segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

INFORMABIM 301 A e B

NA EXPECTATIVA DOS GOLS DECISIVOS


Irm Antônio do Carmo Ferreira

Corre pacífica a ideia de que a maçonaria ingressou no Brasil com objetivos nitidamente libertários que não deixam de ser filantrópicos. E esses fins foram alcançados com os movimentos revolucionários que resultaram na desvinculação colonial. E, mais tarde, com a campanha que culminou com a lei áurea da abolição da escravatura. Não há necessidade de falar, aqui, do advento da República, pois republicano era o regime governamental a que se propunham os movimentos da maioridade política de nossa Pátria, haja vista a Revolução Republicana de 6 de março de 1817. O regime monárquico foi uma vereda para encurtar o caminho de 1822, contrariando todos movimentos de independência processados nas Américas Inglesa e Espanhola.

A Maçonaria, como se entende, chamou a si esse procedimento benfazejo, abraçando essas sublimes causas de libertação da humanidade brasileira e, nem precisa dizer aqui, que esses movimentos se empreenderam não como presentinhos de príncipe e princesa. Pois as conquistas foram alcançadas, como estão aí, mas com grande luta do povo brasileiro, marcada pelo heroísmo e martírio de incontáveis de nossos patrícios. Ainda hoje ninguém revelou onde está o corpo do Ir.’. Caneca!

Todavia, reparando bem, já decorridos quase 190 anos da Independência e 122 anos da Abolição, eis que as duas heróicas e sublimes conquistas vêm à tona com a tarja de inconclusas, porquanto haja um mal de imensa perversidade que insiste em apontar neste sentido. Reporto-me ao mal da ignorância que contribui com a maior veemência para dizimar nosso progresso, esgarçar o tecido de nossos costumes políticos, fomentar a miséria no seio da sociedade brasileira.

“A ignorância é a mãe de todos os vícios”, entende-a assim a Maçonaria e, porque essa Instituição cuida do “levantamento de templos à virtude”, não esqueceu, como por felicidade o fez, de incluir em seu ideário o combate permanente a essa desgraça da humanidade: “a ignorância”.

Quando falamos de maçonaria, não há, de imediato, quem deixe de recordar ter sido ela que fez a Independência e a Abolição – marcas decerto de uma Instituição cujos integrantes amam à Pátria e são capazes de oferecer a vida por torná-la respeitada, progressista e sua gente feliz. Mas podemos estar certos de que “a mãe gentil” poderá ser vista “mais contente” (e ela está tristinha), se a Maçonaria continuar firme nesta luta que abraçou, qual seja a da melhoria da qualidade da educação pública no Brasil, incluindo o estabelecimento da responsabilidade educacional.

Este será o grande movimento que dará vitrine à nossa Ordem por todos os tempos. A sociedade clama pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil. Isto não vem sem educação. Convocam para o combate á corrupção. Mero paliativo! Isto não se realiza sem a precedência da educação. Falam de bem-estar do povo brasileiro. Isto não se alcança com o peso de 38 milhões de analfabetos e outros tantos de analfabetos funcionais, porque a ausência da educação não deixará.

Quero encerrar este artigo, homenageando uma pessoa que nasceu na pobreza e, provando que esta não é determinismo, superando-se pela educação, hoje é um representante popular, com dignidade, culto e sempre lembrado. Refiro-me ao Deputado Federal Romário e dele são as palavras que seguem: “[ ...] insisto em uma tese em Brasília,com os outros Deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação, nem seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disto. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais”. Ídolo Romário! Você acaba de fazer um belíssimo gol.

A Maçonaria, bem que pode reparar no ídolo, pois a torcida espera que seus integrantes façam os gols decisivos, nessa ferrenha partida da Educação

(Informabim 301 B)

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