terça-feira, 16 de agosto de 2011

INFORMABIM 291 A e B


Preocupação maçônica com a lentidão governamental na melhoria da educação
           Irm Antônio do Carmo Ferreira


Como Grão-Mestre do Grande Oriente Independente de Pernambuco, no dia 26.07.2011, participei de reunião do Rotary Club Recife-Brum, onde e quando, a convite daquela associação, proferi palestra sobre “A Educação e a Maçonaria”, que é título e conteúdo de um de meus livros, publicado este ano, pela Editora Maçônica A TROLHA Ltda, do oriente de Londrina/PR.

Na oportunidade, revelei-me muito preocupado com o estado de inferioridade na qualidade da educação que vem sendo administrada, para os jovens de nosso País. Essa preocupação mais se acentua diante da morosidade com que o setor governamental reage.

Recentemente, o Ministério do Trabalho alardeou ser o Brasil a meca do emprego para estrangeiros, considerando que, no primeiro semestre deste ano, 26.545 postos de trabalhos em nosso País foram preenchidos por pessoas que vieram de outros países e, aqui, se empregaram com carteira assinada (Diário de Pernambuco, 23.07.2011, pág E4). São empregos de bons salários que, decerto, não serão (em grande parte) gastos no Brasil e que se assim fosse seriam investidos, aqui mesmo, entre nós, reforçando as aquisições e estimulando o nosso crescimento econômico.

E por que isto? Porque não se cuidou da educação. Negou-se a decisão de formar os nossos jovens. Uma quantidade incontável de desocupados diante de novos postos de trabalho, sem a condição qualitativa para ocupá-los.

Agora, o Brasil, desafiado pela economia globalizada, vendo outras nações correrem em sua frente, dá sinais de que pretende retomar seu processo de desenvolvimento econômico e, por consequência, melhorar a condição social dos brasileiros. Aí revelam-se estas mazelas da educação pública, de sua baixa qualidade. E nossos postos de trabalho são preenchidos pela mão de obra estrangeira.

Então o Governo, já tardiamente, porque os pólos de crescimento já foram instalados, anuncia a possibilidade escolar para formação da mão de obra especializada, e abre vagas para o ingresso nos educandários de nível superior. Sabem o que aconteceu? O ensino médio da escola pública não correspondeu. Confessou sem palavras, com o resultado decorrente das provas vestibulares, que levava os jovens que por lá passaram, a lugar nenhum.

As preocupações expressas procedem e mais se enfatizam, com a notícia agora divulgada através do Jornal do Commercio (Caderno Cidades, 26.07.2011, pág 6) que se edita em Pernambuco. “Mais de 70% dos candidatos foram eliminados [...] De cada 4 candidatos que participaram do vestibular para o conjunto das engenharias da Universidade Federal de Pernambuco, realizado este mês, apenas UM conseguiu ultrapassar a nota 2”.

A maçonaria, como a sociedade, está preocupada com esse desleixo. Com esta lentidão que se constata na reação do setor governamental. Todo dia, a mídia anuncia um fato desagradável referente à educação entre nós, quando a educação, para o povo que quer progredir, é investimento essencial e inadiável. Provam isto todas as nações desenvolvidas ou as que estão levando a sério o seu desejo de desenvolvimento.

Como reprova isto a notícia que já começa a circular, de que o Ministério da Educação, embora tenha, para este ano, um orçamento de R$1,37 bilhão para o PAC (programa de aceleração do crescimento), só tenha executado, até junho, R$123,36 milhões. Quer dizer, uma pífia utilização de apenas 9% (nove por cento).

Tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei que estabelece o Plano Nacional de Educação, para dez anos. A maçonaria está acompanhando, com acurada atenção, os seus passos, inclusive contribuindo com sugestões, conforme “Carta de São Paulo” de original entregue pelo Grão-Mestre Presidente da COMAB ao Senador José Sarney, na qualidade de Presidente do Congresso Nacional.

Valho-me deste intermédio, para dizer-me bastante agradecido, face à deferência com que fui acolhido, e impressionado com o alto grau de solidariedade do Rotary Club Recife Brum à campanha que a Maçonaria desenvolve em favor da educação, debatendo o assunto com profundidade e grande interesse.

Vamos continuar rogando ao Grande Arquiteto do Universo que o PNE resulte em efetivo instrumento de combate à ignorância – mãe de todos os vícios – e de fomento ao bem estar do povo brasileiro

(Informabim 291 B)

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