terça-feira, 14 de setembro de 2010

INFORMABIM 270 A e B

SUGESTÕES MAÇÔNICAS PARA A EDUCAÇÃO

                          Irm Antônio do Carmo Ferreira

Integrantes da Confederação Maçônica do Brasil estiveram reunidos em Assembléia Geral Ordinária, no começo do mês de junho, ao oriente de Blumenau, Santa Catarina. Dois motivos principais nortearam aquele evento: a posse da Diretoria e o estabelecimento de seu plano de ação.

A Diretoria empossada este ano teve no Grão-Mestre de Santa Catarina, o Ir Rubens Ricardo Franz, o seu Presidente, acompanhado, na Vice-Presidência, pelo Ir Carlos Augusto Braz Cavalcante, Grão-Mestre da Paraíba. O programa de trabalho apresentado, discutido e aprovado, estabelece metas para colimação em dois anos.

Nesse período, quer dizer até 2012, a COMAB, através de suas 19 Potências, pretende desenvolver ações da mais clara nitidez maçônica, realizando projetos: de paz de convivência e de recíproco reconhecimento com outras Potências; de formação de seus quadros para influir na construção do progresso social de nosso País; e de colaboração com a sociedade, alertando-a para a cobrança de seus direitos ao exercício da cidadania.

A execução desse plano de ação merece o apoio de todos os brasileiros e o envolvimento imediato dos maçons não importando a Potência a que estejam filiados. Em resumo, cuida o plano do pacto federativo, da reforma tributária, da reforma política e, especialmente, do estado em que se encontra a educação. Este item, tocado por último, nos faz lembrar as sagradas escrituras, segundo as quais o principal será invocado por derradeiro. Pois é nesta condição de importância que a COMAB colocou o ensino e a educação no Brasil. Uma preocupação devida, clamante por cuidados imediatos que buscam soluções urgentes.

A largada está na erradicação do analfabetismo. Não só da ausência de conhecimento da escrita, mas também da falta de entendimento do que se lê. E aí não é exagero dizer-se que um quarto de nossa população padece deste mal.
“O analfabetismo de adultos deve ser uma coisa do passado, mas não é”, registra o plano.

Prossegue, clamando pela melhoria de qualidade da educação, para o que se torna necessário um clima de fomento à aprendizagem, envolvendo-se a parte física das escolas, a justa remuneração dos mestres, a otimização do ensino básico e o comprometimento das famílias. Além disto, a operacionalização de “um ensino profissionalizante e uma universidade que sejam capazes de acompanhar a velocidade do conhecimento.”

Recentemente, o Diário de Pernam-buco (11.8.2010) publicou matéria sob o título “Educação como prioridade”. O con-teúdo divulgado repete o que todos dizem: é preocupante a situação da educação entre nós. Confirma que é por meio da educação que se dão o progresso e o bem estar, mas tal não vem acontecendo no Brasil. As Universidades do Governo, criadas para as classes com menos recursos, estão ocu-padas pelas elites, porque estas estudam em colégios pagos com melhor qualidade de ensino e ganham as vagas nos exames vestibulares “Isso é um retrato de um país que não é comprometido honestamente com a educação”.

Entende que nossos horizontes são muito restritos. O nosso futuro, a perma-necer o ensino como se encontra, será uma extensão do quase-nada do que hoje somos. “Na história, observamos diversos países que já foram destruídos em guerras e que hoje são líderes em tecnologia e educação, porque existe o interesse real do governo”, conclui.

A COMAB, com o plano de trabalho para 2010/2012, firma sua posição. E como sempre fez, em sua missão, através dos tempos, prepara seus quadros e avança com o seu compromisso de influir no melhoramento dos costumes, alertando o governo e a sociedade para o destino da pessoa humana, que sendo “de Deus imagem e semelhança”, deve ter a sua dignidade respeitada e os seus direitos apartados de qualquer enganação.

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