startups participantes do programa Inovativa Brasil, do governo federal, fecharam as portas”.
Há muita gente apresentando-se para dirigir o País, nesse tempo de eleição. Cargos com grandes salários, prestígio, deferências ... impunidade. Mas  plano de governo, nada. Educação, saúde, segurança, pesquisa, inovação, novas fronteiras tecnológicas, intransigência e severidade na punição a criminosos, estancamento da corrupção, disso nem se fala. Parece que desenvolvimento, progresso, bem estar do povo ficam no aguardo do retorno de um Moisés e de seu prestígio junto ao Altíssimo: pois, ao que deixam entender, tudo isso é “maná” que vem do céu.
Com recursos minguados, dirigentes!, progresso emperrado.






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