sábado, 26 de março de 2016

INFORMABIM 399 (A e B)


ATENÇÕES QUE DEVEMOS PRESTAR AO CHAMAMENTO DOS LÍDERES

Irm Antônio do Carmo Ferreira

 


O historiador Arnold Toynbee escreve “Desafios de nossos Tempos”. Uma advertência a humanidade para o tempo que se vem encurtando entre as descobertas. Antes, milhões de anos. Hoje, pedaço de uma hora. A indústria e a Universidade consorciadas nas pesquisas, para a geração de novos produtos – a inovação; e ou para aumentar a velocidade da produção -  tecnologia. A cada instante, o surgimento de “um maravilhoso mundo novo”, como sonhara Aldoux Huxley. Mundo novo que se torna rapidamente ciente de todos, graças ao próprio processo inovador no campo das comunicações, que adquiriu surpreendente velocidade, fazendo desse mundão de meu Deus uma “aldeia global”, como acreditando, mas parecendo ainda não acreditar, chamou-o  Marschal MacLuhan. Penso que Toynbee nos queria advertir sobre isto, sugerindo que não nos acomodássemos para receber o prato feito, mas em aprender a fazê-lo melhor e em menos tempo.

Procedeu de forma idêntica o laureado escritor Alvin Toffler em seu livro Choque do Futuro. Fácil depreender-se da leitura dessa obra que mais da metade dos humanos vive hoje o tempo das “borboletas azuis” de Casimiro de Abreu, em que “o céu é um manto azulado, o mar é um lago sereno, e a vida é um hino de amor”. Quer dizer, bom mesmo seria viver aquele tempo ... Aí uns 40% da humanidade estariam felizes com a possibilidade do usufruto dos bens resultantes das inovações, contudo sem qualquer preocupação de como eles se tornaram possíveis. Filósofos de que se estou feliz com o que Deus me deu,”deixa a vida me levar, que a vida leve eu”. Somente 10% (em torno disso) da humanidade estariam gerando os novos bens, portanto habilitados à propriedade das riquezas do amanhã. Eles estariam implantando na humanidade sensações de escassez e inovando e produzindo os bens com que satisfazer tais necessidades. Já estamos assistindo a isto, com muitas novas profissões surgindo, e muitas outras tornando-se obsoletas. Grande  advertência, penso eu. O futuro já está em nossa sala, tornando-se necessário e urgente o nosso engajamento em sua construção.

Os povos ricos que ora gozam das melhores condições de vida no planeta,  entenderam essas advertências e fundaram as suas escolas adequadas às exigências desse novo tempo. Não é que esqueceram o passado. O passado lhes é muito importante, mas como referência, não como destino. O seu destino é o futuro. Fortaleceram-se no ensino, na escola, na educação de seu povo. O Brasil, diferentemente, não quer entender assim. Frágil nas escolas, esquecido dos professores. Pesquisa? Nem pensar. Acentua-se no corte dos recursos financeiros, centenas de milhões de reais, só no orçamento deste ano! Quatro Ministros em 6 meses. Daí a avaliação internacional da qualidade de nosso ensino médio nos revelar em estágio de mediocridade, na avaliação passada e na recente. Aqui, faço um registro: como maçom isto muito me entristece, como tristes encontram-se todos os integrantes da Fraternidade, para quem a ignorância é a mãe de todos os vícios. Temos advertido as autoridades. Temos-lhes levado o nosso grito e as nossas sugestões.

Vejamos o chamamento de quem tem compromisso com o futuro, mesmo sabendo que seu país é o primeiro colocado no ranking de educação, mas não se acomoda na condição de modelo educacional. Diz a Secretária de Educação de Helsinque, MarjoKyllonen: que “a Finlândia inicia mais uma reforma em busca de melhorias”. Daí nosso  apelo para que se preste atenção ao que dizem líderes como a Sra MarjoKyllonen. Então ... se “o Brasil é realmente o país do futuro” (Stefan Zweig), já está passando do tempo de abrir as inscrições para a sua  construção.

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